20 de mar. de 2016

ACOLHEI-VOS UNS AOS OUTROS

Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus”. (Rm 15:7)

O Apóstolo Paulo recomenda que os irmãos se acolham, isto é, que se recebam, que aceitem uns aos outros. Ele faz esta recomendação após exortar os romanos a sentirem o mesmo uns para com os outros, glorificando a Deus em concordância: “Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Deus é glorificado quando há concordância na igreja, quando há aceitação mútua, sem discriminação. Acolher é aceitar o outro como ele é por inteiro. Aceitar o nosso irmão como ele é não significa concordar com seus erros, mas acolher com a intenção de ajudar, acolher com paciência levando uns aos outros a superar suas limitações. 

O que muitas vezes atrapalha é o julgamento que se faz por coisas menores, que não são essenciais. Deixamos de acolher porque o irmão pensa diferente, porque ele se veste diferente etc. Deixamos de acolher muitas vezes por fazermos julgamentos precipitados, quando rotulamos as pessoas ao nosso redor e criamos muros de separação. 

A atitude de acolhimento exige de nós desenvolvermos mais tolerância, compreensão, atitude desarmada, considerar que o outro também nos ama e não quer nos prejudicar.

O acolhimento é necessário quando praticamos o perdão. Receber o irmão que, por algum motivo, nos ofendeu, ou nos causou dano é o primeiro passo para efetivar o perdão. A carta de Paulo a Filemom é um bom exemplo de exortação ao acolhimento em perdão. O Apóstolo pede por Onésimo, que era escravo de Filemom, mas havia fugido e, provavelmente, causado prejuízos. Onésimo veio a se converter por meio do testemunho de Paulo e este o reconduz ao seu senhor para que seja aceito não mais como servo, mas como irmão em Cristo (Fm 15,16).

Acolhei-vos uns aos outros é viver em aceitação mútua, não permitir que pequenas diferenças nos separem, estar disposto a ajudar o outro a superara as falhas, não julgarmos, não rotularmos e perdoar  com a disposição de receber de volta a comunhão.