25 de fev. de 2011

CAMINHANDO PARA O AVIVAMENTO

Publicado no Boletim da IP Ribeira em 20/02/11
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra”  (IICr 7:14 NVI)

Há muito que temos falado sobre a necessidade de um verdadeiro avivamento para a igreja. Quando dizemos “verdadeiro” é porque sabemos que existe um falso avivamento. Muitos crentes se enganam pensando que estão vivendo em suas igrejas um avivamento quando não passa de “animamento”, como diria o pastor Edson Queiroz. O verdadeiro avivamento não é simplesmente uma mudança na liturgia da igreja, não é acrescentar músicas “animadas” para todos se alegrarem, não é buscar emocionalismo para fazer todos chorarem. Todas estas atitudes partem da liderança da igreja e não passam de maquiagem. Posso arrumar as coisas para que o culto seja o mais emocional possível. Posso convidar cantores evangélicos profissionais que sabem “agitar” o povo e fazer todo mundo “tirar o pé do chão”. Porém, as pessoas continuarão sendo as mesmas, continuarão em suas vidas de pecado, continuarão sem disposição de ler a Bíblia, de orar, continuarão frias espiritualmente se não forem movidas pelo Espírito Santo de Deus. E quando falamos isto estamos nos referindo ao mover do Espírito que leva uma igreja ao verdadeiro avivamento.
Existe algo fundamental que precisamos entender quando falamos deste assunto: a igreja não produz o avivamento, ele vem diretamente de Deus. O Espírito Santo é quem opera as mudanças necessárias dentro de cada crente de uma comunidade que Ele que abençoar. Por isso, a parte que nos cabe é orar e se preparar para receber o avivamento de Deus.
Oração constante, busca incessante, consagração total de vida, abandono do pecado, interesse pela Palavra, testemunho pessoal, são alguns passos necessários. Se queremos ver o Espírito realizar um avivamento de verdade precisamos estar dispostos a pagar o preço. A mudança começa em mim e parte para além.
Como os discípulos no Cenáculo, continuemos a orar e vigiar. Haverá um dia quando o Espírito Santo encherá o seu povo de poder para testemunhar, intrepidez para pregar e atrairá a muitos para serem evangelizados e se converterem.

LIVRE-SE DO PESO

Publicado no Boletim da IP Ribeira em 13/02/11

Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, Senhor, minha Rocha e meu Resgatador!  (Salmo 19:14)

Sabemos que o maior impedimento para nossa perfeita comunhão com Deus é o pecado. Ele é o principal responsável de nos separar do Senhor: “Mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá” (Is 59:2 NVI). Longe da comunhão com Deus somos impedidos de sermos ouvidos em nossas orações, o nosso culto perde o sentido, tudo que tentamos fazer para Deus perde a validade. Quando não confessamos os nossos pecados eles passam a ser um entrave na relação com o Senhor: “Parem de trazer ofertas inúteis! O incenso de vocês é repugnante para mim. Luas novas, sábados e reuniões! Não consigo suportar suas assembléias cheias de iniqüidade” (Is 1:13 NVI); “Quando vocês estenderem as mãos em oração, esconderei de vocês os meus olhos; mesmo que multipliquem as suas orações, não as escutarei!” (Is 1:15 NVI).
A Bíblia está repleta de versículos que nos falam da importância de uma vida em santidade, de não viver na prática do pecado, confessar e deixar as faltas contra Deus. O problema de muitos crentes é que acabam se acostumando com alguma situação errada em suas vidas e acham que Deus entende, confundem misericórdia com justiça. O Senhor é misericordioso e sempre quer o nosso bem, mas é como um pai que disciplina os seus filhos, que não pode admitir que andem em caminhos tortos. O mesmo Deus que é misericordioso é também justo e santo, não pode conviver com a iniquidade e o erro. Enquanto o pecado não é confessado e abandonado ele será sempre como um peso que vamos continuar carregando e que nos impedirá de caminhar para Deus. Imagine um corredor que tem um cinto com chumbo, uma mochila com pedras pesadas e sapatos com sola de concreto, certamente não conseguirá chegar muito longe. Assim também, na nossa vida, quando deixamos de confessar e insistimos em carregar o peso do pecado a corrida da vocação cristã é comprometida. O que devemos fazer é tirar de cima de nós este peso: “Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta”  (Hb 12:1 NVI).
Faça uma análise sincera, procure em sua vida pelos erros que sempre comete, os pecados que ainda não conseguiu se livrar, confesse com sinceridade e faça um propósito diante de Deus de não voltar mais atrás. Não continue fingindo que está tudo bem, não tente cobrir o sol com a peneira. A vida cristã só é autentica quando não existe peso para ser carregado.
Rev. Tiago Silveira

13 de fev. de 2011

TEMPO DE ESPERAR E ORAR

Publicado no Boletim da IP Ribeira em 30/01/2011
    A expansão do Evangelho está diretamente interligada à vida de oração da Igreja do Primeiro Século. A ordem expressa aos discípulos para “que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do pai”, resultou num estado de espera cuja característica principal foi o cultivo da oração (At 1.13,14,24,25): “perseveravam unanimemente em oração e súplicas”.
    No dia de Pentecostes Deus começou a responder às orações. Um grande avivamento caiu sobre a igreja resultando em intrepidez para pregar (At 2:14), conversões (At 2:37,41,47), milagres (At 2:43; 3:1-11), unidade entre os crentes (At 2:44,45) e a igreja continuava orando (At 3:1; 4:23-31; 12:12). O resultado da oração da Fé, fervorosa e frequente é a ação poderosa de Deus transformando vidas. O avivamento começa sempre com oração.
    O que nos falta muitas vezes é a paciência de esperar o momento certo em que Deus vai agir. Vivemos em um tempo de pragmatismo, onde as pessoas querem resultados imediatos, tudo anda muito rápido. Mas Deus não é assim. Ele trata o nosso caráter, molda a nossa personalidade, trata as nossas imperfeições, corrige o que está torto e isso leva tempo. Orar é não somente a forma de alcançarmos o que pedimos, mas é também entrar em comunhão com Deus para ouvir o que precisamos ouvir.
    Não podemos querer que tudo aconteça imediatamente. Na verdade o processo já é parte da mudança. Quando a Igreja dedica tempo para orar já é uma resposta de Deus. Quando há mornidão espiritual ninguém sente falta de orar, não se apercebe o quão importante são os momentos investidos falando com Deus e ouvindo sua voz. Mas quando o coração começa a arder sentindo vontade de orar é porque algo está prestes a acontecer, algo muito maravilhoso.
    Jesus deu recomendações importantes para os discípulos: “E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes” (At 1:4). E eles esperaram em oração: “Quando ali entraram, subiram para o cenáculo onde se reuniam Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele” (At 1:13,14). Este é o caminho: esperar o tempo de Deus e perseverar orando.
    Deus sabe o que é melhor e tem o tempo certo para agir. Ele completará a obra que começou em nós (Fp 1:6). Precisamos crer e perseverar pedindo que Ele execute em nós o seu querer, moldando-nos conforme a sua vontade. O resultado virá em breve.