23 de mai. de 2010

A PERDA DA INOCÊNCIA DA INFÂNCIA

Publicado em 23/05/10 no boletim da IP Ribeira
Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele. (Pv 22:6)

As crianças vivem uma etapa da vida que é de fundamental importância para a formação do caráter. Tudo o que se aprende nesta idade, seja positivo ou negativo, se reflete por toda a vida. Por isso é tão importante uma educação de qualidade, não somente no sentido acadêmico, o ensino dado na escola, mas, principalmente o que a criança aprende com sua família, os valores da vida que são passados pelos pais através do ensino em casa e pelo exemplo.
Há alguns anos as fontes de informação mais comuns para a grande maioria das crianças era a televisão (com uma programação bem mais inocente, mas sem variedade), a família e os colegas de escola. Hoje em dia nossas crianças são bombardeadas por uma quantidade enorme de informações que vem das mais variadas fontes: televisão, internet, jogos eletrônicos, revistas, além da convivência com os colegas de escola.
Hoje, em função desta super-exposição, percebemos transformações sensíveis no comportamento dos pequeninos. Uma das mais preocupantes é exatamente a diminuição do período de inocência. Deveria ser uma característica básica das crianças a sua inocência em relação aos problemas do mundo, a realidade ao seu redor e às ansiedades próprias dos adultos. No entanto, cada dia as crianças se tornam mais precoces em assuntos que deveriam estar tratando somente na adolescência como namoro ou preocupação com a aparência por exemplo. Crianças na década de 70 estavam satisfeitas de usar uma camiseta surrada, short e um tênis velho. As meninas brincavam de roda e boneca até uns 10 anos. Meninos jogavam bola de gude, pião, soltavam pipa por muito tempo até a adolescência. Não existia shopping Center e as brincadeiras eram na rua mesmo. Hoje as meninas bem novas estão mais preocupadas com sua aparência, se maquiam, vivem procurando roupas no shopping e deixam as bonecas bem mais cedo. Os meninos se trancam em casa para jogar videogame ou serem dominados pelo MSN e Orkut. Falam de namoro cada vez mais cedo e não desgrudam do celular.
Todas estas mudanças deixam muitos pais preocupados. Como manter o filho longe de más influências? Como preservar a inocência? Como lidar com o amadurecimento precoce? Talvez não haja como retornar ao comportamento das crianças de outrora, porém, podemos preparar melhor os pequenos para uma vida mais saudável e forte espiritualmente.
Fundamento essencial que se estabelece na infância e pode permanecer por toda a vida é o temor do Senhor. A Bíblia diz que “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência” (Pv 9:10). Aprender a amar a Deus respeitá-lo é o principal legado que podemos deixar para os nossos filhos. Trata-se de uma tarefa a ser cumprida com empenho diário e constante: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Dt 6:6,7). O texto bíblico nos ensina que a Palavra precisa primeiro habitar em nosso coração para depois inculcarmos aos pequeninos. Nossa vida será sempre uma vitrine para nossos filhos. O que eles vêem em nós influenciará diretamente as suas decisões.
Seja um crente fiel, ame o Senhor e respeite-o em todos os seus caminhos, pratique diariamente os valores da Palavra em sua casa e fora dela e você terá uma grande chance de influenciar positivamente aqueles que o Senhor colocou sob sua responsabilidade.

21 de mai. de 2010

A FAMÍLIA E A FREQUÊNCIA À IGREJA

(Publicado em 16/05/10 no Boletim da IP Ribeira)

A Igreja durante alguns séculos se reuniu em casas. Não havia templos até o quarto século, somente os lares eram conhecidos como lugar de reunião. Apesar dos judeus que se converteram ao cristianismo conhecerem o templo de Jerusalém e as sinagogas, não havia mais espaço para eles pois foram expulsos dali em função de sua Fé no Senhor Jesus.
Assim, lar e igreja se misturavam. Ir a igreja significava ir à casa de algum irmão onde a igreja se reunia:
“Saudai os irmãos de Laodicéia, e Ninfa, e à igreja que ela hospeda em sua casa.” (Cl 4:15)
“As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam Áqüila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles”. (ICo 16:19).
Quando os templos começaram a ser erguidos por iniciativa do Imperador Constantino eles passaram a ser monumentos que com o tempo se tornaram suntuosos e deixavam de demonstrar a simplicidade do povo de Deus.
Não temos nada contra os templos, ao contrário, precisamos deles como locais de maior conforto para estarmos juntos, locais de maior espaço para nos reunirmos. O mais importante é que o povo de Deus se mantenha unido em adoração ao Deus único e verdadeiro. O mais importante é que as famílias considerem o templo como lugar de adoração.
O fato de a igreja se reunir em um lugar separado das nossas casas, não é motivo para afastar a família da igreja. Muitas vezes observamos que algumas famílias encaram a igreja como se estivesse concorrendo com os seus planos. Assim, se no domingo precisam visitar um parente deixam de ir à igreja. Se o filho precisa estudar para a prova, deixam de ir à igreja. Se for preciso fazer obras em casa, deixam de ir à igreja. A igreja fica sempre para segundo plano diante dos afazeres que as famílias encaixam no domingo porque pensam que é o único tempo que dispõem. Esquecem do que significa separar o “Dia do Senhor”. Esquecem que possuem seis dias de 24h para arrumar suas agendas e seus afazeres deixando o domingo, o Dia do Senhor, para comparecer à Escola Dominical e ao culto.
Existem aqueles que ainda mantém uma mentalidade de frequentador de missa. Pensam que indo a uma reunião não é necessário ir na outra no mesmo dia. Se eu fui na Escola Dominical pela manhã não preciso ir ao culto à noite ou vice-versa. No entanto não contabilizamos o número de cultos que frequentamos no domingo e sim o fato de que o domingo é separado para o Senhor.
Está na hora de fazer da igreja um lar para nossas famílias assim como os lares das famílias abrigavam as igrejas nos primeiros séculos do cristianismo. Está na hora de ensinarmos aos nossos filhos que devemos honrar o domingo como o dia do Senhor. Está na hora de organizarmos nossas atividades e compromissos de forma a não fazer do domingo um dia para resolver problemas de casa, do trabalho ou da escola.
Diga agora como o salmista: “Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor” (Sl 122:1). Se amamos ao nosso Deus, se de fato somos gratos por suas bênçãos, se estamos dispostos a servi-lo com nosso tempo, nossos dons e talentos, sentiremos sempre alegria de sermos convocados para ir à casa do Senhor no domingo e em qualquer outro dia que seja necessário.

O QUE PRECISO CORTAR DA MINHA VIDA?

(Publicado no Boletim de 25/04/10 - IPRibeira)
Todas as vezes que tomamos a iniciativa de consagrar mais as nossas vidas a Deus acabamos vendo ao nosso redor várias circunstâncias que tentam nos impedir de prosseguir neste propósito. Basta o crente resolver orar mais e irão surgir vários compromissos que o impedirão de separar tempo para a oração. Basta a família resolver freqüentar assiduamente à Escola Dominical e ao Culto e começarão a aparecer alguns assuntos emergentes para serem resolvidos. O filho precisa estudar para a prova, a dona de casa precisa adiantar o almoço para as visitas que vai receber, o pai precisa consertar aquele probleminha na casa que ficou pendente a semana toda, enfim, tudo concorre para a família ficar em casa e deixar a igreja para segundo ou terceiro plano. Basta o crente resolver que irá dedicar mais tempo para ler a Bíblia e vai aparecer um programa novo na televisão, a novela vai ficar mais interessante ou ele vai se distrair com algum outro interesse e abandonar a Bíblia num canto.
Não podemos, no entanto, esquecer que estamos mergulhados em uma batalha espiritual e que o nosso inimigo não nos dará tréguas, mas investirá todas as suas armas para nos manter mornos e espiritualmente fracos. Se houver alguma coisa que possa ser colocada no caminho para nos fazer tropeçar, com certeza o inimigo de nossas almas vai providenciar. Suas táticas são bem conhecidas de muitos e constam de lançar pedras no caminho, desviar nossa atenção do alvo principal, distrair o crente com supostas prioridades que o vão deixando mais e mais longe de onde Deus realmente quer que ele esteja. Por isso é necessário que estejamos vigilantes: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar (IPe 5:8).
Ser sóbrio e vigilante é tomar atitudes que antecipem na nossa visão a investida do inimigo. Se sabemos que ele vai colocar pedras nos nosso caminho vamos abrir os olhos para não tropeçar nelas passando por cima. Muitas vezes vamos precisar tomar iniciativas radicais para manter nossa comunhão com o Senhor. Jesus deixou um ensino que parece ser muito radical: “E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno” (Mt 5:30). É claro que Jesus não quer ver a igreja cheia de crentes mutilados. Ele está ensinando que precisamos estar apercebidos do que nos atrapalha na caminhada com Deus e eliminar aquilo que nos faz tropeçar. Em outras palavras, não fique com medo de perder algo que é muito precioso levando em conta que mais precioso é manter-se na luz.
Neste sentido entendemos melhor o uso do jejum junto com as orações. O crente resolve se dedicar mais à oração e abre mão do alimento por um período determinado para intensificar seu propósito de buscar a Deus. Este jejum pode ser também estendido a outros interesses. O crente pode tomar o propósito de se dedicar à oração e jejuar da televisão durante uma semana, por exemplo. Um jejum de internet por uma semana etc. Tudo aquilo que pode ser uma fonte de distração ou levar-nos a gastar o tempo que poderíamos estar dedicando mais intensamente à oração e leitura da Palavra, pode ser suspenso por um período. No final vamos perceber que não foi um sacrifício, e que podemos fazer isto mais vezes.
O ensino de Jesus em Mt 5:30 se aplica de forma mais direta àquilo que devemos cortar de forma definitiva. Neste sentido, nossas mãos podem ser “cortadas” para determinadas ações como roubar, fazer gestos obscenos, bater nos outros, usar com freqüência o controle remoto da TV, digitar ou escrever ofensas e maledicências etc. Outros membros talvez também tenham que ser “cortados”. A língua que fala mal dos outros e julga o irmão, os olhos que vêem o que não é santo, os ouvidos que ouvem músicas que não edificam.
Pense sobre as atitudes, escolhas, hábitos que precisam também ser cortados ou diminuídos na sua vida porque estão sendo usados pelo inimigo para lhe fazer tropeçar ou distrair sua atenção na caminhada com Deus. Seja radical se for necessário, peça a Deus sabedoria e coragem para agir com firmeza e determinação. Vale a pena para nos aproximarmos mais do Senhor.

20 de mai. de 2010

OMS vai preparar plano para reduzir efeitos nocivos do consumo de álcool

A comunidade internacional pediu à Organização Mundial de Saúde (OMS) que apresente no prazo de dois anos um plano mundial de ação para reduzir os efeitos negativos do consumo do álcool, que está relacionado com 3,7% das mortes que acontecem a cada ano no mundo.

     Os 193 países-membros da OMS adotaram no dia 21 de maio em Genebra na 60ª Assembléia Mundial de Saúde uma resolução que estabelecem as bases para iniciar a batalha contra um hábito responsável pela morte de 2,3 milhões de pessoas por ano.

     O texto ratificado na última jornada da Assembléia pede à OMS que "reforce e intensifique seus trabalhos de elaboração e aplicação mundial e regional de estratégias e planos para definir conceitos, indicadores e métodos de aferimento uniformes, a fim de avaliar as conseqüências adversas do uso nocivo do álcool para a saúde”.

     Também pede que dê apoio técnico aos Estados que o solicitarem para reduzir os problemas de saúde pública causados pelo álcool, levando em conta "a gama completa de conseqüências sanitárias, sociais e econômicas" de seu consumo.

     O objetivo final é que a Direção Geral da OMS apresente na 62ª Assembléia Mundial da Saúde, que será realizada em maio de 2009, um "projeto de estratégia mundial para a redução dos problemas de saúde pública causados pelo uso nocivo do álcool", que deverá ser baseado em evidências e nas melhores práticas observadas.

     Também vai pedir que colabore com os países e organizações intergovernamentais, assim como com profissionais da saúde, ONGs e outras partes interessadas, a fim de promover a aplicação de políticas e programas eficazes para reduzir o uso nocivo do álcool.

     Outro pedido é que a OMS continue com a organização de reuniões consultivas abertas com representantes dos setores industriais, agrícola e comercial para limitar as repercussões de seu consumo nocivo.

     Segundo os dados da organização, o álcool é o terceiro maior fator de risco tanto de morte como de incapacidade na Europa, embora entre os jovens já tenha se transformado no primeiro, com 55.000 mortes ao ano de pessoas entre 15 e 29 anos, especialmente devido aos acidentes de trânsito.

     No mundo todo, é o quinto fator de morte prematura e de incapacidade e provoca 4,4% da carga mundial de morbidade, já que até 60 doenças são associadas a seu consumo .

     Além disso, seu consumo esteve relacionado com 6,1% das mortes de homens ocorridas no mundo todo em 2002, uma percentagem que entre as mulheres foi de 1,1%, o que representa uma média para ambos os sexos de 3,7%.

     O efeito nocivo do álcool tem uma relação especial com os transtornos neuropsiquiátricos (entre eles o alcoolismo), que chegam a 34,3% das doenças e mortes ligadas ao hábito.

     Seguem os traumatismos involuntários como os associados aos acidentes de trânsito, queimaduras, afogamentos e quedas (25,5%); os propositais como o suicídio (11%); a cirrose hepática (10,2%), as doenças cardiovasculares (9,8%) e o câncer (9%).

     Se forem consideradas apenas as mortes, as três categorias principais correspondem a traumatismos involuntários (25%), doenças cardiovasculares (22%) e câncer (20%).

     Além disso, o relatório da OMS defende que em muitas doenças, entre elas o câncer de mama, o risco aumenta em função da quantidade de álcool consumido, ao tempo que "a acumulação de indícios sugere uma relação entre o consumo e doenças infecciosas tais como a AIDS e a tuberculose, embora essa relação ainda precise ser demonstrada e quantificada”.

     A OMS calcula que em 2002 o custo conjunto do consumo nocivo de álcool chegou a US$ 665 bilhões.

       Fonte: UOL