AULAS DA EBD



PROFETAS EXÍLICOS

EZEQUIEL (“Deus fortalece”)
A primeira deportação dos judeus para Babilônia ocorreu em 605 a.C. (Dn 1:1). A segunda foi em 597 a.C. quando Ezequiel também foi levado. Era sacerdote (Ez 1:3) e o seu livro o retrata como um homem íntegro. Assim como João que escreveu Apocalipse a partir das visões que teve na ilha de Patmos, Ezequiel, longe de sua terra, teve visões proféticas. O propósito principal de seu ministério era: 1- Manter claro para as gerações que nasceram no exílio quais foram os pecados que levaram Judá a cair; 2- Fortalecer a Fé destes exilados através de pregações da restauração nacional, execução de justiça contra seus opressores e a futura glória de Jerusalém. Os capítulos 1 a 24 foram escritos antes da queda de Jerusalém para relembrar que o juízo certamente viria. Os capítulos de 25 a 32 são profecias contra nações estrangeiras. Os capítulos de 33 a 39 contêm profecias da futura restauração de Israel.
DANIEL (“Deus é meu juiz”)
Foi levado ainda jovem na primeira deportação ordenada por Nabucodonosor em 605 a.C. Ele fazia parte da corte real e foi selecionado como parte dos jovens sábios, dotados de conhecimento, para assistir no palácio de Nabucodonosor (Dn 1:4). O seu livro abre com uma amostra de sua dedicação e integridade, junto com seus companheiros Hananias, Misael e Azarias (que ganharam outros nomes dados pelo chefe dos eunucos) (Dn 1:5-16). Profetizou durante todo o cativeiro, conheceu os sucessores de Nabucodonosor e os seus conquistadores, os persas. Profetizou no reinado de Dario e sua última profecia foi dois anos antes dos judeus voltarem para Jerusalém, sob o reinado de Ciro. Três das histórias mais famosas da Bíblia estão registradas em Daniel: os seus companheiros na fornalha, o escrito na parede durante o banquete de Belsazar e Daniel na cova dos leões. Ele comunica o futuro de Judá em visões proféticas de uma estátua (cap. 2), de quatro animais (cap. 7) e dois animais (cap. 8). O sonho da estátua e dos quatro animais referem-se a quatro impérios sob os quais o povo de Deus viveria: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. É um livro também repleto de visões escatológicas.

PROFETAS PÓS-EXÍLICOS

AGEU (“Nascido em dia festivo”)
O fundo histórico das profecias de Ageu estão em Ed 1-7. Sob o decreto de Ciro os judeus começaram a retornar à sua terra. O primeiro grupo foi sob a liderança de Zorobabel, o governador e Josué, o sumo sacerdote. Nesta época foram lançados os alicerces para a reconstrução do templo. Com a interferência dos samaritanos as obras foram interrompidas por meio de decreto e permaneceram paradas por 16 anos, até o reinado de Dario, que publicou decreto permitindo a conclusão da obra. Neste tempo, no entanto, o povo tinha se tornado indiferente e egoísta, ocupados em adornar as suas próprias casas. O castigo se abateu sobre eles na forma de seca e esterilidade. Ageu foi usado por Deus para despertar a consciência e estimular o entusiasmo dos seus compatriotas na reconstrução do templo.
ZACARIAS (“Javé se lembra”)
Descendente de uma família sacerdotal da tribo de Levi, ministrou na mesma época que Ageu e teve missão semelhante. A tarefa de Zacarias era animar, por meio de promessas de êxito atual e glórias futuras. Ele usa uma série de seis visões, quatro mensagens e dois fardos para retratar os planos futuros de Deus para o seu povo. Os primeiros oito capítulos foram escritos para estimular a reconstrução do templo, os outros seis capítulos escritos depois do término da construção, antecipando a vinda do Messias de Israel.
MALAQUIAS (“Meu mensageiro”)
Contemporâneo de Neemias, viveu no período em que já havia sido reconstruído o templo e depois das reformas de Esdras, Zorobabel, Josué, Ageu e Zacarias. Passaram-se duas ou três gerações e o povo já estava esquecido da Lei do Senhor e afrouxando o seu compromisso. Usando o método de perguntas e respostas, Malaquias investiga profundamente os vários problemas do povo: sacerdotes corruptos, hipocrisia, infidelidade, casamentos mistos, divórcio, culto falso e arrogância. O pano de fundo encontramos em Neemias cap. 13. Malaquias é o último profeta do Antigo Testamento e após as suas profecias há um período de silêncio profético que dura cerca de 400 anos, até o ministério de João Batista.


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Profetas pré-exílicos que falaram a Judá
MIQUÉIAS
Data e Autoria.  A data do ministério é dada em relação aos reinados de Jotão (739-735 a.C.), Acaz (735-715 a.C.) e Ezequias (715-687 a.C.), reis de Judá, de 742 a 687 a.C. (Mq. 1:1). Sua obra está intimamente relacionada com a de Isaías. Tanto Miquéias como Isaías, embora se dirijam principalmente a Judá, tornam claro que o juízo divino também recairá sobre o Reino do Norte. Em 721 Israel foi invadido; Samaria foi destruída e se tornou província da Assíria. Em 701 cercaram Jerusalém, impondo pesados tributos, mas não a destruíram (2 Rs 16-20)
Os camponeses não tinham proteção, nem dos assírios nem dos funcionários públicos de sua própria nação. Miquéias se dirigiu a esses, defendendo a causa dos oprimidos. Versículos de destaque: 5:2; 6:8; 7:18,19.
SOFONIAS
O profeta nasceu durante o cruel reinado do ímpio Manassés (692-638 a.C.), que foi seguido do reinado do filho Amon (2 Cr 33). Foram dias de silêncio profético.
De Sofonias muito pouco se sabe. Era provavelmente de descendência real (Sf. 1:1; presumivelmente fala do Rei Ezequias) e profetizou durante o reinado de Josias (637-607 A.C.), entre a queda de Nínive e o ataque babilônico à Judéia. Sob Josias a administração da Lei e a adoração do Senhor foi brevemente revivida (2 Rs 22:3 - 23:7), mas o povo continuou praticando a idolatria em segredo.
As condições apóstatas que prevaleciam por mais de meio século durante os reinados de Manassés e Amom ainda não tinham sido contestadas. No começo do reinado de Josias Sofonias começou a advertir o seu povo do juízo divino iminente. O seu tema é “O Dia do Senhor” (1:14-16). Joel retratou esse dia relacionado às invasões assírias que destruíram Samaria. Sofonias volta ao tema para prenunciar a invasão babilônica sobre Jerusalém.
HABACUQUE
O momento exato da autoria da profecia tem sido objeto de conjecturas como também a pessoa do profeta. A melhor conclusão parece ser que a profecia foi escrita quase no fim do reinado de Josias. As suas palavras contra Babilônia (2:6-20) nos fazem entender que já se tratava de uma nação forte. Provavelmente profetizou antes de 605 indo até um pouco antes da queda de Jerusalém, em 587 a.C..
O livro apresenta o quadro do homem de Deus embaraçado com a aparente tolerância de Deus pela iniquidade (1:2). Aparentemente seu clamor por justiça não é atendido. Quando é atendido fica ainda mais surpreso, pois os agentes de julgamento, os caldeus, são mais ímpios e dignos de castigo que suas vítimas. Ele, no entanto aprende que o justo não deve julgar pelas aparências, mas sim pela Palavra de Deus, vivendo confiadamente (3:17-19). O versículo chave (2:4) aparece três vezes no NT (Rm 1:17; Gl 3:11; Hb 10:38).
JEREMIAS
Filho de Hilquias, um sacerdote de Anatote, na terra de Benjamim. Foi chamado ao ministério quando era jovem ainda (1:6), no 13º ano do reinado de Josias (1:2). Mais tarde deixou Anatote, provavelmente por causa da perseguição de seus conterrâneos e sua família (11:21; 12:6) e foi para Jerusalém. Exerceu ali o seu ministério por cerca de 40 anos. Sua mensagem é de julgamento sobre Judá por causa de sua idolatria (7:30-34, 16:10-13, 22:9; 32:29; 44:2-3).
Nos dias de Josias e Jeoacaz teve tranquilidade, mas nos reinados de Jeoaquim, Joaquim e Zedequias, últimos reis antes do exílio, sofreu perseguição severa. Foi espancado e humilhado em público (20:1-6) e lutou contra falsos profetas (6:13,14; 28:1-7; 29:8,9). O rei Jeoaquim desprezou suas palavras e chegou a tentar prende-lo (36:21-23, 26). Zedequias, último rei de Judá, chegou a pedir conselhos a Jeremias, mas não quis obedecer (37:17; 38:14-23) e permitiu que o jogassem em uma cisterna com lama (38:1-6). Depois da queda de Jerusalém um grupo de judeus leva Jeremias contra a vontade para o Egito (43:4-7). Mesmo ali continuou profetizando que Deus usaria Babilônia para julgar o Egito também (43:8-13). Baruque, filho de Nerias, trabalhou com Jeremias, servindo como seu escriba (36:4-21). O fundo histórico de Jeremias está em 2Rs capítulos 22 a 25. Versículos de destaque: 1:5; 17:9; 18:1-6; 29:10,11.

Profetas pré-exílicos que falaram a outras nações:
JONAS
Durante o período do reinado de Jeroboão II (793-753 a.C.), período de prosperidade de Israel, o mundo contemplava a ascenção da Assíria, impiedosa assoladora dos países invadidos.

Inimigo potencial (seria o carrasco de Israel), Jonas não entendia porque pregar arrependimento para nação tão perversa e foge de Deus. Apesar da ordem de Deus enviando-o para Nínive, capital da Assíria, no leste, Jonas foge para Tarsis no Oeste. O seu navio é assombrado por grande tempestade e ele, despertado de profundo sono no fundo do navio. Acaba indo parar no fundo do mar, no fundo da barriga de um grande peixe. Depois de três dias e três noites ele se arrepende e é lançado em terra viajando para Nínive. Ali prega arrependimento e Deus promove um grande avivamento. Mesmo assim Jonas não está satisfeito e murmura pedindo a morte, por causa de uma planta. Deus pacientemente lhe ensina o valor de muitas vidas que estavam na cidade e que Jonas desprezava.

NAUM
150 anos depois da pregação de Jonas e consequente arrependimento dos Ninivitas, Naum é chamado para profetizar contra eles. A idolatria e crueldade e arrogância havia dominado de novo aquele povo (3:1-4). Naum profetiza a queda de Nínive, que acaba acontecendo sob o poder dos babilônios que destruíram o império Assírio. Versículos de destaque: 1:7; 1:15 (Is 52:7; Rm 10:15); 3:19.
OBADIAS
Este livro trata das decisões de Deus quanto a Edom, pequena cidade montanhosa a leste do mar morto. Sua população era considerada descendente de Esaú (Gn 36). Judá e Edom viviam em hostilidade, reclamando as terras ao sul do mar morto. Em 587 a.C. quando as forças de Nabucodonosor cercaram Jerusalém (2 Rs 25:3-7), o ri de Judá tentou fugir rumo ao Jordão. Lamentações 4:21,22 e Salmos 137:7, com Obadias 10-14 dão a entender que Edom ajudou a Babilônia a captura-lo. Como prêmio os edomitas puderam participar da pilhagem de Jerusalém.






PROVÉRBIOS
AUTORA divisão de 1:1 - 9:18 é atribuída a Salomão. Também as divisões 10:1 - 22:16 e 25:1 - 29:27 são transcrições de provérbios de Salomão feitas pelos escribas do rei Ezequias. O cap. 30 é atribuído a Agur e o 31 a Lemuel (nomes desconhecidos)
CONTEÚDO  – Provérbios é um exemplo da Literatura de sabedoria, de caráter instrutivo ou didático. Formam uma biblioteca com sete coleções de provérbios. Muitos são escritos usando o estilo paralelo antitético, contrastando dois modos de vida. Os sete primeiros versículos declaram os propósitos do livro.
DIVISÃO:

I – Introdução: 1:1-7
II – A Sabedoria e seus oponentes: 1:8-9:18
III – Os Provérbios de Salomão: 10:1-24:34


IV – Provérbios de Salomão copiados pelos escribas de Ezequias: 25:1-29:27
V – As Palavras de Agur: 30:1-33


VI – As Palavras de Lemuel
VII – A Mulher Virtuosa: 31:10-31

 ECLESIASTES
AUTOR – Embora não esteja especificado, o autor se identifica como “o filho de Davi, rei de Jerusalém” (1:1). Existem referências à sua sabedoria (1:16), riqueza inigualável (2:7) e vastos empreendimentos em construções (2:4-6). Tudo aponta para Salomão. A tradição judaica também afirma ser ele o autor.
CONTEÚDO –    O título hebraico “Qohelet” parece referir-se a alguém que fala a uma assembleia, ou um “eclesiástico” ou “pregador”. O termo grego “ekklesiastes” deriva da palavra “assembleia” (ekklesia).
A mensagem do livro pode ser definida em três proposições: 1- A vida, com seus ciclos intermináveis (1:4ss) e paradoxos inexplicáveis (4:1; 7:15; 8:8) parece fútil e impossível de se discernir em seus propósitos; 2- Apesar disso, a vida deve ser desfrutada ao máximo, como a compreensão de que é o dom de Deus (3:12-13; 3:22; 5:18,19; 8:15; 9:7-9); 3- O homem sábio viverá em obediência a Deus, reconhecendo que Ele, finalmente julgará todos os homens (3:6-17; 12:14)
DIVISÃO:

I – A futilidade do prazer e da sabedoria humana (caps. 1 e 2)
II – A felicidade terrestre, seus obstáculos e meios de progresso (caps 3-5)


III – A verdadeira sabedoria e prática (6:1 - 8:15)
IV - A relação entre a verdadeira sabedoria e a vida do homem (8:16 - 10:20)
V – Conclusão (11:1 - 12:14)

CÂNTICO DOS CÂNTICOS
AUTORO versículo 1 afirma que foi Salomão que escreveu este poema (dentre os 1.005 cânticos que escreveu, IRs 4:32). É chamado assim para designar o melhor dentre todos que foram escritos.
CONTEÚDO – A falta de unidade levou alguns estudiosos a concluir que o livro não é um único cântico, mas sim uma coleção ou antologia. Apesar de não mostrar uma trama narrativa, contém uma continuidade ao retratar os personagens.
Temos aqui uma celebração do amor entre dois jovens amantes (o rei e a Sulamita), que se deleitam com a beleza um do outro. É uma homenagem ao amor heterossexual monógamo vivido intensamente com honra e fidelidade. Existem muitas dúvidas se a mensagem é, de fato, uma alegoria ao amor entre Iavé e Israel ou entre Cristo e a Igreja. É preferível manter o sentido original descrito acima.
DIVISÃO:

I – A noiva nos jardins de Salomão (1:2 - 2:7)
II – As recordações da noiva (2:8 - 3:5)


III – As núpcias (3:6 – 5:1)
IV – Os dois no palácio (5:2 – 8:14)

LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS
AUTOR – Embora não esteja explícito o nome do autor, a tradição judaica atribui a Jeremias. Existem muitas semelhanças entre Lamentações e o livro de Jeremias. O livro reflete a tristeza de alguém que estava ainda angustiado com cenas nítidas da queda de Jerusalém.
CONTEÚDO – O livro consiste de cinco poemas, sendo os quatro primeiros em forma de acróstico (cada versículo começa com uma letra do alfabeto hebraico – exceto no capítulo 3, onde cada uma das 22 letras inicia três versículos). Descrevem o lamento pela completa destruição do templo e de Jerusalém pelos babilônicos. Os judeus costumam ler este livro no nono dia do mês de Ab (meados de julho), relembrando as destruições de Jerusalém (587 A.C. pelos babilônicos e 70 D.C. pelos romanos)
DIVISÃO:
I – O lamento de Jerusalém (cap. 1)
II – O Deus irado de Jerusalém (cap. 2)


III – O desconsolo do profeta (cap. 3)
IV – A completa ruina de Jerusalém (cap. 4)
V – A oração pelo povo (cap. 5)


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AUTORO livro é anônimo, mas vários são cogitados como autores: Jó. Eliú (Jó 32:6), Moisés ou Salomão
TEMPO DE AÇÃOÉ provável que Jó tenha vivido antes de Moisés e após o dilúvio, pelos seguintes motivos: Jó vive com sua família em um sistema de clãs, no estilo patriarcal; Jó não faz nenhuma referência ao povo de Israel ou à Lei; Jó cumpre as funções de pai e sacerdote (Jó 1:5); Jó teve longa vida, como era comum aos homens do antigo patriarcado (Jó 42:16)
DIVISÃO:

1 – Jó: seu caráter, vida familiar e os ataques de satanás
2- Os amigos de Jó
3-14 – O primeiro ciclo de discursos
15-21 – O segundo ciclo de discursos
22-31 – O terceiro ciclo de discursos


32-37 – A palavra de Eliú
38- 40:2 – O primeiro discurso do Senhor
40:3-5 – A primeira resposta de Jó
40:6-41:34 – O segundo discurso do Senhor
42:1-6 – A segunda resposta de Jó


42:7-9 – Deus repreende os amigos de Jó
42:10-17 – Deus restaura a vida de Jó, sua família e seus bens
 
SALMOS
Os nomes “Salmos” e “Saltério” provêm da Septuaginta (tradução grega do AT); a princípio se referiam a instrumentos de cordas (como harpa, lira e alaúde) e posteriormente a cânticos acompanhados por esses instrumentos. O título hebraico tradicional é tehillim “louvores”.
O Saltério é compilação de várias coletâneas e representa a etapa final de um processo que levou séculos. Ganhou sua forma final nas mãos dos funcionários pós-exílicos do templo, que o completaram provavelmente no séc. III a.C. Nessas condições, servia de livro de orações (orações, louvores e instrução religiosa) para o segundo templo (o de Zorobabel e o de Herodes) e para uso nas sinagogas.
O livro é composto de cinco volumes e cada um termina com uma doxologia: Livro 1: 1-41; Livro 2: 42-72; Livro 3: 73-89; Livro 4: 90-106; Livro 5: 107 - 150
AUTORES: Davi, Asafe, os filhos de Coré, Salomão, Hemã, Etã, Moisés, Jeremias, Ageu, Zacarias, Esdras e mais 48 Salmos anônimos.
CARACTERÍSTICAS COMUNS DA POESIA HEBRAICA:
PARALELISMO:
Paralelismo sinônimo (ou sinonímico) – Repetição do mesmo pensamento ou pensamento similar.
Sl 19:1: Os céus proclamam a Glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.
Sl 15:1:Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte
Paralelismo antitético – As duas linhas apresentam um contraste entre si. A conjução “mas” nos dá a dica.
Sl 1:6: Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá;
Sl 10:2: Os tesouros da impiedade de nada aproveitam, mas a justiça livra da morte;
Paralelismo sintético – A segunda linha completa uma idéia que a primeira deixa em aberto.
Sl 1:3: Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo dá o seu fruto e cuja folhagem não murcha;
QUIASMO – Quando duas linhas sucessivas de poesia revertem a ordem em que o tema do paralelismo aparece, cruzando-se como um “X”
Ó Senhor perdoa-me; apaga o meu pecado, Ó Deus da minha salvação. Ver Salmo 8
ACRÓSTICO – Poemas alfabéticos onde cada linha inicia com uma letra diferente do alfabeto hebraico (22 letras)

DIFERENÇA DE NUMERAÇÃO ENTRE A BÍBLIA PROTESTANTE E A BÍBLIA CATÓLICA
A Bíblia católica tem origem na Septuaginta (tradução para o grego) Nesta versão alguns salmos foram reunidos e outros divididos. Assim ficou a seguinte diferença:

BÍBLIA PROTESTANTE
BÍBLIA CATÓLICA
Sl 9 e 10
Sl 9
Sl 114 e 115
Sl 113
Sl 116
Sl 114 e 115
Sl 147
Sl 146 e 147


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I CRÔNICAS
I e II Cr compõem um só livro no cânon hebraico. Juntos tratam do período desde o reinado de Davi até o regresso do cativeiro babilônico. Contem o mesmo tema de II Samuel, I e II Reis.
AUTORA tradição judaica aponta para Esdras (IICr 36:22,23; Ed 1:1-3) Escrito logo após a volta do exílio para animar e exortar o povo..
ESFERA DE AÇÃOUm sumário desde a morte de Saul (1011 aC) até a morte de Davi (971 aC)
DIVISÃO:

Caps. 1-9  - As genealogias – Acompanhe a descendência da linhagem de Davi;
Caps. 10-12 – Davi aclamado rei. Especial atenção ao culto no templo;

Caps. 13-16 – A arca é levada para Jerusalém- Tendo sido capturada pelos Filisteus (ISm 4:11) ficou com eles sete meses (ISm 6:1). Foi devolvida e ficou em Quiriate-Jearim, 16 km ao norte de Jerusalém, por 20 anos (ISm 7:2). Davi estabeleceu Jerusalém como capital nacional e reuniu todo Israel para levar a arca;

Caps. 18-20 – Vitórias de Davi;
Cap 22 – Preparativos de Davi para o templo;
Cap 23 – Deveres dos Levitas;
Cap 24– Organização dos Sacerdotes;
Cap 25-27 – Outras providências, o ministério dos músicos;
Caps. 28,29 – A última palavra e a oração de Davi



II CRÔNICAS
AUTOR: Esdras, segundo a tradição judaica.
TEMPO DE AÇÃO: Do reinado de Salomão até o retorno do cativeiro.
TEMA: Relata a história dos reis contida em I e II Reis, porém concentrando-se apenas no reino de Judá.
1-       Caps. 1 – 9 - História de Salomão, sua sabedoria, preparando para edificar o templo, Salomão e a rainha de Sabá;
2-       Caps. 10-36 – História dos Reis de Judá. Destaque para os grandes avivamentos no período dos seguintes reis:
Asa – cap. 15; Josafá – cap. 20; Joás – caps. 23,24; Ezequias – caps. 29 e 31; Josias – cap35.

ESDRAS
Os livros de Esdras Neemias e Ester são intimamente relacionados e tratam de períodos próximos. Para orientação geral, veja a seguinte sequência histórica:
1- O regresso dos desterrados sob Zorobabel (536 aC); 2- A reconstrução do templo (535 aC); 3- O ministério dos profetas Ageu e Zacarias (520 aC); 4- A dedicação do templo (515 aC); 5- Os acontecimentos relatados no livro de Ester (478-473 aC); 6- Esdras retorna a Jerusalém com o segundo grupo  (458 aC); 7- Neemias enviado a Jerusalém como governador – reconstrói o muro (446 aC); 8- Malaquias profetiza.
A idéia predominante em Esdras é a restauração.
AUTOR: Esdras (ver cap 7 e 9).
TEMPO DE AÇÃO: Da volta do exílio até o restabelecimento na Palestina.
DIVISÃO:
1.       O regresso com Zorobabel (caps. 1-6)
2.       O regresso com Esdras (caps. 7-10)

NEEMIAS
Um livro que contém a autobiografia de um homem que sacrificou a vida como copeiro do rei para ajudar seus irmãos. Combinou espiritualidade com a prática, sabia orar e trabalhar. Destemido, recusou fazer pactos com os inimigos externos e com o pecado interno. Liderou a reconstrução do muro e de Jerusalém
AUTOR: Neemias
TEMPO DE AÇÃO: Desde a viagem de Neemias a Jerusalém até .a restauração do culto no templo (aproximadamente 12 anos)
DIVISÃO:
  1. A reconstrução do muro de Jerusalém (caps. 1-6)
  2. O avivamento da religião e a restauração do culto (caps. 7-13:3)
  3. A correção dos abusos (13:4-31)

ESTER
Apesar de não mencionar o nome de Deus e não conter referências à lei ou à religião judaica, o livro de Ester apresenta sinais bem claros da presença do Senhor cuidando do seu povo.
AUTOR: Desconhecido, provavelmente Mordecai (ver 9:20) ou Esdras.
DIVISÃO:
  1. A festa de Assuero (caps. 1,2)
  2. A festa de Ester (caps. 3-7)
  3. A festa do Purim celebrando o livramento do povo de ser exterminado nas artimanhas de Hamã (caps. 8-10)

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I SAMUEL
Livro de transição, registrando a passagem do período dos juízes para o período dos reis O conteúdo gira em torno de três personagens importantes deste período: Samuel, Saul, Davi..
AUTORSupõe-se que Samuel escreveu os primeiros 24 capítulos e Natã e Gade como autores do restante (ICr 29:29)
ESFERA DE AÇÃODesde o nascimento de Samuel até a morte de Saul, período de 115 anos.
DIVISÃO:
1.     Samuel
a.     Nascimento de Samuel – 1 a 2:11
b.     A vocação de Samuel – 2:12 – 3
c.     A arca é tomada – 4 e 5
d.     O regresso da arca – 6 e 7

2.     Saul
a.     Israel exige um rei – 8
b.     Saul escolhido e ungido – 9 e 10
c.     A primeira vitória de Saul – 11
d.     A proclamação do reino por Samuel
e.     Saul rejeitado – 13 – 15

3.     Davi
a.     Davi ungido rei – 16
b.     A vitória de Davi sobre Golias – 17
c.     As perseguições e peregrinações de Davi – 18 – 30
d.     A morte de Saul – 31

II SAMUEL
AUTOR: Possivelmente Natã e Gade.
TEMPO DE AÇÃO: 40 anos – durante o reinado de Davi – desde a morte de Saul até a compra do local do templo.

TEMA: O reinado de Davi
1.     A elevação de Davi
a.     A morte de Saul – 1
b.     Davi ungido rei sobre Judá – 2:1-11
c.     Guerra civil – 2:12 – 4
d.     Davi ungido rei sobre Israel – 5:1-5
e.     A arca trazida para Jerusalém – 6
f.      O pacto de Davi com o Senhor – 7
g.     As conquistas de Davi – 8 – 10


2.     A queda moral de Davi
a.     O pecado de Davi – 8 – 10
b.           O pecado do filho de Davi, Amom – 13
c.     A rebelião do filho de Davi, Absalão – 13 – 20


3.     Os últimos anos de Davi
a.     Os três anos de fome – 21
b.     O cântico de Davi – 22
c.     Últimas palavras de Davi – 23
d.     O pecado de contar o povo – 24

I REIS
Iniciando com o reinado de Salomão, o livro descreve o momento da divisão do reino. O reino unido durou 120 anos: Saul reinou 40 anos (At 13:21); Davi reinou 40 anos (IISm 5:4); Salomão reinou 40 anos (IRs 2:42). Com o filho de Salomão, Roboão, o reino é dividido. Deste ponto em diante passam a existir o reino do Norte, Israel, com 10 tribos, capital Samaria e o reino do Sul, Judá, com duas tribos: Judá e Benjamim, capital Jerusalém. Os reis que sucederam foram quase todos maus, com honrosas exceções. No cânon hebraico os dois livros de Reis formam um só.
AUTOR: A tradição judaica atribui a Jeremias.
TEMPO DE AÇÃO: Da morte de Davi até o reinado de Acazias sobre Israel e Jeosafá em Judá, período de 118 anos.
DIVISÃO:
1.       O reinado de Salomão –           cap 1 a 11
2.       A divisão dos reinos –               cap 12 a 16
3.       O ministério de Elias –               cap 17 a 22

II REIS
Continuação do primeiro livro, conta a sucessão de reis no norte e no sul. Eles permanecem esquecidos da aliança com Deus até que o juízo vem através do domínio Assírio e Babilônico sobre o norte e o sul respectivamente (IIRs 17 e 25).
AUTOR: Provavelmente Jeremias.
TEMPO DE AÇÃO: Desde o reinado de Acazias em Israel e Jorão em Judá, até o cativeiro babilônico, período de 318 anos.
DIVISÃO:
  1. O fim do ministério de Elias –         cap 1 – 2:13
  2. O ministério de Eliseu –                    cap 2:14 – 13:21
  3. O declínio e queda de Israel –         cap 13:22 – 17:41
  4. O declínio e queda de Judá –          cap 18 – 25
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JUÍZES
Depois da morte de Josué, a nova geração de israelitas fez aliança com as nações que a antiga geração havia deixado na terra, atitude que resultou em idolatria e imoralidade. Isto lhes trouxe o juízo de Deus na forma de servidão às mesmas nações que deveriam ter subjugado.
AUTOR - Samuel
ESFERA DE AÇÃODesde a morte de Josué (1300 aC) ao início do ministério de Samuel (1060 aC). Cerca de 300 anos
VERSÍCULO CHAVE: 17:6 ou 21:25. Resumo do livro: 2:7-19 – Pecado – Servidão – Arrependimento - Salvação

RELAÇÃO DE JUÍZES:
1.     Otniel (Juízes 3:9). Ele foi sobrinho de Calebe e julgou Israel 40 anos. Libertou-os do rei da Mesopotâmia.
2.     Eúde, o benjamita canhoto. Assassinou o rei "super gordo" de Moabe (Juízes 3:15-30).
3.     Sangar, que assassinou 600 filisteus com uma aguilhada de bois (Juízes 3:31).
4.     Débora (Juízes 4:1-5:31). Durante seu tempo, Israel foi entregue por Deus às mãos de Jabim, rei de Canaã. Seu capitão foi Sísera e, o de Débora, Baraque. Débora e Baraque não apenas tiveram a vitória pela mão de Deus, mas Sísera foi assassinado por uma mulher chamada Jael, que impeliu uma estaca de tenda através de sua cabeça enquanto ele dormia.
5.     Gideão (Juízes 6,7 e 8). Foi o homem que obteve um sinal de Deus por meio de um velo de lã e que, pela ordem de Deus, reduziu seu exército de 32.000 para 300 e, então, derrotou os midianitas.
6.     Abimeleque, filho de Gideão (Juízes 9). Matou todos os seus irmãos. Foi um homem perverso que teria sido morto por uma mulher, se não tivesse invocado sua própria morte.
7.     Tola (Jz 10.1) que julgou Israel 23 anos.
8.     Jair (Jz 10.3) que julgou 22 anos.
9.     Jefté (Juízes 11:1-40). Lutou contra os amonitas.  Ofereceu sua filha, não como sacrifício humano em holocausto, mas para servir ao Senhor definitivamente. Não era costume do povo oferecer sacrifícios humanos (Dt 12:31, 18:10). Ela chorou sua virgindade e não sua vida (v. 37). Cumpriu-se conforme o voto de seu pai: “ela jamais foi possuída por varão” (v.39)
10. Ibzã (Juízes 12:8) Perseguiu os filisteus
11. Elom (Juízes 12:11) Perseguiu os filisteus
12. Abdom (Juízes 12:13)
13. Sansão (Juízes 13:24-16:30). Perseguiu os filisteus. Ele é bem conhecido por sua força, entretanto, ele nunca viveu próximo de Deus, sua concupiscência era seu rei. Por causa disso, Deus libertou Israel por ele, mas ele morreu como um prisioneiro cego.
14. Eli (1Sm 4.18) Julgou a Israel 40 anos como sumo sacerdote. Seus filhos, Ofni e Finéias, eram perversos e foram mortos em desastrada batalha contra os filisteus, quando o povo quis usar a arca como amuleto. Eli morreu ao saber da notícia da morte dos filhos.
15. Samuel (1Sm 7.15) Agiu principalmente como profeta, ungiu o primeiro rei, Saul e o segundo, Davi. Foi o último dos juízes.

RUTE
No livro de Juízes, os homens “fazem o que lhes parece mais reto”; no livro de Rute Deus faz o que lhe parece bom, chamando pela graça, esta mulher moabita, estranha às alianças e à promessa, proibida de fazer parte de Israel (Dt 23:3), para entrar na linhagem messiânica (Mt 1:5). Do ponto de vista dos tipos bíblicos, o livro é uma representação da Igreja (Rute) como a esposa gentia de Cristo (Boaz o Belemita) que pode redimi-la.
AUTOR: A tradição judaica atribui a Samuel.
TEMPO DE AÇÃO: Abrange o período de dez anos, provavelmente durante a época de Gideão.


ESBOÇO:
  1. Rute decidindo (cap 1)
    • A emigração para Moabe
    • O retorno triste para Belém; Rute volta junto com a sogra. A bela confissão de Rute a Noemi – 1:16,17
  1. Rute servindo (cap 2)
·         Rute começa a colher nos campos de Boaz. A confirmação de uma boa decisão: 2:11,12

  1. Rute descansando aos pés de Boaz (cap 3)
    • Era o costume da época que significava que aquela pessoa era resgatadora.
  2. Rute recompensada (cap 4)
    • É resgatada por Boaz que se casa com ela. Cumpre a lei: Dt 25:5-10
    • A genealogia de Davi
Baixe essa aula: Juízes/Rute
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DEUTERONÔMIO
O nome significa segunda lei ou repetição da Lei. Vem da septuaginta, baseado em 17:18. Contém a reafirmação da Lei para a segunda geração, nascida no deserto.
AUTOR - Moisés
ESFERA DE AÇÃOOs discursos e cânticos de Moisés nos dois últimos meses de vida (1406 aC)
VERSÍCULO CHAVE: 12:1

DIVISÃO:
  1. Recorda! (Olhando para trás) – 1º discurso, resumo das jornadas de Israel – caps 1 a 4
  2. Obedece! (Olhando para o alto) – 2º discurso, resumo da Lei – caps 5 a 26
  3. Cuidado! (Olhando para frente) – 3º discurso, profecias do futuro de Israel– caps 27 a 30
  4. Josué o sucessor de Moisés – cap 31
  5. O cântico de Moisés – cap 32
  6. A benção de Moisés – cap 33
  7. A morte de Moisés – cap 34
Obs: É o livro mais citado por Jesus: Lc 4:4,8,12; Dt 8:3; 6:13,16; 10:20. É citado 356 vezes no AT e mais de 190 no NT
LIVROS HISTÓRICOS
(12 no total) – Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
Enquanto o Pentateuco enfoca as origens, alianças e leis, os históricos narram a história propriamente dita da nação israelita.
Uma história de 1000 anos:
·         1º período: Juízes - Da entrada em Canaã até o estabelecimento da monarquia – (Js; Jz; Rt; ISm caps. 1 a 8)
·         2º período: Reino Unido - Estabelecimento da monarquia até a divisão do reino (I e II Sam, IRs caps. 1-11, ICr, IICr caps. 1 a 9). Estão sendo escritos os livros poéticos;
·         3º período: Pré-exílico - Divisão do reino até o cativeiro babilônico (IRs caps. 12-22, IIRs, IICr caps. 10-36). Mais rico período profético;
·         4º período: Pós-exílico – Da volta do cativeiro e restauração judaica até ao silêncio profético (Esdras, Neemias, Ester);

JOSUÉ
No Hebraico: “Deus é Salvação”
AUTOR:  Josué (com exceção dos últimos versículos atribuídos a Finéias, neto de Arão (Js 24:26,33 e Nm 25:7)
TEMA: A conquista e a divisão da terra de Canaã
TEMPO DE AÇÃO: MORTE DE Moisés à morte de Josué (24 anos)


CONTEÚDO:
a)       A preparação para a entrada na terra – caps 1 – 5
b)       A conquista da terra – caps 6 – 12
c)       A divisão da terra – caps 13 – 22
d)       A despedida de Josué – caps 23,24

ESBOÇO DO LIVRO:
1 ............... A chamada de Josué:,
2 ............... A escolha de Raabe:
3 ............... A passagem do Jordão:
4 ............... O memorial em Gilgal
5 ............... Circuncisão e celebração da Páscoa
6 ............... A conquista de Jericó
7 ............... O pecado de Acã
8 ............... A conquista de Ai
9-12 ......... Batalhas e vitórias
13 – 19 ... A divisão da terra
20 ............ As cidades refúgio
21 ............ As cidades dos levitas
22 ............ A desmobilização dos exércitos
23 ............ Últimos conselhos de Josué
24 ............ Despedida e morte de Josué

Baixe essa aula: Deuteronômio / Josué

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NÚMEROS
O livro recebeu este nome no grego, pois registra dois censos feitos em Israel (cap. 1 e 26)
AUTOR - Moisés
PALAVRAS CHAVE – Serviço, Ordem, Falha, Peregrinação
ESFERA DE AÇÃOAproximadamente 39 anos que é o tempo de peregrinação dos filhos de Israel desde o pé do monte Sinai até a chegada definitiva à entrada de Canaã.
DIVISÃO:
a)       No Sinai (cap. 1 a 10:10) – Preparação para a saída. Há um censo, purificação e consagração.
b)       De Sinai a Cades (cap. 10:11 a 20) – Inicia-se o envio dos espias à Canaã, cuja viagem de ida e volta leva 40 dias. Por causa da incredulidade, peregrinam mais 39 anos em torno de Cades até chegarem novamente à estrada de Canaã.
c)       De Cades a Moabe (cap 21 a 36) – Os cinco últimos meses do deserto, chegada a terra de Canaã.


CONTEÚDO:
No deserto do Sinai
1.       O censo do povo (caps 1,2)
2.       O censo dos sacerdotes e levitas (caps 3,4)
3.       Leis (caps 5 e 6)
4.       Ofertas dos príncipes (cap 7)
5.       A consagração dos levitas (cap 8)
6.       A páscoa. A nuvem guiando a marcha dos israelitas (cap 9)
De Sinai a Cades
1.       Início da marcha (cap 10)
2.       Murmurações, os 70 anciãos, as codornizes (cap 11)
3.       Murmuração de Miriã e Arão (cap 12)
4.       O relatório dos espias e a incredulidade de Israel (caps 13,14)
5.       Leis variadas (cap 15)
6.       A rebelião de Coré (caps 16,17)
De Cades a Moabe
1.       O pecado de Moisés (cap 20)
2.       A morte de Miriã e Arão (cap 20)
3.       A serpente de bronze (cap 21)
4.       O erro e a doutrina de Balaão (cap 22-25)
5.       O censo da nova geração (cap 26)
6.       Preparação para entrar e a divisão da terra de Canaã (cap 27-36)


1. Ramessés - Israel foi tirada do Egito (Êx. 12; Núm. 33:5).
2. Sucote - o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, e de noite numa coluna de fogo (Êx. 13:20–22).
3. Pi-Hairote - Israel atravessou o Mar Vermelho (Êx. 14; Núm. 33:8).
4. Mara - O Senhor fez com que as águas de Mara se tornassem doces (Êx. 15:23–26).
5. Elim - Israel acampou ao lado de 12 fontes de água (Êx. 15:27).
6. Deserto de Sim - O Senhor enviou maná e codornizes para alimentar Israel (Êx. 16).
7. Refidim - Israel pelejou contra Amaleque (Êx. 17:8–16).
8. Monte Sinai - (Monte Horebe ou Jebel-Musa) O Senhor revelou os Dez Mandamentos (Êx. 19–20).
9. Deserto do Sinai - Israel construiu o tabernáculo (Êx. 25–30).
10. Acampamentos no Deserto - Setenta anciãos foram chamados para ajudar Moisés a governar o povo (Núm. 11:16–17).
11. Eziom-Geber - Israel atravessou as terras de Esaú e de Amom em paz (Deut. 2).
12. Cades-Barnéia - Os espiões; Israel rebelou-se e foi impedido de entrar na terra (Núm. 13:1–3, 17–33; 14; 32:8; Deut. 2:14).
13. Deserto Oriental - Israel evitou o conflito com Edom e Moabe (Núm. 20:14–21; 22–24).
14. Ribeiro de Arnom - Israel destruiu os amorreus que lutaram contra eles (Deut. 2:24–37).
15. Monte Nebo - Moisés viu a terra prometida (Deut. 34:1–4). Moisés fez seus três últimos sermões (Deut. 1–32).
16. Campinas de Moabe - O Senhor disse a Israel que fizesse a divisão da terra e que expulsasse os habitantes (Núm. 33:50–56).
17. Rio Jordão - Israel atravessou o Rio Jordão a seco (Jos. 3–5:1).
18. Jericó - Os filhos de Israel capturaram e destruíram a cidade (Jos. 6).

Baixe essa aula: Números
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LEVÍTICO
Levítico recebe seu nome da Septuaginta (a tradução em grego do AT) e significa “relacionado com os levitas”. O livro do Êxodo registrou as orientações quanto à construção do tabernáculo, e agora o livro de Levítico registra as leis e os regulamentos do culto que se realizará nesse tabernáculo, incluindo-se instruções sobre a purificação cerimonial, as leis morais, os dias santos. Essas leis foram outorgadas, pelo menos na maior parte, no ano em que Israel estava acampado no monte Sinai, quando Deus deu a Moisés orientações sobre como organizar a adoração, o governo e as forças militares de Israel. O livro de Números dá continuidade à história, com os preparativos para prosseguirem do Sinai a Canaã.

AUTOR - Moisés
PALAVRA CHAVESANTIDADE
ESFERA DE AÇÃOEm 1445 aC nas últimas semanas ao pé do monte Sinai
DIVISÃO: Sacrifício, Sacerdote, Saúde, Separação, Solenidades.

CONTEÚDO
1 – 7......... Leis referentes às Ofertas
a)    Holocausto (1:1-17) – Inteira consagração a Yaveh. O holocausto era oferecido todas as manhãs e todas as tardes a favor de todo o Israel (Êx 29.39-42) Assim como no caso de todas as ofertas, o ofertante devia colocar a mão na cabeça do animal para expressar identificação entre ele mesmo e o animal (16.21), e a morte deste passaria, então, a ser aceita como “propiciação” (v. 4)
b)    Ofertas de Manjares ou de cereais (2:1-16), farinha, pães ou grãos – Reconhecimento da bondade de Deus. A única oferta sem sangue, mas devia acompanhar o holocausto (Nm 28.3-6), a oferta pelo pecado (Nm 6.14,15) e a oferta da comunhão (Lv 9.4; Nm 16.17)
c)     Oferta pacífica (3:1-17)– Simbolizava Paz com Deus. Único sacrifício que o ofertante podia comer uma parte. Esse sacrifício — junto com outros — era oferecido aos milhares durante as três festas anuais em Israel (v. Êx 23.14-17; Nm 29.39), porque multidões de pessoas vinham ao templo para adorar e compartilhar de uma refeição comunitária. Salomão ofereceu 20 mil bois e 120 mil ovelhas como ofertas de comunhão no decurso de um período de 14 dias (1Rs 8.63-65).
d)    Oferta pelo pecado (4:1-5:13)– São alistadas quatro classes de pessoas que cometem pecados sem intenção: 1) “o sacerdote ungido” (v. 3-12); 2) “toda a comunidade de Israel” (v. 13-21); 3) “um líder” (v. 22-26); e 4) “alguém da comunidade” (v. 27-35). Todos os sumos sacerdotes pecaram, menos o sumo sacerdote Jesus Cristo (Hb 5.1-3; 7.26-28)
e)     Oferta pela culpa (5:14-6:7) –. A diferença principal entre a oferta pela culpa e a oferta pelo pecado era que a oferta pela culpa era apresentada nos casos em que a restituição pelo pecado era possível e, portanto, exigida (v. 16). Nos casos de furto e fraude (6.2-5), então, os bens furtados deviam ser devolvidos junto com uma indenização de 20%. Em contraposição, a oferta pelo pecado era prescrita nos casos do pecado em que não era possível nenhuma restituição. O animal sacrificado como oferta pela culpa era sempre um carneiro



8................ Arão e seus filhos consagrados
9................ Arão oferece os primeiros sacrifícios
10............. O fogo estranho de Nadabe e Abiú
11-22....... Alimentos santos, corpos santos, lares santos, costumes santos
16............. O dia da Expiação (uma vez ao ano, pelos pecados de todo o povo)
17............. Proibição de comer sangue (v Gn 9:5,6) O sangue derramado nos sacrifícios era sagrado. Sintetizava a vida da vítima sacrificial. Como a vida era sagrada, o sangue (um símbolo da vida) devia ser tratado com respeito (Gn 9.5,6). Por isso, era rigorosamente proibido comer sangue (v. 7.26,27; Dt 12.16,23-25; 15.23; 1Sm 14.32-34).
 18............. Uniões sexuais ilícitas
19 – 20.... Leis variadas
23............. Festas solenes:
·  O sábado – Descanso (3);
·  Páscoa e pães asmos – Libertação (4-8; ICo 5:7; IPe 1:19);
·  Primícias – Primeiros frutos (9-14; ICo 15:23);
·  Pentecostes – Colheita (15-22; At 2);
·  Trombetas – Fim do ano agrícola (23-25; Mt 24:31);
·  Dia da Expiação – Pelos pecados de todos (26-32);
·  Tabernáculos – O tempo que habitaram em tendas (33-43)
25-27....... Leis referentes à terra:
O ano sabático e o do jubileu (cap 25);
Obediência  x  Desobediência (cap 26);

Votos solenes (cap 27)

Baixe essa aula: Levítico
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Como era o Tabernáculo:

ÊXODO
“Êxodo” provém do grego. A palavra significa “saída”, “partida” (v. Lc 9.31; Hb 11.22). Em hebraico, o título do livro é formado por suas duas primeiras palavras: we’elleh shemot (“São estes [...] os nomes dos...”). A mesma expressão ocorre em Gênesis 46.8, em que também introduz uma lista dos israelitas “que entraram com Jacó no Egito” (1.1). Portanto, não era a intenção que Êxodo existisse separadamente, mas era considerado continuação da narrativa iniciada em Gênesis e completada em Levítico, Números e Deuteronômio.
Assim como Gênesis é o livro dos começos, Êxodo é o livro da redenção. O livramento dos oprimidos israelitas do poder egípcio é o tipo de toda a redenção (ICo 10:11). Os rigores da escravidão no Egito (tipo do mundo) e o Faraó (um dos tipos de Satanás) exigiram a preparação do libertador. Moisés, um dos tipos de Cristo. O conflito com o opressor (5:1-11:10) resultou na saída (“êxodos” em grego) dos hebreus do Egito. Foram redimidos pelo sangue do cordeiro Pascal (12:1-28) e pelo poder do Senhor, manifestado na passagem pelo mar vermelho (13:1-14:31). A experiência da redenção, celebrada por um cântico triunfal dos redimidos (15:1-21) foi seguida pela provação a que foram sujeitados no deserto (15:22-18:27). No monte Sinai a nação redimida aceitou a Lei (19:1-31:18). Mas, o fato de não confiarem no Senhor levou-os à infração e à condenação (32:1-34:35). Contudo, a graça de Deus triunfou quando foram dados o Tabernáculo, o sacerdócio e o sacrifício, por meio dos quais os redimidos podiam adorar e ter comunhão com seu Redentor (36:1-40:38)
AUTOR - Moisés
PALAVRA CHAVE – Redenção
ESFERA DE AÇÃO – Relata desde o nascimento de Moisés (1526 aC) até o início da caminhada no deserto do Sinai (1445 aC).
DIVISÃO
Libertação do povo de seu cativeiro egípcio: cap. 1 a 12
Locomoção através do deserto: cap. 13 a 18
Legislação recebida ao pé do monte Sinai: cap 19 a 40


CONTEÚDO
1 ............... O cativeiro
2 ............... O nascimento de Moisés
3 – 4 ........ A vocação de Moisés
5 – 11 ...... A controvérsia e as pragas
12 ............ Páscoa
13 ............ Os primogênitos
14 ............ O Mar Vermelho
15 ............ O cântico do povo
16 ............ O maná
17 ............ A água da rocha
18 ............ Jetro
19 ............ Moisés sobe o Sinai
20 ............ Os dez mandamentos
21 – 23 ... A complementação da Lei
24 ............ A aliança com o povo
25 – 31.... Orientações sobre o Tabernáculo, o sacerdócio, o culto
32 ............ O bezerro de ouro
33 - 34 .... As 2ªs tábuas da lei
35 – 40 ... O Tabernáculo



TIPOS E SIMBOLISMOS EM DESTAQUE:
A páscoa apresenta alguns tipos maravilhosos de nossa redenção: o Egito (Rm 6:17,18; Gl 1:4). O Cordeiro (Jo 1:29); O sangue espargido nas vergas das portas (Rm 3:24-26; IPe 1:18-20) O pão asmo (ICo 5:8); comer o cordeiro (ICo 11:24); a passagem pelo Mar Vermelho (ICo 10:1,2)
O Tabernáculo simboliza: A Igreja como habitação de Deus através do Espírito: Ex 25:8; Ef 2:19-22; Somos santuário de Deus: IICo 6:16; O Tabernáculo era o centro da vida de Israel. As tribos acampavam ao redor dele. Quando substitui o Tabernáculo, o Templo se tornou o centro de culto de Israel. Na nova dispensação o Espírito transforma os eleitos em templo e ali habita.

CINCO DECLARAÇÕES SOBRE O TABERNÁCULO:

Como era comum na literatura hebraica e oriental, as repetições são freqüentes: 1- Instruções do Senhor (cap. 25 – 31);  2– Descrição de como o trabalho de construção foi feito sob supervisão de Bezaliel e Aoliabe (36:1 – 39:32); 3- Uma lista dos componentes quando Moisés recebe todo o trabalho feito, para aprovar (39:33-43); 4- O Senhor dá instruções sobre a montagem do Tabernáculo (40:1-16); 5- Finalmente a montagem foi realizada (40:17-33). O Tabernáculo já montado foi abençoado pela presença do Senhor (40:34-38)
Baixe esta aula:  Êxodo
Baixe aqui a Apresentação: Êxodo
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Baixe aqui: Cronologia do AT
Baixe aqui: Genealogia simplificada do AT
Baixe aqui a apresentação: Aula 01

GÊNESIS
Os Hebreus deram-lhe o nome de “Bereshit” devido a palavra da primeira frase: “Bereshit Bara Heloim” “No princípio criou Deus”. Os tradutores da septuaginta o chamaram de Gênesis “Origem” ou “princípio”
Um livro bem definido pelo seu título, Gênesis, que significa “princípio”, porque é a história do começo de todas as coisas:
O começo do mundo.................................................. Gn 1:1-25
O começo da raça humana.......................................... Gn 1:26-2:25
O começo do pecado no mundo.................................. Gn 3:1-7
O começo da promessa da redenção........................... Gn 3:8-24
O começo da vida familiar........................................... Gn 4:1-15
O começo de uma civilização humana.......................... Gn 4:16-9:29
O começo das nações do mundo................................. Gn 10, 11
O começo do povo hebreu.......................................... Gn 12

      O primeiro versículo anuncia o propósito do livro: “No princípio criou Deus os céus e a terra”.

AUTOR – A tradição judaico-cristã aponta para Moisés como o autor do Pentateuco. A evidência apresentada no Novo Testamento contribui também para esta posição (Jo 5:46,47; Lc 16:31; 24:44)
PALAVRA CHAVE – Princípio
ESFERA DE AÇÃO – Da criação até a morte de José, abrangendo um período de 2135 anos.
DIVISÃO – Primórdios – Patriarcas – Providência
CONTEÚDO – O conteúdo de Gênesis gira em torno de nove fatos proeminentes:
                                        I – A Criação (cap. 1-2)
                                        II – A queda (cap. 3)
Primórdios                      III – A primeira civilização (cap. 4)
                                        IV – O Dilúvio (cap. 5-9)
                                        V – A dispersão das nações (cap. 10-11)

                                        VI – Abraão (cap. 12-25)
Patriarcas                        VII – Isaque (cap. 17-35)
                                        VIII – Jacó (cap. 25-35)

Providência                      IX – José (cap. 37-50)


Tipos encontrados em Gênesis (Entendendo o que são tipos - Hb 8:5; 9:9; 10:1)
ü Adão tipificou Cristo como o cabeça da raça; um só de seus atos afetou toda a raça humana. Como em Adão todos morreram, também todos serão vivificados em Cristo (Rm 5:12; ICo 15:21,22)
ü Melquisedeque tipificou Cristo, suo sacerdote especialmente designadopor Deus, sendo também Sacerdote-Rei (Gn 14:18-20; Hv 7:1)
ü Isaque tipificou Cristo como a esperada “semente”, na sua submissão no altar do sacrifício e no recebimento da noiva de um país distante (Gn 21, 22, 24)

ü José tipificou Cristo de muitas maneiras: resistindo ao mal, sendo traído pelos irmãos e amado pelo pai, sofrendo pelos pecados de outros e, finalmente, tornando-se soberano depois de redimir seus irmãos (At 7:9-13)

Baixe aqui esta aula: Gênesis

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