20 de jul. de 2018

OS PROFETAS FALAM HOJE: HABACUQUE


Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?  (Hb 1:1)
Pouco se sabe sobre o profeta Habacuque, senão que profetizou à Judá e que foi contemporâneo de Jeremias, vivendo no tempo do rei Jeoaquim, pouco antes da invasão babilônica (Hb 1:6; 2Rs 24:2). O povo de Deus passava por um período de grande crise espiritual, moral e social. Habacuque atua em seu tempo não somente para trazer respostas, mas para fazer perguntas.
O profeta se queixa com Deus porque a opressão, a iniquidade e a violência estavam crescendo e Deus não estava ouvindo seu clamor e não estava agindo (1:2-4). Na primeira resposta de Deus Ele revela que enviará os babilônicos para castigar a Judá (1:5-11). Habacuque fica ainda mais espantado. Ele não entende como um Deus santo e justo usa uma nação ímpia para castigar uma outra nação mais justa que ela (1:12-2:1). Deus responde agora revelando que Babilônia será castigada e fala sobre todas as maldades daquela nação incrédula (2:2-20). Habacuque então ora para que Deus manifeste, como no passado, sua ira contra o povo que os ataca, fazendo no final uma linda declaração de fé (cap. 3).
O cenário de caos fazia o profeta questionar: “até quando?”. Ele não se conformava com aquela situação. Hoje também vivemos em um tempo de crescimento da violência, de desobediência a lei, vemos a justiça sendo manipulada e a iniquidade por todo lado. Muitos cristãos estão se acomodando, sem questionar a situação. Habacuque era questionador e inconformado (1:2,3,13,14,17). Não podemos nos conformar com esse mundo (Rm 12:1), mas buscar a transformação para experimentar a boa e perfeita vontade de Deus (Rm 12:2).
Habacuque era um intercessor perseverante. Ele não agia sem falar com Deus. Todos os seus questionamentos ele apresentou em oração. Os tempos de crise devem estimular o povo de Deus a orar e jejuar (Ne 1:3,4). É a condição para ver Deus agir (2Cr 7:14).
Habacuque orou e esperou com grande expectativa a resposta do Senhor (2:1). Oramos clamando o socorro e esperamos com confiança (Sl 40:1). Muitos crentes querem respostas imediatas. Se desesperam, agem precipitadamente, tomando atitudes que acabam se arrependendo depois. Precisamos entender que o tempo de Deus nem sempre é o nosso. Mesmo que demore, devemos esperar porque a resposta vem, com certeza (2:3).
Quando confiamos passamos a depender de Deus. Podemos nos alegrar nele, mesmo sem ver o resultado ainda que esperamos (Hb 3:18,19), sabemos que Ele nos dará bom êxito (Ne 2:20), por isso não nos impressionamos com o que está diante dos nossos olhos, mas nos mantemos confiando, aguardando a intervenção divina.
Diante dos momentos de crise não se acomode, questione, não se amolde ao mundo. A intercessão deve ser constante. Orar com mais intensidade é o que de melhor podemos fazer. Esperar com paciência, se alegrando no Senhor, mesmo que ainda não possamos enxergar resultado, nos ajuda a enfrentar o caos.

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