20 de jul. de 2018

OS PROFETAS FALAM HOJE: AGEU


Veio, pois, a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas?  (Ag 1:3,4)

O fundo histórico das profecias de Ageu está em Ed 1-7. Sob o decreto de Ciro os judeus começaram a retornar à sua terra depois dos 70 anos no exílio (Ed 1 e 2). O primeiro grupo foi sob a liderança de Zorobabel, o governador e Josué, o sumo sacerdote. Nesta época foram lançados os alicerces para a reconstrução do templo. Com a interferência dos samaritanos as obras foram interrompidas por meio de decreto e permaneceram paradas por 16 anos, até o reinado de Dario, que publicou decreto permitindo a conclusão da obra. Neste tempo, no entanto, o povo tinha se tornado indiferente e egoísta, ocupados em adornar as suas próprias casas, deixaram a Casa do Senhor de lado. O castigo se abateu sobre eles na forma de seca e esterilidade. Ageu foi usado por Deus para despertar a consciência e estimular o entusiasmo dos seus compatriotas na reconstrução do templo. Ele, junto de Malaquias e Zacarias formam o grupo de profetas pós-exílicos.
Quando o interesse pessoal é colocado na frente da obra do Senhor, a ordem indicada por Jesus (Mt 6:33) é invertida e isso traz consequências negativas. Dando a prioridade certa, Deus acrescenta tudo o que precisamos. Porém, quando nosso interesse pessoal vem em primeiro lugar, os recursos são dissipados, o alimento não alimenta, o salário não é suficiente, a seca se abate sobre tudo (Ed 1:5-11).
Atualmente vemos muita negligência com a oração, com a leitura da Bíblia, o dízimo, o testemunho e a frequência à igreja. Os crentes estão interesseiros, querendo as bênçãos, mas dando muito pouco valor à consagração, ao serviço, à espiritualidade.
A função principal de Ageu era estimular o povo a trabalhar. Ele diz: “Sê forte, trabalhai, não temais” (2:4,5). Alguns deles tinham saudades do antigo templo, mas a voz profética anunciava que a glória do secunda casa seria maior que a primeira (Ag 2:7-9). Hoje encontramos muitas pessoas na igreja desanimadas e sabemos que quem não trabalha dá trabalho. Talvez a maior parte dos esforços e do tempo de pastores e liderança seja para convencer os crentes a fazer a parte deles. Gente desanimada, sem foco, mais envolvida com o trabalho secular, a família, os afazeres pessoais, requerem visitas, aconselhamento, atenção que poderia estar sendo investida naqueles que ainda não se converteram.
O Senhor fala através de Ageu que o povo não estava sozinho. A presença dEle os acompanharia (Ag 1:13; 2:4). Deus nunca pede que façamos a obra sozinhos ou por nossas próprias forças. Ele garantiu a sua companhia a todos os servos que chamou: Moisés (Ex 3:12); Josué (Js 1:5); Gideão (Jz 6:16); Jeremias (Jr 1:8). Jesus, antes de ser elevado às alturas garantiu aos seus discípulos: “estou convosco até a consumação dos séculos” (Mt 28:20). Sabemos que conseguiremos realizar a obra do Senhor porque Ele está conosco sempre.
Se, por um tempo, Deus reteve as bênçãos, pois o povo estava com outros interesses e abandonou a obra do templo, Ele promete abençoa-los com a conclusão das obras (Ag 2:19-23). Quando somos obedientes ao chamado do Senhor e nos dedicamos a realizar o que é prioridade, os resultados são sempre positivos (Dt 28:1-14). Hoje temos muito a fazer, o Evangelho precisa ser anunciado a toda criatura, precisamos nos aprofundar na Palavra, nos dedicarmos à oração e consagração. Todo esforço que fazemos na obra é uma benção, nada será em vão (1Co 15:58).

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