11 de nov. de 2016

O ANJO DO SENHOR APARECE A AGAR


Disse-lhe ainda o Anjo do Senhor: Você está grávida e terá um filho, e lhe dará o nome de Ismael, porque o Senhor a ouviu em seu sofrimento.  (Gênesis 16:11)
Agar foi serva de Sara, mulher de Abraão. Ela é apresentada na Bíblia em meio a um conflito com sua senhora e uma demonstração de incredulidade e impaciência de Sara e Abraão em relação à sua descendência. Eles tinham a promessa do Senhor (15:1-6), mas julgaram que não seria cumprida. Agar é oferecida por Sara a Abraão como uma solução “quebra galho”, da mesma forma que Abraão pensava em relação a Eliezer, seu servo (Gn 15:2,3).
Agar ficou grávida e começou a desprezar Sara. Essa foi se queixar com Abraão, ele se mostrou indiferente e Agar foi maltratada e fugiu para o deserto (Gn 16:4-6). Ali foi encontrada pelo Anjo do Senhor junto à uma fonte. Esse anjo não era somente um mensageiro de Deus (a palavra “anjo” significa “mensageiro”), mas, ao que tudo indica, uma manifestação do Messias, Jesus, o Filho de Deus. Ele é diferenciado e, ao mesmo tempo, identificado com Deus. Apesar de ser mensageiro, fala como o próprio Deus, na primeira pessoa e faz para ela a mesma promessa feita a Abraão (Gn 16:10). A promessa foi reafirmada (Gn 17:20) e cumprida (Gn 25:13-16). Agar reconhece que Ele é Deus, “aquele que me vê” (v. 13).
A história de Agar nos dá uma série de mensagens importantes para nossa vida. Em primeiro lugar aprendemos que a impaciência nos leva a produzir atalhos que geram consequências amargas. No caso de Sara e Abraão, gerou desprezo, conflito, inveja, indiferença, abandono, fuga, tristeza, solidão. Os nossos atalhos não se comparam aos caminhos perfeitos de Deus.
Também aprendemos que as nossas soluções quebra galho trazem consequências para a vida toda. Ismael, que nasceu da relação de Abraão com Agar, foi pai da nação Árabe e seus descendentes viveram em hostilidade contra seus irmãos (Gn 25:17,18), dando prosseguimento ao conflito entre Sara e Agar.
Mas aprendemos que Deus usa sempre de misericórdia e graça. O anjo do Senhor foi ao encontro de Agar para tirá-la do deserto e a fez voltar à submissão de sua senhora. Ele olhou para Agar, viu a sua aflição e não a deixou só. Ele é o Deus que vê. A fonte onde Agar foi encontrada pelo Anjo do Senhor ficou conhecida como “Beer-Laai-Roi, que significa “poço daquele que vive e me vê”. O filho dela foi chamado pelo nome de “Ismael”, que significa “Deus ouve”. Assim, Deus se manifestou em seu filho à Agar, vendo sua situação e ouvindo seu clamor. Restaurou as relações e deixou promessas de vida e prosperidade.
Jesus veio ao nosso encontro, nos encontrou no deserto, em meio ao pecado e à dor. Ele restaurou a nossa vida e nos cobriu de promessas que se cumprem dia a dia em nossa jornada de Fé.

DEUS, PELA REFORMA, LIBERTOU A IGREJA

Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia. (Hc 3:2)

A Igreja na Idade Média vivia uma crise que a afastava de Deus e a empobrecia espiritualmente. Muita influencia do paganismo, o crescimento do poder do Papa, a falta de assistência ao povo, o afastamento das Escrituras, foram alguns fatores que contribuíram para acorrentar a igreja ao misticismo, ao poder papal, à ignorância.

O esforço dos reformadores buscava uma igreja livre das superstições e misticismo, trazendo-a para perto das Escrituras. Somente o conhecimento da revelação de Deus pode livrar a igreja das crendices e mentiras. Somente pelas Escrituras o pecador enxerga a Verdade e se liberta do medo (Jo 17:17).
Os reformadores buscavam uma libertação da igreja do domínio da instituição e da autoridade do Papa, buscavam uma igreja mais dependente da autoridade de Cristo, que não tivesse medo das autoridades eclesiásticas, mas caminhassem no temor do Senhor. Somente Cristo deveria ser o centro. Somente por meio dele o pecador é salvo.

Buscaram livrar a igreja da tentativa de comprar o perdão de Deus pelas indulgências e penitências. Levaram a igreja para debaixo da graça de Deus, mais dependentes do seu amor e misericórdia e menos confiantes nas indulgências. Somente pela graça, mediante a fé, o pecador é remido do pecado (Ef 2:8).

Buscaram libertar a igreja das boas obras como caminho para a salvação. Levaram a igreja de volta para o caminho da Fé. As boas obras são uma evidência de um crente que já foi salvo e se dedica a servir a Deus e ao próximo. Não servem para conduzi-lo para Deus. Somente pela Fé o pecador recebe a dádiva da Salvação, vinda das mãos de Deus aos seus escolhidos (Rm 3:28).

Buscaram libertar a igreja da idolatria, que roubava a glória de Deus. A devoção aos santos, às relíquias, às imagens desviava o foco daquele que deve receber toda a honra. Os reformadores levaram a igreja a glorificar somente a Deus (Lc 4:8).

A reforma foi um grande avivamento promovido por Deus para libertar a igreja do misticismo, do medo, do poder papal, das indulgências, das boas obras como meio de salvação. A Reforma ensinou que somente as Escrituras revelam a Verdade, somente Cristo é o cabeça da igreja e o salvador, somente pela graça e mediante a Fé o pecador é salvo e somente Deus deve receber a glória.

13 de set. de 2016

É MELHOR QUEIMAR-SE QUE OXIDAR-SE

João 12:20‭-‬26 NVI
Entre os que tinham ido adorar a Deus na festa da Páscoa, estavam alguns gregos. Eles se aproximaram de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, com um pedido: “Senhor, queremos ver Jesus”. Filipe foi dizê-lo a André, e os dois juntos o disseram a Jesus.  Jesus respondeu: “Chegou a hora de ser glorificado o Filho do homem. Digo verdadeiramente que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas, se morrer, dará muito fruto. Aquele que ama a sua vida a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste mundo a conservará para a vida eterna. Quem me serve precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará.

Os judeus buscavam ver os sinais que Jesus realizava (Mateus 12:38). Esses gregos queriam simplesmente ver a Jesus. Pediram a Filipe e esse os levou a André que gostava de apresentar pessoas a Jesus.

Gregos eram pessoas curiosas, estavam sempre em busca da verdade. Esses ouviram falar do Mestre e de como ensinava com autoridade. Muitos hoje ainda buscam curiosamente saber de Cristo, ao encontra-lo são envolvidos por seu amor, impactados pelo evangelho e motivados por um novo propósito para suas vidas.

Jesus os recebe com uma mensagem radical. Ele olha além da cruz, vislumbrando sua glorificação  (Lucas 24:26). Ele porém sabia da necessidade da crucificação.

Ele passa a ensinar aos discípulos a lição da semente que morre para fazer brotar a vida que carrega dentro dela. Estava demonstrando com sua própria missão que os seus seguidores não tem como alvo principal a busca de objetivos egoístas. Um homem torna-se útil para Deus quando enterra suas ambições.

O cristianismo tem avançado aos confins do mundo pela entrega total de homens e mulheres dispostos a queimar suas vidas, como a vela que se consome para iluminar. Christmas Evans, grande evangelista, dizia: "É melhor queimar-se que oxidar-se".

Teremos sempre diante de nós a opção de buscar o nosso conforto ou a conformidade com a imagem de Cristo (Romanos 8:29)

12 de jun. de 2016

O ESPÍRITO SANTO: FÔLEGO DE VIDA


Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.  (João 20:21,22)

Os discípulos estavam vivendo um momento de crise. O seu Mestre, “varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo” (Lc 24:19) havia sido condenado pelos sacerdotes a morte e crucificado. Eles tinham medo de também serem presos e se escondiam a portas fechadas.

Imaginamos o que estaria passando em seus corações. Toda a frustração, o desalento, a tristeza naquela hora. Foi exatamente neste momento de crise, quando se escondiam, que Jesus aparece no meio deles e os saúda dizendo: “Shalom” – Paz seja convosco. Mostra o seu lado e suas mãos, feridos pela lança do soldado e pelos pregos da cruz e depois sopra sobre eles declarando: “recebam o Espírito Santo”. Isto era tudo o que eles precisavam. A Paz vinda da parte de Deus, a certeza de que Jesus mesmo havia ressuscitado e o fôlego do Espírito Santo.

Estando em Paz, renovados com a realidade da ressurreição e o sopro do Espírito Santo, eles recebem a missão do Mestre: “assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Lc 20:23). Jesus precisava deles foram daquela casa, dando continuidade à obra que Ele iniciara, anunciando o Reino de Deus e a salvação oferecida por Deus.

Na realidade, os discípulos seriam plenamente cheios do Espírito no dia de Pentecostes (veja At 2:1-4). Este episódio transformou completamente a vida deles, pois passaram a pregar ousadamente, enfrentaram as autoridades judaicas e a perseguição, espalhando a mensagem do Evangelho em todo lugar.

Em momentos de crise, quando nos sentimos desanimados e sem alento, recebemos do Espírito Santo o fôlego de vida. É Ele quem habita em nós, quem nos ajuda a orar e nos faz lembrar as palavras de Jesus. (Jo 14:17; Rm 8:26; Jo 14:26). 

9 de abr. de 2016

A COMUNHÃO E A MUTUALIDADE CRISTÃ



Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros

Rm 12:5

1-    INTRODUÇÃO

o    A essência da família de Deus é o relacionamento entre irmãos:

“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos” (Sl 133:1)

o    Charles R. Swindoll: “Uma família forte possui seis qualidades principais”:

§  É Comprometida

§  Gasta tempo junto

§  Tem boa comunicação familiar

§  Expressa apreciação um ao outro

§  Tem um compromisso espiritual

§  É capaz de resolver os problemas nas crises

2-    COMUNHÃO CRISTÃ:

§  Comunhão com Deus – tempo para orar, estudar a Bíblia, partir o pão - At 2:42

§  Compartilhar as necessidades materiais - At 4:32

§  Cooperação na obra missionária – Fp 1:5

§  União e unidade nos alvos e propósitos espirituais – At 2:46

3-    A MUTUALIDADE CRISTÃ

§  Mutualidade: o dever que cada crente tem um para com o outro enquanto membro da família de Deus.

§  “O termo mutualidade se refere às expressões recíprocas, ou seja, àquelas frases do NT onde aparecem as palavras uns aos outros. Descrevem situações em que o cristão A faz algo pelo cristão B; e o B, por sua vez, se dispõe a fazer a mesma coisa em favor do irmão A” (Lowel Bailey)

4-    A MUTUALIDADE É O CORAÇÃO DO MINISTÉRIO DA IGREJA:

 

 

 


1-    CONCLUSÃO

1.     O remédio para a crise de comunhão é a prática da mutualidade

2.     Todos envolvidos em servir uns aos outros


3.     Todos participando contentes e eficientes dos ministérios da Igreja


4.     Cada crente praticando seu dom espiritual


5.     A maneira como nos relacionamos irá atrair ou repelir os não crentes