31 de dez. de 2017

Salmos 4:1‭, ‬3‭-‬4‭, ‬7‭-‬8

Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia, me tens aliviado; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.  Sabei, porém, que o Senhor distingue para si o piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo por ele.  Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai.  Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho.  Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor , só tu me fazes repousar seguro.

Existe uma ligação e uma semelhança entre o Salmo 3 e o Salmo 4. Ambos são salmos de lamentação e alguns estudiosos consideram que eram originalmente uma única composição.

No Salmo 3 Davi clama em meio a uma ameaça de morte. No Salmo 4 ele está agradecido pois tinha recebido alívio.

É importante demais reconhecer os livramentos que o Senhor nos dá. Continuamos clamando como Davi, mas confiantemente, pois sabemos que Deus tem nos aliviado nas angústias.

 Ele também tinha consciência da escolha de Deus. Ele foi eleito para o trono, escolhido para ser rei em Israel e não seria removido de seu lugar pela fúria dos homens. Ele confiava que o propósito do Senhor para a sua vida se cumpriria. O que nos dá segurança é saber que Deus nos escolheu e, mesmo nas aflições, Ele separa para si o piedoso e lhe ouve a  oração.

As circunstâncias adversas podem nos deixar irados, mas não podem nos deixar rancorosos, deixando o inimigo ter vez (Efésios 4:26). Podem nos abalar momentaneamente, mas ao deitar a cabeça no travesseiro vamos perceber que a alegria que Deus nos concede é maior que a prosperidade dos ímpios e a paz que Ele nos dá permite-nos dormir sossegados (Salmos 3:5).

10 de out. de 2017

Salmos 3:4‭-‬5

Salmos 3:4‭-‬5 NVI
Ao Senhor clamo em alta voz, e do seu santo monte ele me responde. Pausa  Eu me deito e durmo, e torno a acordar, porque é o Senhor que me sustém.

Este salmo provavelmente foi escrito por Davi durante a rebelião de Absalão, seu filho (veja 2 Samuel 15 a 17). Nessa ocasião o rei Davi saiu de Jerusalém com seus homens de guerra e viu crescer ao redor os traidores e tinha o próprio filho querendo matá-lo e tomar o seu lugar.

Cercado de inimigos, muitos dizem que Deus não o salvará (vs. 1,2). As opiniões negativas e os descrentes sempre aparecem no momento da crise. A mulher de Jó, observando sua situação deplorável aconselhou o marido: "amaldiçoa teu Deus e morre" (Jó 2:9).

Davi clama a Deus e sabe que Ele o ouviu (vs. 4,7). A oração sempre é o nosso melhor recurso.

Mesmo cercado de inimigos, pode dormir em paz, Deus está cuidando da sua vida (vs. 3,5,6,8). Quantas vezes somos atacados pela insônia pensando nos problemas, buscando saídas, lamentando uma perda, inconformados com uma traição. Algumas pessoas em estado depressivo dormem em excesso, preferem não acordar para a realidade da vida. Davi podia deitar, dormir e despertar pois tinha orado a Deus e sabia que o Soberano está no controle de tudo.
Rev. Tiago Silveira


Salmos 2:1‭-‬4

Salmos 2:1‭-‬4 NVI
Por que se amotinam as nações e os povos tramam em vão?  Os reis da terra tomam posição e os governantes conspiram unidos contra o Senhor e contra o seu ungido, e dizem:  “Façamos em pedaços as suas correntes, lancemos de nós as suas algemas!”  Do seu trono nos céus o Senhor põe-se a rir e caçoa deles.

Este é um salmo Real, fala-nos do Messias, o Senhor Jesus, Filho de Deus, que foi estabelecido pelo Pai como rei sobre toda a terra, sobre todas as nações.

Os reis da terra se rebelam contra Deus, imaginam que encontram liberdade rejeitando o criador. O fato é que todos nós servimos a alguém  (consciente ou inconscientemente), seja um rei humano, uma organização ou a nós mesmos e a nossos desejos egoístas. Melhor é servir ao Deus que nos criou e que sempre tem o melhor para nós.

Deus ri da ilusão de poder das Nações, querendo se livrar da soberania divina. Como um pai que observa um filho, ainda criança, achando que consegue correr mais que seu pai.

A igreja quando estava debaixo de perseguição orou a Deus, lembrando o salmo 2 (Atos 4:25,26), reconhecendo o plano eterno que se cumpriu ali em Jerusalém, quando Herodes, Pilatos, os gentios e os povos de Israel se juntaram contra o ungido de Deus (Atos 4:27) Clamaram para serem preenchidos de mais intrepidez e continuar anunciando a Palavra.

Deus recomenda às nações que se submetam ao Rei ungido, para que escapem da sua ira (Salmos 2:10-12). Já está chegando o dia quando todos, ricos e pobres, sábios e ignorantes, os poderosos e o povo se encontrarão diante do Rei Jesus que julgará as nações e estabelecerá o seu reino eterno. Nesse dia todos vão declarar que Jesus Cristo é o Senhor.
Rev. Tiago Silveira

Salmos 1:3‭-‬5

Salmos 1:3‭-‬5 NVI
É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera!  Não é o caso dos ímpios! São como palha que o vento leva.  Por isso os ímpios não resistirão no julgamento nem os pecadores na comunidade dos justos.

As escolhas do justo o levam a resultados favoráveis em sua vida. Ele evita os conselhos dos ímpios, não acompanha os pecadores e não convive com escarnecedores. Prefere aplicar seu tempo na meditação produtiva da Palavra de Deus, é sustentado por Ele e tem uma vida frutuosa.

O resultado é que o justo ganha estabilidade e segurança, mas o ímpio é como palha sem valor levada pelo vento.

O salmista compara o justo à uma árvore que tem suprimento constante de água e que dá frutos dentro das estações corretas.

O rio representa a provisão de Deus, a sua graça que sustenta e dá vigor e alegria (Salmos 46:4). Os frutos na vida do justo são pessoas que ele conduz a Deus (Romanos 1:13), um caráter forjado pelo Espírito Santo (Gálatas 5:22,23), as boas obras que produz (Colossenses 1:10).

Os frutos não são para alimento da árvore, Alimentam outros e contém dentro de si sementes que resultarão em futuros frutos. Na vida do justo eles só existem porque as raízes tem bom suprimento constante nos rios do Senhor e por causa da comunhão essencial e permanente com Cristo (João 15:4,5).
Rev. Tiago Silveira

Salmos 1:1,2

Salmos 1:1‭-‬2 NVI
Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores!  Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor , e nessa lei medita dia e noite.

O Salmo 1 descreve de forma comparativa o caráter do justo e sua recompensa e o destino dos ímpios.

Ao falar do justo, descreve-o como alguém muito feliz, primeiro mostrando o que Ele não faz e depois no que ele tem prazer de ocupar o seu tempo.

Aquilo que o justo não faz é narrado de forma progressiva. Primeiro ele não anda com o ímpio, não adota e nem segue os seus conselhos, seu padrão de vida. Em segundo lugar, ele não imita os pecadores, não age como eles, não se detém nos seus caminhos. Finalmente, o justo não se assenta, não se acomoda (Romanos 12:2) de forma permanente entre os zombadores, não os acompanha nos lugares que costumam frequentar.

A segunda parte revela o que, de fato, traz satisfação ao justo, o que lhe completa e lhe faz bem: a Lei do Senhor, a Palavra de Deus, os seus desígnios. É o que ele segue, o que forma o seu caráter e permanece com ele sempre.

Para usufruir de todas as bênçãos da Palavra e receber a formação e ensino, o justo medita nela diuturnamente. Não apenas lê e toma conhecimento. Não se aproxima só para se informar, mas aplica um tempo para experimentar mudança interior. Isso o justo só consegue pelo estudo aprofundado e permanente da Lei do Senhor.

Evitando o mal e não se deixando influenciar por pecadores e procurando o aprendizado permanente na Palavra, O homem justo alcança perfeita felicidade.
Rev. Tiago Silveira

1 de mai. de 2017

APRENDENDO COM JESUS NO CAMINHO PARA EMAÚS

O evangelista Lucas, no capítulo 24, registra um encontro revelador de dois discípulos com o Cristo ressurreto. Ele informa o nome de um deles, Cléopas (Lc 24:18) e que estavam na estrada que ligava Jerusalém à aldeia de Emaús, que ficava a cerca de 12 km. O próprio Cristo se aproxima, pergunta o que estavam conversando e depois lhes ensina o que as Escrituras falam a respeito dele mesmo. Eles o convencem a entrar na casa, perto da aldeia, para fazerem uma refeição juntos. Ali puderam reconhecer que era o Mestre, quando este partiu o pão.
               
O episódio nos ensina muito. Em primeiro lugar nos fala sobre a paciência e cuidado que o Senhor tem conosco. Os discípulos incrédulos e desesperançados foram acompanhados pelo Mestre e contaram tudo o que Ele já sabia, mas fez questão de ouvir. A confissão dos nossos lábios revela para nós mesmos o verdadeiro estado de nossas almas. Por esse motivo é tão importante a oração sincera que fazemos diante de Deus, confessando nossos pecados, falando de nossas tristezas, decepções e perplexidades. Ele, mansamente, nos consola, instrui e reanima com os ensinos de sua Palavra. Por isso, oração e leitura da Bíblia sempre foram os principais meios de comunhão, conforto e esclarecimento para os discípulos.
               
Em segundo lugar, percebemos que o Senhor não quer que nenhum de seus seguidores seja ignorante quanto às verdades que estão na Palavra a seu respeito. O capítulo inicia falando do encontro das mulheres com anjos na entrada do túmulo. Eles fizeram com que elas lembrassem as palavras de Jesus (vs. 4-8). Ele mesmo apontou aos discípulos no caminho de Emaús o que as Escrituras ensinam, como vimos acima. Depois, no mesmo capítulo, aparece aos outros discípulos e relembra o que lhes havia ensinado (vs. 44-47), dá provas de sua ressurreição, comendo na presença deles e também os exorta a testemunhar (v. 48). Não nos faltam oportunidades de aprendermos o que é essencial nas Escrituras para nosso crescimento espiritual e prática da missão.
               
Finalmente, podemos confirmar que a presença de Jesus ao nosso lado é real, Ele anda conosco, nos caminhos que trilhamos diariamente. Ele está presente nas refeições, quando estamos reunidos e em cada situação de nossas vidas. A sua presença é confortadora, nos anima nos encoraja e nos relembra nossa missão. Ele enviou anjos para confortar as mulheres, caminhou com os discípulos para reanima-los e comeu na presença deles para lhes fortalecer a Fé.
               

Graças a Deus por seu Filho Jesus, sempre presente em nossas vidas.

TOMÉ, O INCRÉDULO

Tomé, chamado Dídimo, um dos Doze, não estava com os discípulos quando Jesus apareceu. Os outros discípulos lhe disseram: “Vimos o Senhor!” Mas ele lhes disse: “Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não crerei” (Jo 20:24,25)

Tomé não estava junto com os outros discípulos quando Jesus apareceu na primeira vez. Perdeu a oportunidade de presenciar quando o Mestre lhes concedeu a Paz, mostrou as mãos e o seu lado e soprou sobre eles o Espirito Santo (João 20:19-23). Ele teve que passar uma semana remoendo sua incredulidade.

Não sabemos onde ele estava quando Jesus apareceu ressuscitado, sabemos que ele perdeu a benção e e não acreditou que ela tinha acontecido. Devemos pensar em Tomé quando nos sentimos tentados a não ir à igreja. Quantas bênçãos, quantas alegrias perdemos ficando em casa ou nos envolvendo em outros interesses. Muitos crentes trocam a benção do culto ou da Escola Dominical para tratar de assuntos da casa ou resolver problemas pessoais. Depois enfraquecem na fé e sentem dificuldades de passar pela provação. Não se apercebem da necessidade de estarmos em comunhão, do valor que Deus coloca na reunião do seu povo. Na comunhão da igreja enxergamos muito mais do que quando estamos sozinhos.

Tomé tinha disposição para estar com Jesus em qualquer situação e até morrer com ele (João 11:16). Tinha desejo de saber a verdade e não se envergonhava de perguntar (Joao 14:5). Seu problema porém não eram as dúvidas, mas a incredulidade, conforme lhe advertiu o próprio Jesus (João 20:27). Podemos buscar conhecer mais e nos aprofundarmos investigando a verdade antes de dizer que cremos, como fizeram os crentes de Bereia (At 17:11,12). Deus não quer seguidores bobos que repetem credos como papagaios. Porém, Tomé se recusou terminantemente a crer e ainda impôs condições.


A paciência e misericórdia de Deus são muito grandes. Ele desce ao nível onde estamos para nos elevar para onde deveríamos estar. Jesus concedeu as provas de fé a Tomé, como aconteceu com Gideão (Juízes 6:36-40), que também queria ver para crer. O Senhor, no entanto, se alegra mais naquele que crê para ver as maravilhas divinas.

A ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS EM JERUSALEM

Ao entrar em Jerusalém, montando um jumentinho, Jesus estava cumprindo a profecia registrada em Zacarias 9:9: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta”. As pessoas ali não lembraram que a profecia prometia um Rei justo e humilde. Na verdade, queriam um Rei que lhes conquistasse a liberdade política, um rei batalhador, com uma espada nas mãos pra expulsar os romanos, um desejo imediato que não seria atendido.

Achavam que ele iria resolver seus problemas, sabiam que havia ressuscitado a Lázaro. Ao descobrirem que não era um grande conquistador guerreiro, o rejeitaram e pediram sua crucificação. Os gritos “crucifica-o, crucifica-o” eram tão altos quanto os gritos de “Hosana, bendito o que vem em nome do Senhor”.

Muitas pessoas colocam expectativas erradas sobre Jesus. Esperam que Ele lhes resolva todos os problemas, que lhes conquiste vitórias sobre todas as batalhas, mas não querem se submeter a este Rei. Os que se enganam sobre Jesus não seguem com Ele, porque preferem seguir o seu prórpio pensamento e a sua própria vontade.

Jesus havia chamado seus discípulos a tomar o seu jugo: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve (Mateus 11:29-30). O jugo era usado para emparelhar dois animais, para dominar e disciplinar. Muitos dos que aclamaram a Jesus estavam sob o jugo romano e sob o jugo do pecado, mas não sob o jugo de Jesus. O jugo de Jesus é leve porque Ele não é de um tirano, um rei dominador. Ele controla pessoas indomáveis como o jumentinho que nunca tinha sido montado, mas o faz de forma amorosa. É necessário o toque do Espírito e a entrega verdadeira dos insubimissos, rendendo-se ao Rei justo e humilde.


Um Rei estava entrando em Jerusalém, nem todos ali sabiam exatamente quem era, nem todos ali estavam dispostos a renderem-se sob a justiça desse Rei, nem todos estavam dispostos a aceitá-lo como verdadeiramente Ele é e não como eles desejam que Ele seja.

25 de jan. de 2017

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 10º Mandamento

Êxodo 20:17 NVI
“Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença”

O decálogo fecha com um mandamento que não se refere a um ato, mas a uma intenção, algo que acontece no interior de cada um. Ali, no íntimo, iniciam-se todos os pecados (Tiago 1:13-15). Por isso é tão importante cuidar daquilo que abrigamos em nosso pensamento, ocupando nossa mente com o que é verdadeiro, justo, de boa fama, puro... (veja a lista completa em Filipenses 4:8).

Se o sétimo mandamento proíbe o adultério, o décimo proibe o desejo sobre a mulher do próximo. Jesus ampliou esse entendimento ensinando que a Lei vai além da letra. Não apenas o que fazemos pode prejudicar o próximo e nossa relação com Deus, mas também os nossos sentimentos interiores ou o desprezo que nutrimos contra alguém (Mateus 5:21,22; 27,28).

O apóstolo Paulo nos lembra que o amor é o cumprimento da Lei (Romanos 13:8-10). Quem ama não mata, não cobiça, não fala mentiras contra o próximo. Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e com todas as nossas forças e ao próximo como a nós mesmos, são os maiores mandamentos, segundo o nosso Mestre (Marcos 12:28-31).

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 9º Mandamento

Êxodo 20:16 NVI
“Não darás falso testemunho contra o teu próximo"

Os tribunais não tem utilidade se as pessoas comparecem ali para mentir.  Tanto acusação como defesa precisam sempre um compromisso com a verdade.

A maledicência é outro grave defeito condenado também por Deus (Êxodo 23:1). Falar mal de outra pessoa, inventar mentiras para prejudicar alguém é chegar ao ponto mais distante dos ensinos bíblicos de amarmos e suportarmos uns aos outros. A maledicência é promovida pelo inimigo  (1 Timóteo 5:14) pois ele é o pai da mentira (João 8:44).

O discípulo fiel é verdadeiro e confiável, tem uma só palavra (Mateus 5:37), não pratica a mentira (Colossences 3:9; Efésios 4:25). Ele sabe que ama um Deus verdadeiro, no qual podemos confiar, pois cumpre todas as suas promessas e tem filhos que são iguais a Ele.

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 8º Mandamento

Êxodo 20:15 NVI
“Não furtarás"

Todo furto ou roubo é um ato egoísta. Pode ser motivado por inveja, cobiça ou mesmo por necessidade, mas em nenhum caso é justificável. 

Existem formas violentas e não violentas de furto ou roubo. Quando governantes impõem taxas e impostos exorbitantes estão quebrando o oitavo mandamento. Quando sorrateiramente se apoderam do dinheiro público em falcatruas e pratica de corrupção. Quando patrões oprimem seus empregados deixando de pagar, atrasando o que serve de sustento ao trabalhador ou pagando salario injusto (Deuteronômio 24:14,15). Emprestar com usura, extorquindo o próximo (Ezequiel 18:3; 22:12). Quando o cidadão sonega taxas e impostos devidos ao governo (Romanos 13:7). O comerciante que usa balança enganosa (Provérbios 11:1).

Nossos bens materiais devem ser adquiridos com o nosso trabalho e não com furto ou roubo e não apenas para deleite pessoal, mas também para ajudar o necessitado (Efésios 4:28). Não acumulamos tesouros na terra que podem ser roubados, preferindo os tesouros no céu  (Mateus 6:19).

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 7º Mandamento

Êxodo 20:14 NVI
“Não adulterarás."

O sétimo mandamento, assim como o quinto, visam preservar a harmonia familiar. Os filhos devem honrar os pais (Êxodo 20:12), os pais devem honrar os filhos (Efésios 6:4) e os cônjuges devem honrar um ao outro. A fidelidade no matrimônio é o alicerce da vida conjugal.

O adultério começa com um olhar e os olhos, guardando intenções impuras, podem condenar todo o corpo. (Mateus 5:27-30).

Vivemos em uma sociedade sensualizada, que incita a busca do prazer individual, a experiência das emoções, de forma irresponsável, desconectadas de sentido ético. Basta lembrar o crescimento da industria pornográfica e a facilitação dada pela internet na produção de desejos, promovendo a ditadura do corpo. Saber controlar os desejos impróprios para não ser dominado por paixões desenfreadas é uma questão que envolve diretamente a relação com Deus pois Ele nos chamou para uma vida de santidade (leia 1Tessalonicenses  4:1-8). O rei Davi experimentou na própria pele as consequências amargas de um olhar lascivo não dominado (2Samuel 12:13,14).

Para cumprir o sétimo mandamento é necessário manter em honra e respeito a relação conjugal, visando preservar a família. Lembrando que a mesma é estabelecida a partir do casamento e não antes dele. Envolve auto controle sobre o corpo, as intenções impuras, o olhar lascivo o desejo plantado em meio às facilidades de uma sociedade abarrotada de promiscuidade e individualismo.

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 6º Mandamento

Êxodo 20:13 NVI
Não matarás."

A vida é um presente de Deus, somente Ele pode criar. Ele sabe o momento certo que cada um deve nascer. Assim também sabe o momento certo que partiremos. Somente Ele tem o direito de retirar a vida que Ele deu. As razões e o momento estão guardados em sua sábia e soberana vontade. Atacar a vida humana é atacar o próprio Deus, pois Ele nos criou à sua imagem e semelhança  (Gênesis 1:26,27).

A consideração e o cuidado que devemos ter com a existência do outro é tamanha, que o Mestre nos ensinou que a nossa ira contra alguém ou mesmo um insulto, está sujeito a julgamento tanto quanto tirar a vida (Mateus 5:21,22)

Resgatar vidas é a nossa missão. Buscar o pecador, como fez Jesus (Lucas 19:10). Salvar com a mensagem do Evangelho, dar o alimento e a água que sustenta e mantém alguém vivo, proteger o que está em risco de morrer. Para essas coisas Deus nos resgatou, pois estávamos condenados à morte eterna e Ele nos deu Vida Eterna.

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 5º Mandamento

Êxodo 20:12 NVI
“Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor , o teu Deus, te dá"

Aqui iniciam os mandamentos que se referem às relações com os outros, após a sessão dos que se referem à nossa relação com Deus. Essa parte começa com um mandamento ligado às relações familiares.

Deus sabe que a família estando harmonizada, tendo sua estrutura preservada, tudo mais ao redor caminha bem. As primeiras pessoas que aprendemos a nos relacionar são os nossos pais.

Honrar o pai e a mãe é sinal de gratidão, significa cuidar, estimar, demonstrar respeito. O povo foi ensinado também a ficar de pé diante do mais velho, honrando o ancião  (Levitico 19:32). Diante de uma sociedade competitiva e desumanizada como a nossa, isso parece não ter nenhum valor.

Desde a revolução industrial, o mais importante é a capacidade de produzir. Assim, a juventude e vitalidade são supervalorizados. A beleza é ditada por futeis padrões e o que exibe suas rugas, sinal de sua experiência de vida, já não tem lugar.

O apóstolo Paulo acrescenta que honrar os pais é obedece-los (Efésios 6:1), destacando que esse é o primeiro mandamento com promessa.

Esse mandamento é uma adaptação dos dois primeiros. A autoridade paterna ensina a criança e o jovem a reconhecer a autoridade de Deus. Quem aprende a honrar os pais, saberá honrar a Deus.

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 4º Mandamento

Êxodo 20:8‭-‬11 NVI
“Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo. Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos, mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor , o teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teus filhos ou filhas, nem teus servos ou servas, nem teus animais, nem os estrangeiros que morarem em tuas cidades. Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou.

O sétimo dia foi santificado pelo Senhor. Separado como dia especial, dedicado ao descanso, dia em que sessavam todas as atividades, tendo exemplo no criador, que depois de concluir a criação, descansou no sétimo dia.

Moisés acrescentou outro significado ao sábado, para que o povo trouxesse sempre à memória o livramento do Egito (Deuteronômio 5:15).

Mais tarde, os escribas e fariseus acrescentaram trinta e nove proibições relacionadas ao sábado, tornando o sétimo dia um fardo. Jesus os criticou, ensinando que o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado  (Marcos 2:27).

A igreja primitiva passou a se reunir no domingo para honrar a ressurreição de Jesus Cristo (João 20:19; Atos 20:7). Desde desse momento os cristãos passaram a separar o domingo como seu dia de culto.

O sábado foi estabelecido como referencial a ser observado para bem estar  do povo, seus servos e seus animais e como memorial da libertação da escravidão.

O cristianismo adotou o domingo como seu dia de descanso e de adoração. Dia separado para celebrarmos a vitória de Cristo sobre a morte, dia de celebrar nossa libertação da escravidão ao pecado alcançada na cruz por nosso Salvador.

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 3º Mandamento

Êxodo 20:7 NVI
Não tomarás em vão o nome do Senhor , o teu Deus, pois o Senhor não deixará impune quem tomar o seu nome em vão".

O nome de uma pessoa é um patrimônio inestimável. Representa seu caráter e reputação. O nome do Senhor é maior do que todos e deve ser honrado e exaltado.

Quando oramos a oração que Jesus nos ensinou, a primeira coisa que pedimos é: "santificado seja o teu nome" (Mateus 6:9). Esta é uma súplica que envolve um compromisso da nossa parte, de honrar o nome do Senhor, não o envergonhando com nosso fútil procedimento, com palavras inadequadas ou a indiferença. Se nos declaramos seus adoradores e exaltamos seu nome em cânticos e orações, como podemos desonra-lo com nossos pecados?

Também quando nos comprometemos fazendo votos de fidelidade e não perseveramos, sendo inconstantes e volúveis em nossos deveres, estamos tomando o nome do Senhor em vão.

O filho de Deus tem orgulho do nome do seu pai, honrando-o em sua vida diária, mantendo a sua fidelidade e perseverança,  por respeito e consideração ao santo nome daquele que nos guia e protege e nos resgatou da perdição.

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 1º e 2º Mandamento

Êxodo 20:1‭-‬6 NVI
E Deus falou todas estas palavras:  “Eu sou o Senhor , o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão.  “Não terás outros deuses além de mim.  “Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor , o teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e obedecem aos meus mandamentos.

A expressão "o Senhor teu Deus" aparece cinco vezes na promulgação dos dez mandamentos, lembrando ao povo a aliança que fizeram com o Senhor e fazendo-os viver em fidelidade, reconhecendo em gratidão o quanto Ele fez com seu poder por eles.

Não existe a possibilidade de Deus dividir seu trono com outra divindade. Se Ele é eterno e todo poderoso, é também único.

O ídolo pode ser de pedra, de madeira ou metal, representando uma divindade, pessoa ou animal. Porém, estamos sujeitos a transformar em ídolo tudo aquilo ao qual dedicamos tempo e energia. Tudo pelo qual fazemos sacrifícios, amando e servindo. Os homens e mulheres se cercam de ídolos o tempo todo, servindo ao dinheiro, ao status, carreira, trabalho, bens materiais ou outras pessoas (pais, filhos, conjuge, namorado(a)). Sempre que uma dessas ou outras coisas ou pessoas assumem domínio sobre nossas vidas, nossa fidelidade a Deus se vê ameaçada. Se o amamos e temos com Ele uma aliança,  Ele sempre ocupará o trono do nosso coração.