Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. [...]porque sem mim nada podeis fazer. (Jo 15:4a,5b)
O Senhor Jesus ensina aqui aos discípulos um princípio fundamental da vida cristã: nossa ligação essencial com Ele, o próprio Jesus. Usando a figura da videira e seus ramos, o Mestre condiciona a produção de frutos com a permanência nEle. Um ramo não produz fruto sozinho, desconectado do tronco de onde nasceu. Nós passamos a ser novas criaturas quando nascemos em Cristo. Fomos destinados a viver nEle e glorificar o Pai com nossas obras, produzindo frutos.
É essencial para nossas vidas esta dependência, assim como os ramos dependem da videira para existirem e darem frutos. No entanto, como vivemos em meio a uma batalha espiritual e temos um inimigo que trabalha dia e noite para nos afastar de Deus, precisamos estar atentos às tentações que ele colocará em nosso caminho para impedir esta total dependência.
O primeiro impedimento é a tentação da autojustificação. Ela tem duas dimensões: diante de Deus somos tentados a nos auto justificarmos com nossos méritos para obtermos o seu favor. Diante dos homens somos tentados à manter uma aparência de santidade e, até mesmo, de superioridade. Jesus conta a parábola do fariseu e do publicano que sobem ao templo para orar (Lc 18:9-14). O fariseu se gabava de não ser igual aos pecadores, pois jejuava duas vezes por semana e dava o dízimo de tudo quanto ganhava. O publicano apenas batia no peito e suplicava a Deus: “sê propício a mim pecador”. Jesus afirma que o publicano foi justificado e não o fariseu. Não devemos achar que nossas boas ações nos fazem superiores aos outros ou que sejam suficientes para nos fazer merecer o favor de Deus. As obras não compram a salvação e nem o favor divino (Rm 3:19,20). Nossos atos de justiça não passam de trapos de imundícia (Is 64:6). Caminhando pela trilha da autojustificação corremos o risco de cair no legalismo, fazendo exteriormente o que é certo, mas tendo o coração longe de Deus, agindo com hipocrisia (Mt 23:27,28).
O segundo impedimento é a tentação da autossuficiência. Podemos achar que as nossas posses materiais ou intelectuais, a formação acadêmica ou o status sejam suficientes para nos garantir vida tranquila e segura. Precisamos lembrar-nos da transitoriedade da vida e da fragilidade de tudo que está ligado à nossa existência. Riquezas, conhecimento, status, tudo passa. Quanto mais nos apoiamos em valores e bens transitórios, mais nos achamos independentes (Lc 12:16-20). À igreja em Laodicéia Jesus lança o alerta: “Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”. Aquele que pensa que sabe muito, que tem tudo e alcançou o suficiente, ainda precisa acordar.
Finalmente, o terceiro impedimento à total dependência é a autoexaltação. Algumas pessoas sentem a necessidade de falar de si mesmas o tempo todo. Estão sempre reafirmando o que fizeram, o que gostam e não gostam e todas as suas façanhas, como se fossem o centro do universo. Muitas vezes não passa de insegurança, mas também uma maneira de reforçar independência. Jesus alertou os seus discípulos em Mt 23:1-12 sobre a soberba dos escribas e fariseus que gostavam de praticar boas obras para serem vistos, amavam os primeiros lugares e de serem reconhecidos publicamente como mestres. Mas, só existe um Mestre que é o Senhor Jesus. Ele mesmo ensinou que os que se exaltam serão humilhados e que os que se humilham serão exaltados. Também deu o exemplo lavando os pés dos discípulos. Precisamos almejar a aprovação de Deus antes da exaltação por parte dos homens. A vaidade é um empecilho para a total dependência de Deus.
A autojustificação nos conduz ao legalismo e à hipocrisia. A autossuficiência só produz soberba e a autoexaltação alimenta nossa vaidade. Todas estas tentações nos impedem de sermos ramos ligados e dependentes da videira.
(resumo do sermão pregado no culto matutino na IP Jd. Guanabara no dia 19/10/14)
Seja Bem-vindo ao meu blog. Você pode copiar os meus textos só não esqueça de citar a fonte e o autor. O conhecimento e a experiência devem trabalhar conjuntamente para nos levar de forma segura à sabedoria. REV. TIAGO SILVEIRA
23 de out. de 2014
28 de set. de 2014
A PESCA MARAVILHOSA
(Lição da classe de EBD na IP do Jd. Guanabara em 28/09/14)
Lc 5:1-11
INTRODUÇÃO
Os evangelhos registram que Jesus operou dois
milagres de multiplicação de peixes na pesca de seus discípulos. O primeiro,
que vamos analisar aqui, é registrado em Lucas 5:1-11 e o segundo em Jo
21:1-14.
Jesus
está junto ao lago de Genesaré, que também é conhecido como mar da Galiléia (Mt
4:18; Mc 1:16) e mar de Tiberíades (Jo 6:1; 21:1), e a multidão começa a chegar
mais perto. Ele vê alguns pescadores lavando suas redes e entra no barco de
Pedro, pedindo que afastasse um pouco da margem. Assentando-se no barco passa a
ensinar as multidões. Acabando de falar dirige-se a Simão dizendo que ele
deveria jogar as redes para pescar. Pedro responde que havia tentado pegar
algum peixe durante toda a anoite e não conseguira nada, porém, sob a palavra
do Mestre, ele lançaria as redes. Fazendo isso, ele e seus companheiros apanham
tamanha quantidade de peixes que as redes não aguentavam de tanto peso, sendo
necessário dois barcos para recolher a preciosa carga, fruto de um milagre.
Este fato maravilhoso faz com que Pedro reconheça sua
indignidade e seu pecado diante do Filho de Deus e seus companheiros ficam
impressionados. Jesus então o convida a ser pescador de homens e Simão Pedro
passa a segui-lo juntamente com Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus
sócios na pesca.
LIÇÕES QUE O MILAGRE NOS ENSINA
1.
Deixe seus pertences e sua profissão à disposição de
Jesus
Jesus escolheu o barco de Pedro para ser uma espécie
de plataforma onde pudesse ensinar as multidões. Simão não se opôs, ao
contrário disponibilizou sua ferramenta de trabalho, o barco que usava para
pescar, para servir de púlpito para o Mestre.
Aquilo que possuímos, na verdade
não é nosso, vem das mãos de Deus (I Cr 29:10-14). Tudo o que Deus nos dá, os
bens materiais e a nossa profissão, de onde tiramos o sustento para nossa
família, devemos administrar como bons mordomos.
Pense quão útil pode ser na obra do Senhor os seus
conhecimentos profissionais, seus talentos e toda a bagagem de experiência que
você acumulou ao longo de sua vida.
2.
Obedeça e tenha fé, por mais difícil que pareça
Mesmo
tendo tentado pegar peixes a noite toda, Pedro obedece, pois era o Mestre quem
estava falando. Sob a palavra de Jesus nenhuma tarefa é impossível ou demasiada
difícil de realizar e sempre encontra êxito.
3.
Compartilhe a benção
Diante
de resultado tão abundante, Pedro chama seus companheiros para ajudar e,
naturalmente, dividiu o resultado da pesca maravilhosa com eles. Não foi
egoísta, compartilhou a benção.
4.
Convença-se de que é indigno e pecador
Quanto
mais perto de Deus e de sua majestade e santidade, mais indigno e pecador o
homem se enxerga. Pedro percebeu com o milagre o quão pequeno seus pecados o
deixavam, assim como Abraão (Gn 12:27), Jó (42:6) e Isaías (6:5).
5.
Receba a missão que Deus está te dando
Jesus
declara sobre a vida de Pedro um novo propósito, uma nova direção: ser pescador
de homens. Como comparar milhares de peixes com as vidas de homens, mulheres,
jovens e crianças que estão carentes de ouvir a respeito de Jesus? Repare: Pedro
é chamado para o discipulado após a 1ª pesca maravilhosa e após a 2ª pesca
maravilhosa (Jo 21:1-14) ele é chamado ao apostolado.
6.
Dê prioridade às prioridades de Deus. Ele supre as
necessidades (sustento e unção)
Aquele dia foi de decisão não somente para Simão
Pedro, mas também para André, Tiago e João (veja também em Mt 4:18-22; Mc
1:16-20). Deixaram suas redes para seguir a Jesus. Não tiveram preocupação de
abandonar os barcos e as redes, pois já tinham visto que Jesus providencia o
sustento necessário quando assumimos as prioridades do reino. Não precisariam
também se preocupar em como cumprir a missão, pois o Espírito falaria por eles
(Mt 10:19; Lc 12:11,12).
Fontes: Bíblia versão Revista e Atualizada; Bíblia de
Estudo NVI; William MacDonald - Comentário Bíblico Popular; Earl D. Radmacher –
O Novo Comentário Bíblico; Warren Wiersbe – Comentário Bíblico Expositivo
Assinar:
Postagens (Atom)