Tomé,
chamado Dídimo, um dos Doze, não estava com os discípulos quando
Jesus apareceu. Os outros discípulos lhe disseram: “Vimos o
Senhor!” Mas ele lhes disse: “Se eu não vir as marcas dos pregos
nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não
puser a minha mão no seu lado, não crerei” (Jo 20:24,25)
Tomé não estava junto com os outros discípulos quando Jesus
apareceu na primeira vez. Perdeu a oportunidade de presenciar quando
o Mestre lhes concedeu a Paz, mostrou as mãos e o seu lado e soprou
sobre eles o Espirito Santo (João 20:19-23). Ele teve que passar
uma semana remoendo sua incredulidade.
Não sabemos onde ele estava quando Jesus apareceu ressuscitado,
sabemos que ele perdeu a benção e e não acreditou que ela tinha
acontecido. Devemos pensar em Tomé quando nos sentimos tentados a
não ir à igreja. Quantas bênçãos, quantas alegrias perdemos
ficando em casa ou nos envolvendo em outros interesses. Muitos
crentes trocam a benção do culto ou da Escola Dominical para tratar
de assuntos da casa ou resolver problemas pessoais. Depois
enfraquecem na fé e sentem dificuldades de passar pela provação.
Não se apercebem da necessidade de estarmos em comunhão, do valor
que Deus coloca na reunião do seu povo. Na comunhão da igreja
enxergamos muito mais do que quando estamos sozinhos.
Tomé tinha disposição para estar com Jesus em qualquer situação
e até morrer com ele (João 11:16). Tinha desejo de saber a verdade
e não se envergonhava de perguntar (Joao 14:5). Seu problema porém
não eram as dúvidas, mas a incredulidade, conforme lhe advertiu o
próprio Jesus (João 20:27). Podemos buscar conhecer mais e nos
aprofundarmos investigando a verdade antes de dizer que cremos, como
fizeram os crentes de Bereia (At 17:11,12). Deus não quer seguidores
bobos que repetem credos como papagaios. Porém, Tomé se recusou
terminantemente a crer e ainda impôs condições.
A paciência e misericórdia de Deus são muito grandes. Ele desce ao
nível onde estamos para nos elevar para onde deveríamos estar.
Jesus concedeu as provas de fé a Tomé, como aconteceu com Gideão
(Juízes 6:36-40), que também queria ver para crer. O Senhor, no
entanto, se alegra mais naquele que crê para ver as maravilhas
divinas.
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