publicado no boletim da IP Ribeira em 20/06/2010
Na maioria das casas das famílias brasileiras encontramos um eletrodoméstico que é considerado por todos como imprescindível. Não estou falando da geladeira ou do fogão e sim da televisão. A TV com o passar do tempo foi se transformando num aparelho onipresente em todos os lares. Não importa se a família é rica ou pobre, se mora em casa nobre o no alto do morro, lá está a famosa televisão passando os mesmos programas e sendo assistida por milhões. Este fato está aguçando cada dia mais a imaginação dos publicitários e produtores da TV. Os publicitários agora descobriram que vende mais se o comercial for feito pelo próprio apresentador do programa. Antigamente o apresentador fazia uma pausa para entrarem os comerciais. Quem não queria assistir podia levantar ir no banheiro ou na cozinha beber uma água. Agora não tem mais tempo para isso. O comercial é rápido e feito dentro do programa, o chamado merchandising. O mesmo acontece nas novelas. A propaganda é misturada na trama. O personagem deixa todos verem qual o produto que ele usa: o refrigerante, o detergente, o sabão em pós etc .
Assim, caminhamos para um tempo maior, colados em frente a TV. Quem não quer perder o programa precisa ficar grudado na telinha recebendo tudo que é despejado, sendo influenciado pelas sugestões de consumo e também de comportamento e opinião. Sim, porque as tramas das novelas, por exemplo, há muito tempo servem para divulgar determinados pontos de vista, tais como amor livre, homossexualismo, adultério sem culpa, sexo antes do casamento e outros.
Hoje já se fala do merchandising social, que é a forma de expor temas importantes para “educar” a população. Assim, assuntos como crianças desaparecidas, menor abandonado, deficientes físicos, o negro na sociedade e outros, são tratados como parte da história contada nas novelas. O problema é que a manipulação acaba acontecendo, como destaca um estudioso de propaganda: “O merchandising social pode ser utilizado para educar a população, mas pode ser um instrumento perigoso de manipulação e controle da sociedade. Seu discurso é persuasivo, levando o telespectador a ter uma opinião ou adquirir um comportamento parcial, provocado por interesses que, muitas vezes, não lhes são próprios”. (Eneus Trindade - MERCHANDISING EM TELENOVELA: A ESTRUTURA DE UM DISCURSO PARA O CONSUMO).
O crente precisa se prevenir diante destas mudanças. Antes de tudo precisamos lembrar que “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (ICo 10:23). Saber separar o que convêm e o que edifica é uma habilidade que ganhamos de Deus através da oração, e, principalmente, pela leitura da bíblia, aprendendo a forma correta de agir. Não podemos permitir que entre em nosso pensamento opiniões que são contrárias àquelas ensinadas pela Palavra. Nossa mente é guardada por Deus e deve ser preservada “Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo” (ICo 2:16)
Nenhum de nós em sã consciência procuraria uma escola onde se aprende a trair o cônjuge, onde se aprende a ser promíscuo ou a passar os outro pra trás. As novelas no entanto são escolas diárias e muitos se assentam na sala de casa com seus filhos pequenos e adolescentes para ficar de olhos e ouvidos bem abertos, recebendo apáticamente o que se despeja em nossas mentes.
Antes de ficar sentado como vítima diante da televisão, ganhe a disposição de regular bem o que você e sua família estão assistindo. Não deixe entrar em sua casa pela TV o que você não gostaria que entrasse na sua mente e dos seus filhos por outros meios.
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