28 de jun. de 2010

A OPÇÃO POR UMA VIDA DE INTEGRIDADE

Publicado no boletim da IPRibeira - 27/06/2010

O mundo inteiro viu o gol de Luis Fabiano na partida contra a Costa do Marfim. Uma bonita jogada, com dois chapéus sobre os adversários culminando com um chute certeiro que finalizou em gol. Pena que ficou a dúvida sobre a condução feita com o braço e com a mão no meio da jogada. O que uma das muitas câmeras espalhadas pelo campo também mostrou foi o rápido diálogo de Luis Fabiano com o árbitro francês após o gol. Pelas imagens temos a impressão que o juiz pede a confirmação do jogador se a bola não havia tocado a sua mão ou o braço, ao que o atleta nega imediatamente.
Sabemos que o gol já estava confirmado e não seria anulado, sabemos também que existia a dificuldade de comunicação por não falarem a mesma língua. Seria difícil explicar que o toque foi involuntário. No final fica a dúvida: foi intencional ou foi realmente involuntário?
Este episódio nos faz pensar sobre a maneira como reagimos diante situações de pressão no dia a dia. Falar a verdade e assumir a responsabilidade pelos próprios atos, não deixar dúvidas sobre suas verdadeiras intenções, pode ser difícil em determinadas circunstâncias.
Como discípulos de Cristo, em um mundo corrupto e corruptor, somos pressionados o tempo todo a deixarmos de lado valores éticos para tentar acomodar as coisas, o famoso jeitinho. Fazer o que todo mundo faz é uma grande tentação. “A verdadeira integridade implica em você fazer o que é certo quando ninguém está olhando ou quando todos estão transigindo” (Charles R Swindoll). Cada dia que passa fica mais necessário assumirmos uma vida de integridade para não sermos tragados pela corrente que conduz pelo caminho largo.
Integridade é a qualidade daquele que está inteiro, que não sofreu qualquer diminuição. É ser completo, intacto. O Salmo 15 nos ensina que a integridade e a verdade são marcas daquele que vai morar com Deus: “Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade” (Sl 15:1,2). O Rev. Ricardo Barbosa declara: “Talvez a maior crise do cristianismo ocidental contemporâneo seja a crise de integridade, a incapacidade de integrar aquilo que cremos com a realidade e a forma como vivemos. Parece que existe entre nós uma falsa premissa de que, se temos uma boa música, temos uma boa adoração; se temos uma boa doutrina, temos uma boa espiritualidade; se temos um bom programa eclesiástico, temos uma missão, e por aí vai”
É terrível quando confundimos freqüência na igreja com vida de santidade; momento de louvor com vida de Louvor; momento de dedicação com vida de fidelidade. O que fazemos dentro das quatro paredes do templo é uma preparação para a prática diária da vida cristã que se caracteriza por ser sal e luz no mundo.
Cremos que um dos maiores exemplos de integridade na Bíblia é a vida de Daniel. Ele tomou a firme resolução de não se deixar contaminar (Dn 1:8). Aprendemos assim, que integridade é uma opção de vida, uma conduta que se assume como padrão. Porém, ele não estava sozinho, não dependia apenas do seu esforço, mas contava com a misericórdia de Deus: “Ora, Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos”. Se o Senhor não tivesse interferido de nada adiantaria toda a atitude resoluta de Daniel, uma hora ele iria cair.
Nas horas em que você for pressionado para tomar o caminho largo, lembre-se de orar e pedir a graça de Deus para manter resolutamente a decisão de não se contaminar com a dissimulação, o jeitinho, a corrupção. Lembre-se: ser íntegro é uma opção de vida é o padrão da vida de quem leva a Bíblia a sério.
Rev. Tiago Silveira

26 de jun. de 2010

Vovozinhas malvadas - As velhinhas de Passione

Até as vovozinhas são corrompidas pela novela da globo:

Na novela Passione, duas octogenárias têm a força.
E o comportamento delas está longe de ser politicamente correto

Marcelo Marthe

Dias atrás, a atriz Daisy Lúcidi foi abordada por um anônimo em um café no centro do Rio de Janeiro. "Mas como a senhora é ruim, hein, dona Valentina?", disparou o sujeito. Desde que Daisy, de 80 anos, assumiu tal papel na novela Passione, a confusão entre intérprete e personagem a persegue nas ruas – como sempre ocorre quando se corporifica com competência uma vilã da laia de Valentina. Por baixo da casca de avó boazinha há uma criatura horrorosa, que obriga a neta de 15 anos, Kelly (a novata Carol Macedo), a se prostituir. A vovó maldosa remete, com realismo, ao noticiário sobre exploração sexual de crianças e adolescentes. E é também ilustrativa da visão peculiar que o atual folhetim das 8 da Globo tem a oferecer sobre a propalada "terceira idade".
Em uma trama que chama atenção pelo fato já por si incomum de trazer quatro octogenários em papéis de realce, ela não é a única velhinha safada. Encontra sua contraparte, digamos, "do bem" na ricaça Brígida, representada por Cleyde Yáconis, de 86 anos. A matriarca – sogra de Bete (Fernanda Montenegro) e vinte anos mais velha do que esta, embora as duas atrizes tenham só seis anos de diferença – é esnobe e preconceituosa. Além disso, dá suas escapadas com o chofer da família, Diógenes (Elias Gleiser, de 76) tão logo o marido, Antero (Leonardo Villar, de 86), cai no cochilo. A misteriosa atividade a que patroa e chofer se dedicam é provavelmente inocente, mas as falas de duplo sentido carregam as cenas de libido. "Quero que o público imagine que os dois velhos podem, sim, estar fazendo sexo", diz o noveleiro Silvio de Abreu.
Brígida e Valentina destoam do padrão de velhice decantado nas novelas. Normalmente, atores na faixa etária de Daisy Lúcidi e Cleyde Yáconis ou são relegados a papéis de vovôs e vovós simpáticos ou mostrados como coitadinhos. O ápice dessa tendência foi o casal nonagenário (formado por Oswaldo Louzada e Carmem Silva, ambos mortos em 2008) que padecia nas mãos de uma neta sádica em Mulheres Apaixonadas (2003), de Manoel Carlos. Mas, como lembra o especialista Mauro Alencar, é possível pescar, na história do gênero, exemplos eventuais de velhinhos transviados. "Em tramas dos anos 70 como Os Ossos do Barão, de Jorge Andrade, ou O Casarão, de Lauro César Muniz, havia idosos com vida sexual bem apimentada", diz o estudioso. O próprio Silvio de Abreu tem tradição nessa matéria: em seu sucesso Sassaricando (1987), Paulo Autran (1922-2007) fazia um senhor que não resistia a um rabo de saia. Na novela atual, o autor avança ainda mais, tanto na idade dos atores quanto na voltagem de seus personagens.
Embora Passione venha ostentando uma audiência capenga para o horário das 8 desde sua estreia, há um mês, a Globo já detectou que a personagem de Cleyde Yáconis cativa o público. Veterana do teatro e dos folhetins, a atriz tempera a incorreção política com certa fleuma de dama quatrocentona (como são conhecidos os clãs tradicionais paulistanos). Brígida não poupa nem os idosos de discriminação: chama o próprio marido de "caduco". Apesar disso, trata-se de um registro ameno. Já a personagem de Daisy Lúcidi revolta os espectadores (e se soma ao arsenal de "temas-denúncia" explorados por Abreu, que inclui ainda o aborto e as drogas). Ex-deputada estadual no Rio, com quatro mandatos, e radialista há mais de sessenta anos (foi atriz de radionovelas e até hoje comanda um programa assistencialista), Daisy está debutando como vilã. "O maior desafio foi me despir da vaidade. Tive de engordar 5 quilos e venho me sujeitando aos vestidos sem manga e à maquiagem borrada para fazer aquela desqualificada", diz. Desqualificada é pouco. Para convencer Kelly a se prostituir, Valentina apela para a chantagem emocional: finge acessos de tosse e se faz de idosa vitimizada. No passado, ela fazia o mesmo com a neta mais velha, a golpista Clara. Vivida por Mariana Ximenes, essa última é a vilã "oficial" de Passione. Até agora, porém, a vovozinha vem lhe passando a perna.
Fonte: Revista Veja Edição 2170 / 13 de junho de 2010. Veja no link abaixo:
Televisão As velhinhas de Passione - Edição 2170 - Revista VEJA

22 de jun. de 2010

Igreja Universal abre drive-thru de oração e oferta

Igreja Universal abre drive-thru de oração e oferta

SOMOS VÍTIMAS DO MERCHANDISING?

publicado no boletim da IP Ribeira em 20/06/2010
Na maioria das casas das famílias brasileiras encontramos um eletrodoméstico que é considerado por todos como imprescindível. Não estou falando da geladeira ou do fogão e sim da televisão. A TV com o passar do tempo foi se transformando num aparelho onipresente em todos os lares. Não importa se a família é rica ou pobre, se mora em casa nobre o no alto do morro, lá está a famosa televisão passando os mesmos programas e sendo assistida por milhões. Este fato está aguçando cada dia mais a imaginação dos publicitários e produtores da TV. Os publicitários agora descobriram que vende mais se o comercial for feito pelo próprio apresentador do programa. Antigamente o apresentador fazia uma pausa para entrarem os comerciais. Quem não queria assistir podia levantar ir no banheiro ou na cozinha beber uma água. Agora não tem mais tempo para isso. O comercial é rápido e feito dentro do programa, o chamado merchandising. O mesmo acontece nas novelas. A propaganda é misturada na trama. O personagem deixa todos verem qual o produto que ele usa: o refrigerante, o detergente, o sabão em pós etc .
Assim, caminhamos para um tempo maior, colados em frente a TV. Quem não quer perder o programa precisa ficar grudado na telinha recebendo tudo que é despejado, sendo influenciado pelas sugestões de consumo e também de comportamento e opinião. Sim, porque as tramas das novelas, por exemplo, há muito tempo servem para divulgar determinados pontos de vista, tais como amor livre, homossexualismo, adultério sem culpa, sexo antes do casamento e outros.
Hoje já se fala do merchandising social, que é a forma de expor temas importantes para “educar” a população. Assim, assuntos como crianças desaparecidas, menor abandonado, deficientes físicos, o negro na sociedade e outros, são tratados como parte da história contada nas novelas. O problema é que a manipulação acaba acontecendo, como destaca um estudioso de propaganda: “O merchandising social pode ser utilizado para educar a população, mas pode ser um instrumento perigoso de manipulação e controle da sociedade. Seu discurso é persuasivo, levando o telespectador a ter uma opinião ou adquirir um comportamento parcial, provocado por interesses que, muitas vezes, não lhes são próprios”. (Eneus Trindade - MERCHANDISING EM TELENOVELA: A ESTRUTURA DE UM DISCURSO PARA O CONSUMO).
O crente precisa se prevenir diante destas mudanças. Antes de tudo precisamos lembrar que “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (ICo 10:23). Saber separar o que convêm e o que edifica é uma habilidade que ganhamos de Deus através da oração, e, principalmente, pela leitura da bíblia, aprendendo a forma correta de agir. Não podemos permitir que entre em nosso pensamento opiniões que são contrárias àquelas ensinadas pela Palavra. Nossa mente é guardada por Deus e deve ser preservada “Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo” (ICo 2:16)
Nenhum de nós em sã consciência procuraria uma escola onde se aprende a trair o cônjuge, onde se aprende a ser promíscuo ou a passar os outro pra trás. As novelas no entanto são escolas diárias e muitos se assentam na sala de casa com seus filhos pequenos e adolescentes para ficar de olhos e ouvidos bem abertos, recebendo apáticamente o que se despeja em nossas mentes.
Antes de ficar sentado como vítima diante da televisão, ganhe a disposição de regular bem o que você e sua família estão assistindo. Não deixe entrar em sua casa pela TV o que você não gostaria que entrasse na sua mente e dos seus filhos por outros meios.
Um mergulho ao fundo na nossa própria natureza... O vídeo acima – um hit no Youtube – mostra com recursos de edição o campeão mundial de mergulho livre, o francês Guillaume Néry, indo ao fundo de um abismo no oceano das Bahamas, sem equipamento de ar comprimido. Nos faz pensar sobre a necessidade de um mergulho profundo em nossa própria alma para (re)conhecer nossos segredos bem guardados. Haja fôlego!

7 de jun. de 2010

COMO RECONHECER OS FALSOS PROFETAS

resumo da mensagem pregada no domingo 06/06 no culto à noite

Mt 7:15-29
Jesus adverte os seus discípulos para se prevenirem contra os falsos profetas. “Pelos seus frutos os conhecereis”. O Mestre nos ensina a reconhecer as atitudes erradas que denunciam os falsos profetas.

1-Discurso vazio de obediência
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt 7:21)
Vivemos na era da informação. Bombardeados por todos os lados por informação: televisão, revistas, jornal, rádio, livros, sites, blogs, redes sociais, fóruns etc.
Estamos cercados de pregadores, evangelistas, oradores, escritores evangélicos.
Também é certo que muito tem sido falado mas pouco tem sido feito
... Nem todo o que me diz... Mas aquele que faz a vontade de meu Pai...
Palavras vazias de conteúdo, palavras que não traduzem uma vida de obediência (veja Judas 12)

2-Prática do bem associada com a iniqüidade
“Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?” (Mt 7:22)
Esses aparentemente não falam somente, mas fazem.
Eles demonstram obras, porém serão repelidos pelo Senhor: “Nunca vos conheci” (Mt 7:23A)
Quem faz a obra em nome do Senhor precisa ter a aprovação do Senhor da Igreja
A causa da rejeição: “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mt 7:23B)
O Senhor não suporta nada que seja feito em seu nome associado com a iniqüidade. (Veja Is 1:11-17)

3-A recomendação para os discípulos: não agir com indiferença
“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7:24)
Ouvir e não praticar é agir com indiferença. “Entra em um ouvido, sai pelo outro”
Quem ouve e pratica está valorizando o ensino do Mestre e se mantém de pé

Não só falar, mas obedecer
Não só mostrar obras, mas ter vida de integridade
Não só ouvir, mas pôr em prática

A ELEGÂNCIA DO CONTEÚDO

Texto de Martha Medeiros. Publicado na Revista O Globo 06/06/2010
 
De ferramentas tecnológicas, qualquer um pode dispor, mas a cereja do bolo se chama conteúdo. É o que todos buscam freneticamente: vossa majestade, o conteúdo.

Mas onde ele se esconde?

Dentro das pessoas. De algumas delas.

Fico me perguntando como é que vai ser daqui a um tempo, caso não se mantenha o já parco vínculo familiar com a literatura, caso não se dê mais valor a uma educação cultural, caso todos sigam se comunicando com abreviaturas e sem conseguir concluir um raciocínio. De geração para geração, diminui-se o acesso ao conhecimento histórico, artístico e filosófico. A overdose de informação faz parecer que sabemos tudo, o que é uma ilusão, sabemos muito pouco, e nossos filhos saberão menos ainda. Quem irá optar por ser professor não tendo local decente para trabalhar, nem salário condizente com o ofício, nem respeito suficiente por parte dos alunos? Os minimamente qualificados irão ganhar a vida de outra forma que não numa sala de aula. E sem uma orientação pedagógica de nível e sem informação de categoria, que realmente embase a formação de um ser humano, só o que restará é a vulgaridade e a superficialidade, que já reinam, aliás.

Sei que é uma visão catastrofista e que sempre haverá uma elite intelectual, mas o que deveríamos buscar é justamente a ampliação dessa elite para uma maioria intelectual. A palavra assusta, mas entenda-se como intelectual a atividade pensante, apenas isso, sem rebuscamento.

O fato é que nos tornamos uma sociedade muito irresponsável, que está falhando na transmissão de elegância. Pensar é elegante, ter conhecimento é elegante, ler é elegante, e essa elegância deveria estar ao alcance de qualquer pessoa. Outro dia, conversava com um taxista que tinha uma ideia muito clara dos problemas do país, e que falava sobre isso num português correto e sem se valer de palavrões ou comentários grosseiros, e sim com argumentos e com tranquilidade, sem querer convencer a mim nem a ninguém sobre o que pensava, apenas estava dando sua opinião de forma cordial. Um sujeito educado, que dirigia de forma igualmente educada. Morri e reencarnei na Suíça, pensei.

Isso me fez lembrar de um livro excelente chamado “A elegância do ouriço”, de Muriel Barbery, que conta a história de uma zeladora de um prédio sofisticado de Paris. Ela, com sua aparência tosca e exercendo um trabalho depreciado, era mais inteligente e culta do que a maioria esnobe que morava no edifício a que servia. Mas, como temia perder o emprego caso demonstrasse sua erudição, oferecia aos patrões a ignorância que esperavam dela, inclusive falando errado de propósito, para que todos os inquilinos ficassem tranquilos — cada um no seu papel.

A personagem não só tinha uma mente elegante, como possuía também a elegância de não humilhar seus “superiores”, que nada mais eram do que medíocres com dinheiro.

A economia do Brasil vai bem, dizem. Mas pouco valerá se formos uma nação de medíocres com dinheiro

3 de jun. de 2010

COMO TER UMA FAMÍLIA ABENÇOADA?

Publicado em 30/10/2010 no boletim da IP Ribeira

“Então, Manoá orou ao SENHOR e disse: Ah! Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus que enviaste venha outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer” (Juízes 13:8)
    Todos conhecem a história de Sansão que foi um dos juízes de Israel. Ele era muito forte, tendo o segredo de sua força nos seus longos cabelos.
    Sansão fora escolhido por Deus, antes mesmo de nascer, para ser um libertador. A Bíblia conta a história do anúncio do nascimento de Sansão feito pelo Anjo do Senhor. Seus pais eram tementes a Deus e foram instruídos para consagrar aquele filho antes mesmo que ele nascesse. Ele seria um Nazireu, assumindo um voto por toda a vida e, para isso, não poderia cortar os cabelos, experimentar o fruto da videira e nem se aproximar de pessoas mortas (veja as instruções deste voto em Nm 6:1-21)
    Era um tempo de sofrimento para o povo de Deus, pois estavam afrontados pelos filisteus, um domínio que durou quarenta anos. Sansão era um presente de esperança e renovação. Sua mãe era estéril e a vinda daquela criança foi um milagre. A visita do Senhor àquele casal os deixou preocupados. Manoá, o pai de Sansão, imediatamente busca a Deus em oração, pedindo orientação sobe o que fazer da criança que haveria de nascer (Jz 13:8). O anjo do Senhor aparece para ele também e se revela como tendo um nome maravilhoso (Jz 13:18). Ele finalmente desaparece de diante do casal na chama do sacrifício que eles ofereciam a Deus.
    Esta história nos dá inúmeras lições. Primeiro nos ensina que em tempos de aflição Deus sempre vem ao nosso encontro para renovar as nossas esperanças e realizar milagres. A mulher que não podia ter filhos recebe a promessa da parte de Deus de que seria mãe de um grande líder em Israel que lutaria contra os opressores.
    O relato também nos ensina que para termos uma vida feliz no lar precisamos consagrar nossas vidas e de nossos filhos ao Senhor, pois Ele é o único Deus. Para ouvir a sua voz, para desfrutar de suas bênçãos, para ver os seus milagres em nossa família a única coisa que precisamos fazer é nos tornarmos totalmente dEle em consagração de vida e adorá-lo com dedicação, como fizeram os pais de Sansão (Jz 13:19,20).
    Outro ensino precioso aqui é o da importância da oração. Manoá procurou saber de Deus o que fazer com o seu filho (Jz 13:8). Hoje também precisamos dobrar nossos joelhos diante do Senhor para pedir direção sobre a nossa casa, sobre os nossos filhos e a educação que vamos lhes dar. O pai e a mãe que oram e buscam a orientação de Deus educam seus filhos com mais segurança, observando a direção correta que vem do alto.
    Finalmente, aquele que foi anunciar o nascimento de Sansão e orientar a sua mãe para se consagrar é o que tem o nome maravilhoso (Jz 13:18). Nós o conhecemos porque Ele é “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9:6). É Ele, o nosso amado Salvador que vem ao nosso encontro e toma a iniciativa de nos abençoar. Ele está atento a tudo que estamos passando e agirá maravilhosamente em nosso lar, bastando apenas crer.