28 de nov. de 2010

O POVO QUE ESTAVA EM TREVAS VIU A LUZ

(Publicado no boletim da IP Ribeira em 28/11/10)
“E, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali;
para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Terra de Zebulom, terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios! O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz”  (Mt 4:13-16)

Esta semana acompanhamos pelo noticiário a iniciativa da polícia militar, junto com a Polícia Federal e usando blindados da Marinha entrando na comunidade de Vila Cruzeiro e os bandidos fugindo pelos fundos. As barricadas erguidas pelos marginais eram derrubadas, os carros e caminhões colocados no meio do caminho eram empurrados pelos veículos de guerra, abrindo caminho para os policiais do BOPE. Ao mesmo tempo pudemos acompanhar a reação dos moradores, muitos aliviados e esperançosos, crendo que muita coisa vai mudar, outros acenavam como lençóis brancos de suas janelas pedindo paz.
Uma operação da polícia contra o crime que foi toda televisionada, com as câmeras acompanhando cada passo, ao vivo. Cada cidadão na poltrona de sua casa, na televisão do barzinho ou no seu trabalho testemunhou a ofensiva militar e a fuga em massa do inimigo, ao mesmo tempo em que acompanhava também os últimos focos de carros incendiados, reação dos marginais.
Essas cenas ficarão marcadas em nossa mente durante algum tempo e nos farão pensar sobre a expectativa daqueles moradores de se verem livres do controle dos bandidos. Muitas vezes cidadãos de bem acuados em suas casas, muitas crianças foram mortas por balas perdidas, muitos jovens foram aliciados pelo tráfico e morreram enfrentando a polícia ou facções rivais. Quanta tristeza e dor foram impostas sobre a vida de milhares de pessoas que não tinham liberdade nem para entrar e sair de suas casas. Quando houve a invasão e os marginais fugiram em retirada os moradores começaram a enxergar a luz invadindo as trevas.
Uma luz muito mais brilhante e intensa Deus trouxe ao mundo na pessoa de seu filho Jesus Cristo. Ele é a Luz do mundo, a estrela da manhã, a luz da vida: “De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8:12)
O texto bíblico nos apresenta o Messias como a luz que resplandece para o povo que jazia em trevas e os que habitavam na região da sombra da morte. Grande alegria experimenta aquele que aguarda ansioso sair das trevas e encontra-se com a refulgente luz de Cristo.
A sensação de liberdade que os moradores da Vila Cruzeiro estão começando a experimentar nem se compara a segurança e Paz que invade o coração daqueles que se encontram como Jesus a luz da vida. As milícias do mal já foram completamente derrotadas na cruz do calvário, por isso aquele que está em Cristo sabe que é mais que vencedor. As armas do inimigo são a mentira e o engano, seu objetivo é trazer a morte, mas o Senhor Jesus nos oferece vida plena: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”  (Jo 10:10).
Oremos para que os habitantes da Vila Cruzeiro e do complexo do Alemão possa ser libertos do condenação do tráfico e que as igrejas da região sejam abençoadas por Deus para apresentarem aquele que nasceu para nos libertar da condenação eterna. Oremos para que eles possam voltar a vida normal e possam encontrar a vida eterna no Senhor Jesus.
Rev. Tiago Silveira

18 de nov. de 2010

¿EXISTE DIOS?

Seria Deus o criador do mal?
Deus existe?
Veja uma resposta brilhante de um menino ao seu professor:

27 de out. de 2010

MARAVILHOSA GRAÇA
O vídeo baixo nos faz entender melhor...


Incrível Graça! Como é doce o som
que salvou um pecador como eu!
Estava perdido uma vez, mas agora fui encontrado;
era cego, mas agora posso ver.

Essa graça ensinou meu coração a temer,
é a graça que alivia meus medos;
como é preciosa a graça que apareceu
no momento em que eu acreditei nela.

Terminados muitos perigos, labutas, e armadilhas,
Eu estou voltando;
Essa graça trouxe-me seguro até aqui,
e a graça conduzir-me-á para casa.

O senhor prometeu-me bondade,
sua palavra me dá esperança;
meu escudo e porção será,
enquanto minha vida existir.

Sim, quando esta carne e coração falharem,
e a vida mortal cessar,
Eu possuirei, atravessando o véu,
uma vida da alegria e da paz.

Quando nós estivermos lá por dez mil anos,
brilhando como o sol,
não teremos menos dias para louvar a Deus
do que quando nós começamos.

3 de out. de 2010

UM DIA PARA DECIDIR, UMA VIDA PARA MUDAR

(Publicado no Boletim da IPRibeira no dia 03/10/2010)

    Hoje é um dia muito importante e decisivo para o povo brasileiro e, de modo particular, para as famílias. As eleições, um evento democrático legítimo, onde temos o privilégio de participar, escolhendo os nossos representantes no poder legislativo e executivo. Estes homens e mulheres que escolheremos para nos representar no senado, na câmara dos deputados, no governo do estado e, principalmente, na presidência da república, estarão tomando decisões, estabelecendo leis e diretrizes que influenciarão diretamente a nossa vida e o comportamento da sociedade.
    Precisamos lembrar que hoje o Congresso é pressionado a votar leis a partir de grupos influentes que geram os chamados lobbies, grupos esses que atuam diretamente sobre os deputados e senadores, pressionando para que votem segundo determinadas tendências de interesse particular. Também sabemos que a manifestação popular, quando acontece de forma organizada e persistente, pode promover mudanças, que foi o que vimos na votação antecipada do projeto “ficha limpa”.
    Alguns grupos que defendem a descriminalização do aborto já pressionaram e conseguiram modificações na legislação para serem votadas quando o Congresso voltar à atividade. O mesmo conseguiram os movimentos que apóiam as causas homossexuais, tais como o casamento gay e  a lei antihomofobia. Outros grupos, preocupados com o grande volume de dinheiro arrecadado nas igrejas pressiona para criar impostos para taxar os dízimos e ofertas. Outros estão incomodados com a presença de muitos pastores e evangelistas na programação do rádio e da TV e estão pressionando para que apenas jornalistas formados possam estar à frente dos programas. Até mesmo as prostitutas fazem o seu lobby para regularizar a sua “profissão”.
    No meio evangélico as lideranças mais expressivas tratam de firmar apoio a este ou aquele candidato, apresentando-os diante da igreja. Outros que se mantém na fama por conta da projeção na TV, assumem postura e mudam ao sabor de sua própria vontade, não se comprometendo com nenhum segmento evangélico, senão com eles próprios. No geral, falta unidade, falta representatividade, falta humildade. As disputas de fama, prestígio e poder se sobrepõem aos interesses da família e aos valores bíblicos.
    Em meio a este quadro, torna-se mais urgente que o povo aprenda a escolher os seus representantes na igreja e no Estado. Dar a César o que é de César não é só pagar os impostos, mas é também acompanhar de perto e saber o que “César” está fazendo que contraria a vontade de Deus. Dar a Deus o que é de Deus é também apresentar diante do Senhor pastores e líderes que cuidam do seu rebanho sem a sórdida ganância: “pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade” 1 Pedro 5:2.
    Portanto, a situação atual exige também de cada um de nós uma postura mais critica, um posicionamento mais atento às circunstâncias, buscar formas de influenciar positivamente nas esferas de atuação que dispomos em nosso dia a dia. Os que não acompanham os fatos, que não questionam, não buscam a verdade são os que se deixam manipular e se vendem para os políticos inescrupulosos e os pastores mercenários. Assim, continuaremos tendo cidades cheias de eleitores que votam nos candidatos que doam tijolo, quadras de esporte e prometem mas não cumprem e igrejas lotadas de fieis que não lêem e não estudam a Bíblia. Os que têm espírito bereano (veja em At 17:11) não engolem qualquer promessa, não se satisfazem com qualquer pregador, não acreditam em qualquer doutrina. São criteriosos, equilibrados, procuram a edificação, a unidade, o bem estar da família, são corajosos para enfrentar as hostes do mal firmados e fortalecidos na comunhão com o Senhor.
    Oremos para que Deus conceda ao seu povo mais profundidade no conhecimento bíblico, mais comunhão, mais discernimento para julgar todas as coisas. Oremos para que o povo brasileiro se conscientize que o poder de decisão está em suas mãos e que deve lutar para não permitir que a corrupção e a ganância se sobreponham aos interesses legítimos da nação. Oremos para que a vontade do Senhor se estabeleça em cada lar.

19 de ago. de 2010

Igrejas Universal e Mundial são seitas, diz Igreja Presbiteriana

Igrejas Universal e Mundial são seitas, diz Igreja Presbiteriana

"Seja eu, você, o bispo Macedo ou qualquer um de nós estamos sujeitos a nos enfermar", afirma reverendo presbiteriano ao explicar doenças que afetam os cristãos

A restrição que pastores e teólogos já faziam a respeito da teologia pregada pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) foi assumida de forma oficial pela Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB). A denominação de Edir Macedo foi considerada seita pela congregação histórica. A Mundial do Poder de Deus, liderada pelo apóstolo Valdemiro Santiago - dissidente da Universal -, entrou na mesma classificação.
"Essas igrejas não têm nenhuma preocupação quanto a fundamentação bíblica de suas crenças. É muito mais Deus me revelou, Deus me falou, do que propriamente uma consistência exegética, hermenêutica, de um estudo mais detalhado das escrituras. É muito mais catolicismo do que protestantismo?, justificou o reverendo Ludgero Bonilha Morais, secretário executivo do Supremo Concílio da IPB.
Em entrevista ao Guia-me, Ludgero explicou por que a igreja que não faz re-batismos decidiu desconsiderar o ritual de arrependimento realizado por João Batista que é feito pelas duas denominações neopentecostais.
"Nós entendemos que determinados batismos não ocorreram, eles utilizaram-se de uma gíria evangélica, mas o batismo efetivamente não aconteceu?, disse o reverendo.
Em comum entre as duas igrejas está a defesa da Teologia da Prosperidade, que ganhou força no Brasil na década de 1980. Denominações como Verbo da Vida e nomes como Valnice Milhomens propagaram os ensinos da confissão positiva no país.
Guia-me: Foi definido na última assembleia do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) que as igrejas Universal do Reino de Deus e Mundial do Poder de Deus são seitas. O que levou a IPB assumir essa decisão? Por que elas são consideradas seitas?
Rev. Ludgero: Por causa dos estudos que nós fizemos quanto a teologia dessa igreja [Universal]. É uma igreja que tem uma ênfase desproporcional em relação às pessoas da trindade, a dificuldade que sem tem em relação a singularidade das Escrituras, a defesa quanto ao aborto. São coisas dessa natureza.
Guia-me: Foram consideradas seitas apenas essas duas: Universal e Mundial?
Rev. Ludgero: A Mundial por causa da ênfase exagerada de revelações extra-Escrituras e uma ênfase muito grande na questão do milagre em detrimento da mensagem do Evangelho.
Guia-me: Essa decisão também inclui a doutrina da Teologia da Prosperidade?
Rev. Ludgero: Sim, também.
Guia-me: A Teologia da Prosperidade ganhou uma força muito grande nas décadas de 1980 e 1990 no Brasil com igrejas como Verbo da Vida e nomes como a apóstola Valnice Milhomens. Por que só agora a IPB tomou essa iniciativa?
Rev. Ludgero: Porque a Igreja Presbiteriana é muito consistente. As decisões do Supremo Concílio acontecem de quatro em quatro anos e nós não tomamos decisões precipitadas. Elas são estudadas, analisadas. Essas igrejas que estão acontecendo agora não têm declarações confessionais escritas. Muitas dessas afirmações são simplesmente verbais.
Um pastor de uma determinada igreja como essas diz alguma coisa no sul, e um outro pastor da mesma igreja diz outra coisa completamente disparatada no norte. Nós não temos uma consistência nas declarações. Por isso a gente espera que as igrejas se afirmem através de documentos, livros, publicações. Ao aguardar esses livros, evidentemente demora para firmarmos uma posição que já sabemos mas não podemos provar porque não tem uma documentação a respeito.
Guia-me: Mesmo que não tenham uma documentação, essas igrejas - desde Kenneth Hagin até Benny Hin - se baseiam biblicamente para justificar as suas crenças. A decisão da IPB seria um esforço para conter esse movimento de fé que conquista cada vez mais fiéis?
Rev. Ludgero: Essas igrejas não têm nenhuma preocupação quanto a fundamentação bíblica de suas crenças. É muito mais Deus me revelou, Deus me falou, do que propriamente uma consistência exegética, hermenêutica, de um estudo mais detalhado das escrituras. É muito mais catolicismo do que protestantismo.
Absolutamente não queremos conter ninguém. O fato é que não estamos preocupados com eles, mas com gente que vem dessas igrejas e que desejam se tornar membros da Igreja Presbiteriana. Como é que vamos recebê-los? É aí que nos preocupamos.
Guia-me: Vocês chegaram a decidir algo sobre outras denominações neopentecostais?
Rev. Ludgero: Não. Somente essas duas.
Guia-me: Qual a opinião da IPB a respeito das denominações que acreditam num processo de cura interior, de que o crente precisa ser liberto do que ele fez antes de se converter?
Rev. Ludgero: O que nós cremos é que no momento que uma pessoa aceita a Cristo como seu salvador, as coisas velhas se passam e eis que tudo se faz novo. Essas maldições hereditárias, essa bobajada toda que está sendo proclamada ultimamente, tem muito mais a vê com um conceito equivocado da obra perfeita e acabada de Cristo do que qualquer outra coisa.
Quando a obra de Cristo é aplicada na vida do crente, a Bíblia diz: - Para esse não há mais condenação. As coisas velhas passaram. Os pecados anteriormente cometidos foram todos perdoados, limpados e não há mais do que tratar desse assunto.
Guia-me: O que o senhor pensa a respeito de influenciar o mundo físico a partir do mundo espiritual, quando por exemplo é declarado a passagem de Isaías 53:5 ? "o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados"?
Rev. Ludgero: Veja só, o fato é o seguinte: Todos os seres humanos crentes, por mais piedosos que sejam inclusive, morrerão de alguma enfermidade. O sujeito está com 90 anos, ele morre da falência dos seus órgãos. Então a enfermidade é parte da queda da raça humana. O crente é salvo, mas, no entanto, não é colocado debaixo de uma redoma, ele não está protegido das intempéries da existência. Existem enfermidades que têm uma gênese num determinado pecado específico. O sujeito cometeu um determinado pecado,ele pode se enfermar por causa daquilo.
Agora existem várias enfermidades que não tem absolutamente nada a ver com questões propriamente de pecados específicos. O sujeito deu uma topada no degrau de uma escada e quebrou o dedão, não obrigatoriamente que isso seja relacionado a uma queda espiritual. Ele pode sofrer um acidente, ficar gripado, morrer de câncer e assim por diante. Isso faz parte de que nos vivemos de um mundo em queda. O pecado afetou a todos. Nós somos salvos, mas a nossa salvação se completa somente na glorificação. Paulo diz isso claramente na carta aos Romanos, que aquilo que é mortal não pode herdar a imortalidade, aquilo que é corruptível não pode herdar a incorruptibilidade.
Portanto, seja eu, você, o bispo Macedo ou qualquer um de nós estamos sujeitos a nos enfermar.

Igreja Mundial foi considerada seita pela Igreja Presbiteriana do Brasil
"por causa da ênfase exagerada de revelações extra-Escrituras e uma
ênfase muito grande na questão do milagre em detrimento da mensagem
do Evangelho".

Guia-me: Na sua opinião, a Igreja evangélica brasileira cresce de forma saudável à luz das Escrituras ou é apenas algo quantitativo?
Rev. Ludgero: Há muito mais quantidade do que qualidade. O fato é o seguinte: a Igreja evangélica no Brasil hoje está muito mais influenciada por esses líderes carismáticos que passam a ter uma hegemonia sobre a Igreja. A Bíblia diz claramente que quando um profeta fala os outros devem julgar. Então esse tipo de julgamento, esse critério da Igreja, claro que só uma Igreja amadurecida pode fazer isso, não está acontecendo nos nossos dias.
Infelizmente há muita gente entrando para as igrejas neopentecostais mas sem nenhum conhecimento da Palavra de Deus. Não há um estudo sério da Bíblia. São pessoas praticamente ignorantes quanto a Palavra de Deus mas se fiam muito naquilo que o profeta ou o apóstolo falou. É essa coisa de autoridade espiritual sem questionamento.
Guia-me: Tanto que é bastante comum a pessoa se converter numa igreja neopentecostal e acabar migrando para uma denominação com mais solidez bíblica.
Rev. Ludgero: Sim. É por isso a decisão do Supremo Concílio. Muitas pessoas estão vindo para a nossa igreja, da Igreja Universal, da Igreja Mundial da Graça. Muitas pessoas.
Guia-me: Por que foi decidido que o batismo dessas igrejas não seria válido?
Rev. Ludgero: Nós não rebatizamos. Nós entendemos que determinados batismos não ocorreram, eles utilizaram-se de uma gíria evangélica, mas o batismo efetivamente não aconteceu. É como acontece, por exemplo, com o nosso conceito em relação ao batismo católico romano. Nós não rebatizamos, nós batizamos.
Por Felipe Pinheiro
Fonte: Guia-me

13 de ago. de 2010

FÉ, FERVOR, PERSEVERANÇA

Publicado no boletim da IP Ribeira em 14/08/2010

    Em nosso caminho de jejum e oração pela família, precisamos estar bem conscientes de onde queremos chegar e como chegaremos lá. Nossos alvos precisam estar bem claros em nossas mentes e corações. A visão clara do que precisa ser resgatado, a noção exata do que precisamos defender, a consciência esclarecida sobre as armas que o nosso inimigo tem usado e, principalmente, como nos defenderemos.
    Temos visto que a família é uma instituição criada por Deus, a qual Ele muito valoriza e, por isso mesmo, alvo dos ataques malignos em diferentes frentes: nos relacionamentos trazendo conflitos não resolvidos, brigas entre casais, pais e filhos e entre irmãos. Na estrutura familiar promovendo separações, divórcios e o desinteresse pelo casamento com a propaganda do homossexualismo, adultério, crescimento da pornografia, da promiscuidade entre os jovens, que leva a falta de compromisso, gravidez precoce, perda da dignidade da mulher e outras mazelas.
    Temos visto também a necessidade de uma postura mais objetiva, buscando a Deus pela família que é uma forma de sairmos da acomodação, de não ficarmos apenas observando tudo desmoronar sem fazer nada. Queremos lutar contra os ataques do inimigo, queremos ter famílias harmoniosas, felizes. Queremos que em nossos lares haja diálogo, amor, entendimento, compreensão, santidade. Por isso, temos que entrar na batalha espiritual com as armas que o Senhor nos deu: jejum, oração, santificação.
    A oração é o principal meio de contato com Deus e também, por conseqüência o principal meio de abrir portas para o crescimento espiritual, santificação de vida e obter as bênçãos que almejamos. Quando oramos estamos usando a Fé, sabendo que aquilo que pedimos Deus irá conceder, se o pedimos debaixo de sua soberana vontade. Não consegue nada de Deus aquele que ora sem ter Fé: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6). Na carta de Tiago aprendemos que aquele que duvida do que pede a Deus é inconstante como a onda do mar: “Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento” (Tiago 1:6).
    Também a oração precisa ser autêntica, expressão verdadeira do que anseia o nosso coração. Jesus criticou duramente os hipócritas que oravam em praça pública, visando tão somente serem vistos e admirados por sua suposta santidade (Mateus 6:5). Deus espera que nossa oração seja fervorosa, intensa, como foi a oração de Ana quando pedia a Deus um filho, ela derramou sua alma diante do Senhor (ISm 1:15). Precisamos ansiar intensamente aquilo que pedimos do Senhor, absorver a necessidade do pedido e o quão verdadeiro é o nosso desejo de obte-lo. Isso é orar com fervor.
    Mas nenhum pedido cumpre seu objetivo se não permanece sendo apresentado diante do Senhor pelas orações até que seja atendido. O que desiste de orar antes de receber é porque não tinha Fé ou convenceu-se de que não era importante o que pedia. Se estivermos pedindo com Fé, na certeza das coisas que se esperam e na convicção dos fatos que ainda não vemos (Hb 11:1) e se oramos com fervor, absorvidos totalmente pela necessidade daquilo que clamamos a Deus, perseveraremos na oração, até que do alto ela seja respondida. Perseverar é não desistir, é manter acessa a chama, não sossegar antes que Deus fale, antes de chegar alguma resposta. Elias orou perseverantemente para que chovesse sobre Israel mesmo não vendo resposta por seis tentativas. Mas, considerou como respondida sua petição quando soube de uma pequena nuvem no céu (IRs 18:41-46).
    Fé, Fervor e Perseverança, os três elementos essenciais para que a oração seja atendida. Memorize estas três letrinhas: FFP para lembrar-se no momento da sua oração diária.
        Rev. Tiago Silveira

19 de jul. de 2010

Sand Art - "One man's Dream 2010" - SandFantasy





Uma forma muito criativa de se contar uma estória, usando a arte com areia...

PROTEGIDOS POR DENTRO E POR FORA

Publicado no Boletim da IP Ribeira em 18/07/2010

O inverno é estação preferida de muitas pessoas. Normalmente é a época de tirarmos os casacos e agasalhos do armário. É um momento em que as pessoas parecem mais elegantes, mais bem vestidas.
Estou escrevendo este texto aqui de Curitiba onde já ouvi falar que a temperatura chegou a 4°. Hoje a previsão é de 7°. Nestas condições recorremos às jaquetas, casacos, suéteres, gorro, cachecol etc. O objetivo principal dos agasalhos não é somente proteger o corpo do frio ao redor, mas principalmente, manter a temperatura do próprio corpo, não permitindo a perda de calor natural. Acabamos então recorrendo a várias peças de roupa que vão sendo sobrepostas (o efeito cebola). Assim, acabamos nos provendo de uma espécie de “armadura” que nos protege, conservando nossas defesas naturais.
Isto nos faz pensar na armadura do cristão que o Apóstolo Paulo nos fala em Efésios 6:13-17. Ele nos recomenda usar o cinto da verdade, a couraça da justiça, calçar os pés com o Evangelho da Paz, usando também o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito.
Claro que a sua visão era de um soldado bem protegido e armado para ir à guerra contra as forças espirituais do mal (v. 12). Porém, podemos nos lembrar da “armadura” que usamos contra o frio, conservando nosso calor corporal, como uma boa ilustração do que precisamos fazer para enfrentar o nosso inimigo espiritual.
Sabemos que aqueles que entregaram suas vidas ao Salvador Jesus Cristo já são novas criaturas, não servem mais ao pecado, desenvolvem em suas vidas um novo caráter, marcado por valores morais, éticos e espirituais que identificam claramente os discípulos de Cristo: a verdade e a justiça, a devoção espiritual, o bom testemunho, a oração. Estes e outros valores nos aquecem a alma em uma comunhão fervorosa com o nosso Deus. Mas também sabemos que o inimigo quer esfriar a nossa relação com o Senhor. Ele quer congelar nossas relações fraternas dentro da igreja, quer baixar a temperatura de nosso entusiasmo com a obra de Deus.
Então, para não sermos vitimados pelo frio espiritual precisamos manter nossa alma aquecida, mantendo seu calor natural que em nós foi colocado pelo Senhor e que Ele mesmo acrescenta dia a dia. Ao mesmo tempo, com a mesma armadura, nos protegemos dos dardos inflamados do maligno (Ef 6:16).
Se você tem achado sua vida espiritual um tanto fria e até mesmo o frio do inverno afeta o seu entusiasmo, impedindo-o de estar em comunhão com os irmãos na igreja? procure proteger-se vestindo-se com louvor, calçando-se com a leitura da Palavra, abrigando-se na Casa do Senhor.
Manter a temperatura espiritual aquecida é a melhor forma de nos protegermos contra a frieza que o inimigos quer impor sobre nós. Usar o cinto da verdade, a couraça da justiça, calçar os pés com o Evangelho da Paz, usar o escudo da Fé, o capacete da Salvação e a espada do Espírito vai nos proteger dos seus ataques externos.

28 de jun. de 2010

A OPÇÃO POR UMA VIDA DE INTEGRIDADE

Publicado no boletim da IPRibeira - 27/06/2010

O mundo inteiro viu o gol de Luis Fabiano na partida contra a Costa do Marfim. Uma bonita jogada, com dois chapéus sobre os adversários culminando com um chute certeiro que finalizou em gol. Pena que ficou a dúvida sobre a condução feita com o braço e com a mão no meio da jogada. O que uma das muitas câmeras espalhadas pelo campo também mostrou foi o rápido diálogo de Luis Fabiano com o árbitro francês após o gol. Pelas imagens temos a impressão que o juiz pede a confirmação do jogador se a bola não havia tocado a sua mão ou o braço, ao que o atleta nega imediatamente.
Sabemos que o gol já estava confirmado e não seria anulado, sabemos também que existia a dificuldade de comunicação por não falarem a mesma língua. Seria difícil explicar que o toque foi involuntário. No final fica a dúvida: foi intencional ou foi realmente involuntário?
Este episódio nos faz pensar sobre a maneira como reagimos diante situações de pressão no dia a dia. Falar a verdade e assumir a responsabilidade pelos próprios atos, não deixar dúvidas sobre suas verdadeiras intenções, pode ser difícil em determinadas circunstâncias.
Como discípulos de Cristo, em um mundo corrupto e corruptor, somos pressionados o tempo todo a deixarmos de lado valores éticos para tentar acomodar as coisas, o famoso jeitinho. Fazer o que todo mundo faz é uma grande tentação. “A verdadeira integridade implica em você fazer o que é certo quando ninguém está olhando ou quando todos estão transigindo” (Charles R Swindoll). Cada dia que passa fica mais necessário assumirmos uma vida de integridade para não sermos tragados pela corrente que conduz pelo caminho largo.
Integridade é a qualidade daquele que está inteiro, que não sofreu qualquer diminuição. É ser completo, intacto. O Salmo 15 nos ensina que a integridade e a verdade são marcas daquele que vai morar com Deus: “Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade” (Sl 15:1,2). O Rev. Ricardo Barbosa declara: “Talvez a maior crise do cristianismo ocidental contemporâneo seja a crise de integridade, a incapacidade de integrar aquilo que cremos com a realidade e a forma como vivemos. Parece que existe entre nós uma falsa premissa de que, se temos uma boa música, temos uma boa adoração; se temos uma boa doutrina, temos uma boa espiritualidade; se temos um bom programa eclesiástico, temos uma missão, e por aí vai”
É terrível quando confundimos freqüência na igreja com vida de santidade; momento de louvor com vida de Louvor; momento de dedicação com vida de fidelidade. O que fazemos dentro das quatro paredes do templo é uma preparação para a prática diária da vida cristã que se caracteriza por ser sal e luz no mundo.
Cremos que um dos maiores exemplos de integridade na Bíblia é a vida de Daniel. Ele tomou a firme resolução de não se deixar contaminar (Dn 1:8). Aprendemos assim, que integridade é uma opção de vida, uma conduta que se assume como padrão. Porém, ele não estava sozinho, não dependia apenas do seu esforço, mas contava com a misericórdia de Deus: “Ora, Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos”. Se o Senhor não tivesse interferido de nada adiantaria toda a atitude resoluta de Daniel, uma hora ele iria cair.
Nas horas em que você for pressionado para tomar o caminho largo, lembre-se de orar e pedir a graça de Deus para manter resolutamente a decisão de não se contaminar com a dissimulação, o jeitinho, a corrupção. Lembre-se: ser íntegro é uma opção de vida é o padrão da vida de quem leva a Bíblia a sério.
Rev. Tiago Silveira

26 de jun. de 2010

Vovozinhas malvadas - As velhinhas de Passione

Até as vovozinhas são corrompidas pela novela da globo:

Na novela Passione, duas octogenárias têm a força.
E o comportamento delas está longe de ser politicamente correto

Marcelo Marthe

Dias atrás, a atriz Daisy Lúcidi foi abordada por um anônimo em um café no centro do Rio de Janeiro. "Mas como a senhora é ruim, hein, dona Valentina?", disparou o sujeito. Desde que Daisy, de 80 anos, assumiu tal papel na novela Passione, a confusão entre intérprete e personagem a persegue nas ruas – como sempre ocorre quando se corporifica com competência uma vilã da laia de Valentina. Por baixo da casca de avó boazinha há uma criatura horrorosa, que obriga a neta de 15 anos, Kelly (a novata Carol Macedo), a se prostituir. A vovó maldosa remete, com realismo, ao noticiário sobre exploração sexual de crianças e adolescentes. E é também ilustrativa da visão peculiar que o atual folhetim das 8 da Globo tem a oferecer sobre a propalada "terceira idade".
Em uma trama que chama atenção pelo fato já por si incomum de trazer quatro octogenários em papéis de realce, ela não é a única velhinha safada. Encontra sua contraparte, digamos, "do bem" na ricaça Brígida, representada por Cleyde Yáconis, de 86 anos. A matriarca – sogra de Bete (Fernanda Montenegro) e vinte anos mais velha do que esta, embora as duas atrizes tenham só seis anos de diferença – é esnobe e preconceituosa. Além disso, dá suas escapadas com o chofer da família, Diógenes (Elias Gleiser, de 76) tão logo o marido, Antero (Leonardo Villar, de 86), cai no cochilo. A misteriosa atividade a que patroa e chofer se dedicam é provavelmente inocente, mas as falas de duplo sentido carregam as cenas de libido. "Quero que o público imagine que os dois velhos podem, sim, estar fazendo sexo", diz o noveleiro Silvio de Abreu.
Brígida e Valentina destoam do padrão de velhice decantado nas novelas. Normalmente, atores na faixa etária de Daisy Lúcidi e Cleyde Yáconis ou são relegados a papéis de vovôs e vovós simpáticos ou mostrados como coitadinhos. O ápice dessa tendência foi o casal nonagenário (formado por Oswaldo Louzada e Carmem Silva, ambos mortos em 2008) que padecia nas mãos de uma neta sádica em Mulheres Apaixonadas (2003), de Manoel Carlos. Mas, como lembra o especialista Mauro Alencar, é possível pescar, na história do gênero, exemplos eventuais de velhinhos transviados. "Em tramas dos anos 70 como Os Ossos do Barão, de Jorge Andrade, ou O Casarão, de Lauro César Muniz, havia idosos com vida sexual bem apimentada", diz o estudioso. O próprio Silvio de Abreu tem tradição nessa matéria: em seu sucesso Sassaricando (1987), Paulo Autran (1922-2007) fazia um senhor que não resistia a um rabo de saia. Na novela atual, o autor avança ainda mais, tanto na idade dos atores quanto na voltagem de seus personagens.
Embora Passione venha ostentando uma audiência capenga para o horário das 8 desde sua estreia, há um mês, a Globo já detectou que a personagem de Cleyde Yáconis cativa o público. Veterana do teatro e dos folhetins, a atriz tempera a incorreção política com certa fleuma de dama quatrocentona (como são conhecidos os clãs tradicionais paulistanos). Brígida não poupa nem os idosos de discriminação: chama o próprio marido de "caduco". Apesar disso, trata-se de um registro ameno. Já a personagem de Daisy Lúcidi revolta os espectadores (e se soma ao arsenal de "temas-denúncia" explorados por Abreu, que inclui ainda o aborto e as drogas). Ex-deputada estadual no Rio, com quatro mandatos, e radialista há mais de sessenta anos (foi atriz de radionovelas e até hoje comanda um programa assistencialista), Daisy está debutando como vilã. "O maior desafio foi me despir da vaidade. Tive de engordar 5 quilos e venho me sujeitando aos vestidos sem manga e à maquiagem borrada para fazer aquela desqualificada", diz. Desqualificada é pouco. Para convencer Kelly a se prostituir, Valentina apela para a chantagem emocional: finge acessos de tosse e se faz de idosa vitimizada. No passado, ela fazia o mesmo com a neta mais velha, a golpista Clara. Vivida por Mariana Ximenes, essa última é a vilã "oficial" de Passione. Até agora, porém, a vovozinha vem lhe passando a perna.
Fonte: Revista Veja Edição 2170 / 13 de junho de 2010. Veja no link abaixo:
Televisão As velhinhas de Passione - Edição 2170 - Revista VEJA

22 de jun. de 2010

Igreja Universal abre drive-thru de oração e oferta

Igreja Universal abre drive-thru de oração e oferta

SOMOS VÍTIMAS DO MERCHANDISING?

publicado no boletim da IP Ribeira em 20/06/2010
Na maioria das casas das famílias brasileiras encontramos um eletrodoméstico que é considerado por todos como imprescindível. Não estou falando da geladeira ou do fogão e sim da televisão. A TV com o passar do tempo foi se transformando num aparelho onipresente em todos os lares. Não importa se a família é rica ou pobre, se mora em casa nobre o no alto do morro, lá está a famosa televisão passando os mesmos programas e sendo assistida por milhões. Este fato está aguçando cada dia mais a imaginação dos publicitários e produtores da TV. Os publicitários agora descobriram que vende mais se o comercial for feito pelo próprio apresentador do programa. Antigamente o apresentador fazia uma pausa para entrarem os comerciais. Quem não queria assistir podia levantar ir no banheiro ou na cozinha beber uma água. Agora não tem mais tempo para isso. O comercial é rápido e feito dentro do programa, o chamado merchandising. O mesmo acontece nas novelas. A propaganda é misturada na trama. O personagem deixa todos verem qual o produto que ele usa: o refrigerante, o detergente, o sabão em pós etc .
Assim, caminhamos para um tempo maior, colados em frente a TV. Quem não quer perder o programa precisa ficar grudado na telinha recebendo tudo que é despejado, sendo influenciado pelas sugestões de consumo e também de comportamento e opinião. Sim, porque as tramas das novelas, por exemplo, há muito tempo servem para divulgar determinados pontos de vista, tais como amor livre, homossexualismo, adultério sem culpa, sexo antes do casamento e outros.
Hoje já se fala do merchandising social, que é a forma de expor temas importantes para “educar” a população. Assim, assuntos como crianças desaparecidas, menor abandonado, deficientes físicos, o negro na sociedade e outros, são tratados como parte da história contada nas novelas. O problema é que a manipulação acaba acontecendo, como destaca um estudioso de propaganda: “O merchandising social pode ser utilizado para educar a população, mas pode ser um instrumento perigoso de manipulação e controle da sociedade. Seu discurso é persuasivo, levando o telespectador a ter uma opinião ou adquirir um comportamento parcial, provocado por interesses que, muitas vezes, não lhes são próprios”. (Eneus Trindade - MERCHANDISING EM TELENOVELA: A ESTRUTURA DE UM DISCURSO PARA O CONSUMO).
O crente precisa se prevenir diante destas mudanças. Antes de tudo precisamos lembrar que “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (ICo 10:23). Saber separar o que convêm e o que edifica é uma habilidade que ganhamos de Deus através da oração, e, principalmente, pela leitura da bíblia, aprendendo a forma correta de agir. Não podemos permitir que entre em nosso pensamento opiniões que são contrárias àquelas ensinadas pela Palavra. Nossa mente é guardada por Deus e deve ser preservada “Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo” (ICo 2:16)
Nenhum de nós em sã consciência procuraria uma escola onde se aprende a trair o cônjuge, onde se aprende a ser promíscuo ou a passar os outro pra trás. As novelas no entanto são escolas diárias e muitos se assentam na sala de casa com seus filhos pequenos e adolescentes para ficar de olhos e ouvidos bem abertos, recebendo apáticamente o que se despeja em nossas mentes.
Antes de ficar sentado como vítima diante da televisão, ganhe a disposição de regular bem o que você e sua família estão assistindo. Não deixe entrar em sua casa pela TV o que você não gostaria que entrasse na sua mente e dos seus filhos por outros meios.
Um mergulho ao fundo na nossa própria natureza... O vídeo acima – um hit no Youtube – mostra com recursos de edição o campeão mundial de mergulho livre, o francês Guillaume Néry, indo ao fundo de um abismo no oceano das Bahamas, sem equipamento de ar comprimido. Nos faz pensar sobre a necessidade de um mergulho profundo em nossa própria alma para (re)conhecer nossos segredos bem guardados. Haja fôlego!

7 de jun. de 2010

COMO RECONHECER OS FALSOS PROFETAS

resumo da mensagem pregada no domingo 06/06 no culto à noite

Mt 7:15-29
Jesus adverte os seus discípulos para se prevenirem contra os falsos profetas. “Pelos seus frutos os conhecereis”. O Mestre nos ensina a reconhecer as atitudes erradas que denunciam os falsos profetas.

1-Discurso vazio de obediência
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt 7:21)
Vivemos na era da informação. Bombardeados por todos os lados por informação: televisão, revistas, jornal, rádio, livros, sites, blogs, redes sociais, fóruns etc.
Estamos cercados de pregadores, evangelistas, oradores, escritores evangélicos.
Também é certo que muito tem sido falado mas pouco tem sido feito
... Nem todo o que me diz... Mas aquele que faz a vontade de meu Pai...
Palavras vazias de conteúdo, palavras que não traduzem uma vida de obediência (veja Judas 12)

2-Prática do bem associada com a iniqüidade
“Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?” (Mt 7:22)
Esses aparentemente não falam somente, mas fazem.
Eles demonstram obras, porém serão repelidos pelo Senhor: “Nunca vos conheci” (Mt 7:23A)
Quem faz a obra em nome do Senhor precisa ter a aprovação do Senhor da Igreja
A causa da rejeição: “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mt 7:23B)
O Senhor não suporta nada que seja feito em seu nome associado com a iniqüidade. (Veja Is 1:11-17)

3-A recomendação para os discípulos: não agir com indiferença
“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7:24)
Ouvir e não praticar é agir com indiferença. “Entra em um ouvido, sai pelo outro”
Quem ouve e pratica está valorizando o ensino do Mestre e se mantém de pé

Não só falar, mas obedecer
Não só mostrar obras, mas ter vida de integridade
Não só ouvir, mas pôr em prática

A ELEGÂNCIA DO CONTEÚDO

Texto de Martha Medeiros. Publicado na Revista O Globo 06/06/2010
 
De ferramentas tecnológicas, qualquer um pode dispor, mas a cereja do bolo se chama conteúdo. É o que todos buscam freneticamente: vossa majestade, o conteúdo.

Mas onde ele se esconde?

Dentro das pessoas. De algumas delas.

Fico me perguntando como é que vai ser daqui a um tempo, caso não se mantenha o já parco vínculo familiar com a literatura, caso não se dê mais valor a uma educação cultural, caso todos sigam se comunicando com abreviaturas e sem conseguir concluir um raciocínio. De geração para geração, diminui-se o acesso ao conhecimento histórico, artístico e filosófico. A overdose de informação faz parecer que sabemos tudo, o que é uma ilusão, sabemos muito pouco, e nossos filhos saberão menos ainda. Quem irá optar por ser professor não tendo local decente para trabalhar, nem salário condizente com o ofício, nem respeito suficiente por parte dos alunos? Os minimamente qualificados irão ganhar a vida de outra forma que não numa sala de aula. E sem uma orientação pedagógica de nível e sem informação de categoria, que realmente embase a formação de um ser humano, só o que restará é a vulgaridade e a superficialidade, que já reinam, aliás.

Sei que é uma visão catastrofista e que sempre haverá uma elite intelectual, mas o que deveríamos buscar é justamente a ampliação dessa elite para uma maioria intelectual. A palavra assusta, mas entenda-se como intelectual a atividade pensante, apenas isso, sem rebuscamento.

O fato é que nos tornamos uma sociedade muito irresponsável, que está falhando na transmissão de elegância. Pensar é elegante, ter conhecimento é elegante, ler é elegante, e essa elegância deveria estar ao alcance de qualquer pessoa. Outro dia, conversava com um taxista que tinha uma ideia muito clara dos problemas do país, e que falava sobre isso num português correto e sem se valer de palavrões ou comentários grosseiros, e sim com argumentos e com tranquilidade, sem querer convencer a mim nem a ninguém sobre o que pensava, apenas estava dando sua opinião de forma cordial. Um sujeito educado, que dirigia de forma igualmente educada. Morri e reencarnei na Suíça, pensei.

Isso me fez lembrar de um livro excelente chamado “A elegância do ouriço”, de Muriel Barbery, que conta a história de uma zeladora de um prédio sofisticado de Paris. Ela, com sua aparência tosca e exercendo um trabalho depreciado, era mais inteligente e culta do que a maioria esnobe que morava no edifício a que servia. Mas, como temia perder o emprego caso demonstrasse sua erudição, oferecia aos patrões a ignorância que esperavam dela, inclusive falando errado de propósito, para que todos os inquilinos ficassem tranquilos — cada um no seu papel.

A personagem não só tinha uma mente elegante, como possuía também a elegância de não humilhar seus “superiores”, que nada mais eram do que medíocres com dinheiro.

A economia do Brasil vai bem, dizem. Mas pouco valerá se formos uma nação de medíocres com dinheiro

3 de jun. de 2010

COMO TER UMA FAMÍLIA ABENÇOADA?

Publicado em 30/10/2010 no boletim da IP Ribeira

“Então, Manoá orou ao SENHOR e disse: Ah! Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus que enviaste venha outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer” (Juízes 13:8)
    Todos conhecem a história de Sansão que foi um dos juízes de Israel. Ele era muito forte, tendo o segredo de sua força nos seus longos cabelos.
    Sansão fora escolhido por Deus, antes mesmo de nascer, para ser um libertador. A Bíblia conta a história do anúncio do nascimento de Sansão feito pelo Anjo do Senhor. Seus pais eram tementes a Deus e foram instruídos para consagrar aquele filho antes mesmo que ele nascesse. Ele seria um Nazireu, assumindo um voto por toda a vida e, para isso, não poderia cortar os cabelos, experimentar o fruto da videira e nem se aproximar de pessoas mortas (veja as instruções deste voto em Nm 6:1-21)
    Era um tempo de sofrimento para o povo de Deus, pois estavam afrontados pelos filisteus, um domínio que durou quarenta anos. Sansão era um presente de esperança e renovação. Sua mãe era estéril e a vinda daquela criança foi um milagre. A visita do Senhor àquele casal os deixou preocupados. Manoá, o pai de Sansão, imediatamente busca a Deus em oração, pedindo orientação sobe o que fazer da criança que haveria de nascer (Jz 13:8). O anjo do Senhor aparece para ele também e se revela como tendo um nome maravilhoso (Jz 13:18). Ele finalmente desaparece de diante do casal na chama do sacrifício que eles ofereciam a Deus.
    Esta história nos dá inúmeras lições. Primeiro nos ensina que em tempos de aflição Deus sempre vem ao nosso encontro para renovar as nossas esperanças e realizar milagres. A mulher que não podia ter filhos recebe a promessa da parte de Deus de que seria mãe de um grande líder em Israel que lutaria contra os opressores.
    O relato também nos ensina que para termos uma vida feliz no lar precisamos consagrar nossas vidas e de nossos filhos ao Senhor, pois Ele é o único Deus. Para ouvir a sua voz, para desfrutar de suas bênçãos, para ver os seus milagres em nossa família a única coisa que precisamos fazer é nos tornarmos totalmente dEle em consagração de vida e adorá-lo com dedicação, como fizeram os pais de Sansão (Jz 13:19,20).
    Outro ensino precioso aqui é o da importância da oração. Manoá procurou saber de Deus o que fazer com o seu filho (Jz 13:8). Hoje também precisamos dobrar nossos joelhos diante do Senhor para pedir direção sobre a nossa casa, sobre os nossos filhos e a educação que vamos lhes dar. O pai e a mãe que oram e buscam a orientação de Deus educam seus filhos com mais segurança, observando a direção correta que vem do alto.
    Finalmente, aquele que foi anunciar o nascimento de Sansão e orientar a sua mãe para se consagrar é o que tem o nome maravilhoso (Jz 13:18). Nós o conhecemos porque Ele é “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9:6). É Ele, o nosso amado Salvador que vem ao nosso encontro e toma a iniciativa de nos abençoar. Ele está atento a tudo que estamos passando e agirá maravilhosamente em nosso lar, bastando apenas crer.


23 de mai. de 2010

A PERDA DA INOCÊNCIA DA INFÂNCIA

Publicado em 23/05/10 no boletim da IP Ribeira
Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele. (Pv 22:6)

As crianças vivem uma etapa da vida que é de fundamental importância para a formação do caráter. Tudo o que se aprende nesta idade, seja positivo ou negativo, se reflete por toda a vida. Por isso é tão importante uma educação de qualidade, não somente no sentido acadêmico, o ensino dado na escola, mas, principalmente o que a criança aprende com sua família, os valores da vida que são passados pelos pais através do ensino em casa e pelo exemplo.
Há alguns anos as fontes de informação mais comuns para a grande maioria das crianças era a televisão (com uma programação bem mais inocente, mas sem variedade), a família e os colegas de escola. Hoje em dia nossas crianças são bombardeadas por uma quantidade enorme de informações que vem das mais variadas fontes: televisão, internet, jogos eletrônicos, revistas, além da convivência com os colegas de escola.
Hoje, em função desta super-exposição, percebemos transformações sensíveis no comportamento dos pequeninos. Uma das mais preocupantes é exatamente a diminuição do período de inocência. Deveria ser uma característica básica das crianças a sua inocência em relação aos problemas do mundo, a realidade ao seu redor e às ansiedades próprias dos adultos. No entanto, cada dia as crianças se tornam mais precoces em assuntos que deveriam estar tratando somente na adolescência como namoro ou preocupação com a aparência por exemplo. Crianças na década de 70 estavam satisfeitas de usar uma camiseta surrada, short e um tênis velho. As meninas brincavam de roda e boneca até uns 10 anos. Meninos jogavam bola de gude, pião, soltavam pipa por muito tempo até a adolescência. Não existia shopping Center e as brincadeiras eram na rua mesmo. Hoje as meninas bem novas estão mais preocupadas com sua aparência, se maquiam, vivem procurando roupas no shopping e deixam as bonecas bem mais cedo. Os meninos se trancam em casa para jogar videogame ou serem dominados pelo MSN e Orkut. Falam de namoro cada vez mais cedo e não desgrudam do celular.
Todas estas mudanças deixam muitos pais preocupados. Como manter o filho longe de más influências? Como preservar a inocência? Como lidar com o amadurecimento precoce? Talvez não haja como retornar ao comportamento das crianças de outrora, porém, podemos preparar melhor os pequenos para uma vida mais saudável e forte espiritualmente.
Fundamento essencial que se estabelece na infância e pode permanecer por toda a vida é o temor do Senhor. A Bíblia diz que “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência” (Pv 9:10). Aprender a amar a Deus respeitá-lo é o principal legado que podemos deixar para os nossos filhos. Trata-se de uma tarefa a ser cumprida com empenho diário e constante: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Dt 6:6,7). O texto bíblico nos ensina que a Palavra precisa primeiro habitar em nosso coração para depois inculcarmos aos pequeninos. Nossa vida será sempre uma vitrine para nossos filhos. O que eles vêem em nós influenciará diretamente as suas decisões.
Seja um crente fiel, ame o Senhor e respeite-o em todos os seus caminhos, pratique diariamente os valores da Palavra em sua casa e fora dela e você terá uma grande chance de influenciar positivamente aqueles que o Senhor colocou sob sua responsabilidade.

21 de mai. de 2010

A FAMÍLIA E A FREQUÊNCIA À IGREJA

(Publicado em 16/05/10 no Boletim da IP Ribeira)

A Igreja durante alguns séculos se reuniu em casas. Não havia templos até o quarto século, somente os lares eram conhecidos como lugar de reunião. Apesar dos judeus que se converteram ao cristianismo conhecerem o templo de Jerusalém e as sinagogas, não havia mais espaço para eles pois foram expulsos dali em função de sua Fé no Senhor Jesus.
Assim, lar e igreja se misturavam. Ir a igreja significava ir à casa de algum irmão onde a igreja se reunia:
“Saudai os irmãos de Laodicéia, e Ninfa, e à igreja que ela hospeda em sua casa.” (Cl 4:15)
“As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam Áqüila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles”. (ICo 16:19).
Quando os templos começaram a ser erguidos por iniciativa do Imperador Constantino eles passaram a ser monumentos que com o tempo se tornaram suntuosos e deixavam de demonstrar a simplicidade do povo de Deus.
Não temos nada contra os templos, ao contrário, precisamos deles como locais de maior conforto para estarmos juntos, locais de maior espaço para nos reunirmos. O mais importante é que o povo de Deus se mantenha unido em adoração ao Deus único e verdadeiro. O mais importante é que as famílias considerem o templo como lugar de adoração.
O fato de a igreja se reunir em um lugar separado das nossas casas, não é motivo para afastar a família da igreja. Muitas vezes observamos que algumas famílias encaram a igreja como se estivesse concorrendo com os seus planos. Assim, se no domingo precisam visitar um parente deixam de ir à igreja. Se o filho precisa estudar para a prova, deixam de ir à igreja. Se for preciso fazer obras em casa, deixam de ir à igreja. A igreja fica sempre para segundo plano diante dos afazeres que as famílias encaixam no domingo porque pensam que é o único tempo que dispõem. Esquecem do que significa separar o “Dia do Senhor”. Esquecem que possuem seis dias de 24h para arrumar suas agendas e seus afazeres deixando o domingo, o Dia do Senhor, para comparecer à Escola Dominical e ao culto.
Existem aqueles que ainda mantém uma mentalidade de frequentador de missa. Pensam que indo a uma reunião não é necessário ir na outra no mesmo dia. Se eu fui na Escola Dominical pela manhã não preciso ir ao culto à noite ou vice-versa. No entanto não contabilizamos o número de cultos que frequentamos no domingo e sim o fato de que o domingo é separado para o Senhor.
Está na hora de fazer da igreja um lar para nossas famílias assim como os lares das famílias abrigavam as igrejas nos primeiros séculos do cristianismo. Está na hora de ensinarmos aos nossos filhos que devemos honrar o domingo como o dia do Senhor. Está na hora de organizarmos nossas atividades e compromissos de forma a não fazer do domingo um dia para resolver problemas de casa, do trabalho ou da escola.
Diga agora como o salmista: “Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor” (Sl 122:1). Se amamos ao nosso Deus, se de fato somos gratos por suas bênçãos, se estamos dispostos a servi-lo com nosso tempo, nossos dons e talentos, sentiremos sempre alegria de sermos convocados para ir à casa do Senhor no domingo e em qualquer outro dia que seja necessário.

O QUE PRECISO CORTAR DA MINHA VIDA?

(Publicado no Boletim de 25/04/10 - IPRibeira)
Todas as vezes que tomamos a iniciativa de consagrar mais as nossas vidas a Deus acabamos vendo ao nosso redor várias circunstâncias que tentam nos impedir de prosseguir neste propósito. Basta o crente resolver orar mais e irão surgir vários compromissos que o impedirão de separar tempo para a oração. Basta a família resolver freqüentar assiduamente à Escola Dominical e ao Culto e começarão a aparecer alguns assuntos emergentes para serem resolvidos. O filho precisa estudar para a prova, a dona de casa precisa adiantar o almoço para as visitas que vai receber, o pai precisa consertar aquele probleminha na casa que ficou pendente a semana toda, enfim, tudo concorre para a família ficar em casa e deixar a igreja para segundo ou terceiro plano. Basta o crente resolver que irá dedicar mais tempo para ler a Bíblia e vai aparecer um programa novo na televisão, a novela vai ficar mais interessante ou ele vai se distrair com algum outro interesse e abandonar a Bíblia num canto.
Não podemos, no entanto, esquecer que estamos mergulhados em uma batalha espiritual e que o nosso inimigo não nos dará tréguas, mas investirá todas as suas armas para nos manter mornos e espiritualmente fracos. Se houver alguma coisa que possa ser colocada no caminho para nos fazer tropeçar, com certeza o inimigo de nossas almas vai providenciar. Suas táticas são bem conhecidas de muitos e constam de lançar pedras no caminho, desviar nossa atenção do alvo principal, distrair o crente com supostas prioridades que o vão deixando mais e mais longe de onde Deus realmente quer que ele esteja. Por isso é necessário que estejamos vigilantes: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar (IPe 5:8).
Ser sóbrio e vigilante é tomar atitudes que antecipem na nossa visão a investida do inimigo. Se sabemos que ele vai colocar pedras nos nosso caminho vamos abrir os olhos para não tropeçar nelas passando por cima. Muitas vezes vamos precisar tomar iniciativas radicais para manter nossa comunhão com o Senhor. Jesus deixou um ensino que parece ser muito radical: “E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno” (Mt 5:30). É claro que Jesus não quer ver a igreja cheia de crentes mutilados. Ele está ensinando que precisamos estar apercebidos do que nos atrapalha na caminhada com Deus e eliminar aquilo que nos faz tropeçar. Em outras palavras, não fique com medo de perder algo que é muito precioso levando em conta que mais precioso é manter-se na luz.
Neste sentido entendemos melhor o uso do jejum junto com as orações. O crente resolve se dedicar mais à oração e abre mão do alimento por um período determinado para intensificar seu propósito de buscar a Deus. Este jejum pode ser também estendido a outros interesses. O crente pode tomar o propósito de se dedicar à oração e jejuar da televisão durante uma semana, por exemplo. Um jejum de internet por uma semana etc. Tudo aquilo que pode ser uma fonte de distração ou levar-nos a gastar o tempo que poderíamos estar dedicando mais intensamente à oração e leitura da Palavra, pode ser suspenso por um período. No final vamos perceber que não foi um sacrifício, e que podemos fazer isto mais vezes.
O ensino de Jesus em Mt 5:30 se aplica de forma mais direta àquilo que devemos cortar de forma definitiva. Neste sentido, nossas mãos podem ser “cortadas” para determinadas ações como roubar, fazer gestos obscenos, bater nos outros, usar com freqüência o controle remoto da TV, digitar ou escrever ofensas e maledicências etc. Outros membros talvez também tenham que ser “cortados”. A língua que fala mal dos outros e julga o irmão, os olhos que vêem o que não é santo, os ouvidos que ouvem músicas que não edificam.
Pense sobre as atitudes, escolhas, hábitos que precisam também ser cortados ou diminuídos na sua vida porque estão sendo usados pelo inimigo para lhe fazer tropeçar ou distrair sua atenção na caminhada com Deus. Seja radical se for necessário, peça a Deus sabedoria e coragem para agir com firmeza e determinação. Vale a pena para nos aproximarmos mais do Senhor.

20 de mai. de 2010

OMS vai preparar plano para reduzir efeitos nocivos do consumo de álcool

A comunidade internacional pediu à Organização Mundial de Saúde (OMS) que apresente no prazo de dois anos um plano mundial de ação para reduzir os efeitos negativos do consumo do álcool, que está relacionado com 3,7% das mortes que acontecem a cada ano no mundo.

     Os 193 países-membros da OMS adotaram no dia 21 de maio em Genebra na 60ª Assembléia Mundial de Saúde uma resolução que estabelecem as bases para iniciar a batalha contra um hábito responsável pela morte de 2,3 milhões de pessoas por ano.

     O texto ratificado na última jornada da Assembléia pede à OMS que "reforce e intensifique seus trabalhos de elaboração e aplicação mundial e regional de estratégias e planos para definir conceitos, indicadores e métodos de aferimento uniformes, a fim de avaliar as conseqüências adversas do uso nocivo do álcool para a saúde”.

     Também pede que dê apoio técnico aos Estados que o solicitarem para reduzir os problemas de saúde pública causados pelo álcool, levando em conta "a gama completa de conseqüências sanitárias, sociais e econômicas" de seu consumo.

     O objetivo final é que a Direção Geral da OMS apresente na 62ª Assembléia Mundial da Saúde, que será realizada em maio de 2009, um "projeto de estratégia mundial para a redução dos problemas de saúde pública causados pelo uso nocivo do álcool", que deverá ser baseado em evidências e nas melhores práticas observadas.

     Também vai pedir que colabore com os países e organizações intergovernamentais, assim como com profissionais da saúde, ONGs e outras partes interessadas, a fim de promover a aplicação de políticas e programas eficazes para reduzir o uso nocivo do álcool.

     Outro pedido é que a OMS continue com a organização de reuniões consultivas abertas com representantes dos setores industriais, agrícola e comercial para limitar as repercussões de seu consumo nocivo.

     Segundo os dados da organização, o álcool é o terceiro maior fator de risco tanto de morte como de incapacidade na Europa, embora entre os jovens já tenha se transformado no primeiro, com 55.000 mortes ao ano de pessoas entre 15 e 29 anos, especialmente devido aos acidentes de trânsito.

     No mundo todo, é o quinto fator de morte prematura e de incapacidade e provoca 4,4% da carga mundial de morbidade, já que até 60 doenças são associadas a seu consumo .

     Além disso, seu consumo esteve relacionado com 6,1% das mortes de homens ocorridas no mundo todo em 2002, uma percentagem que entre as mulheres foi de 1,1%, o que representa uma média para ambos os sexos de 3,7%.

     O efeito nocivo do álcool tem uma relação especial com os transtornos neuropsiquiátricos (entre eles o alcoolismo), que chegam a 34,3% das doenças e mortes ligadas ao hábito.

     Seguem os traumatismos involuntários como os associados aos acidentes de trânsito, queimaduras, afogamentos e quedas (25,5%); os propositais como o suicídio (11%); a cirrose hepática (10,2%), as doenças cardiovasculares (9,8%) e o câncer (9%).

     Se forem consideradas apenas as mortes, as três categorias principais correspondem a traumatismos involuntários (25%), doenças cardiovasculares (22%) e câncer (20%).

     Além disso, o relatório da OMS defende que em muitas doenças, entre elas o câncer de mama, o risco aumenta em função da quantidade de álcool consumido, ao tempo que "a acumulação de indícios sugere uma relação entre o consumo e doenças infecciosas tais como a AIDS e a tuberculose, embora essa relação ainda precise ser demonstrada e quantificada”.

     A OMS calcula que em 2002 o custo conjunto do consumo nocivo de álcool chegou a US$ 665 bilhões.

       Fonte: UOL