Tornou o SENHOR: Tens compaixão da planta que te não
custou trabalho, a qual não fizeste crescer, que numa noite nasceu e numa noite
pereceu; e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há
mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita
e a mão esquerda, e também muitos animais? (Jn 4:10,11)
O
livro de Jonas leva o nome do profeta que é apresentado como o centro de um a
história de rebeldia por parte dele e de misericórdia da parte de Deus. Jonas
nasceu na cidade de Gate-Hefer, que fica a 7km ao norte de Nazaré. Ele viveu no
período do Rei Jeroboão II (728-753 a.C. – 2 Reis 14:23-25) e recebeu de Deus a
missão de ir pregar arrependimento à cidade de Nínive, capital do grande
império da Assíria (1:1), onde fica hoje o Iraque. Porém, Jonas contraria seu
chamado descendo para o porto de Jope e pegando um navio que ia para Társis,
que ficava na direção oposta. O navio passa por uma grande tempestade que
ameaçava afundá-lo. Os marinheiros encontram Jonas dormindo no fundo do porão
do navio, descobrindo que ele havia desobedecido a Deus. O próprio Jonas pede
aos marinheiros que o joguem ao mar. Eles oram e acabam atendendo o pedido de
Jonas e, então, a tempestade cessa. Eles passam a temer ao Senhor e Jonas é
engolido por um grande peixe.
No
ventre do peixe Jonas faz uma oração pedindo o socorro de Deus. O peixe lança-o
na praia e ele finalmente parte para Nínive para cumprir a sua missão. Chegando
lá percorre a cidade anunciando sua destruição. Os ninivitas se arrependem e um
grande avivamento acontece na cidade.
Quando
termina sua missão, vendo que Deus não destruiria a cidade, Jonas fica
desgostoso, porque odiava os ninivitas e o império Assírio, por causa da sua
muita maldade. O profeta Naum relata que eles tramavam contra o Senhor (Na
1:11), eram cruéis, saqueando seus inimigos na guerra (Na 3:1,19). Havia ali
prostituição e bruxaria (Na 3:4) e exploração comercial (Na 3:16). Aqui
aprendemos que não devemos nos impressionar como o tamanho e a quantidade de
pecados e sim com o resultado do poder de Deus e da sua misericórdia. Essa
lição foi ensinada pelo próprio Deus falando ao profeta no fim do livro
(4:9-11).
Jonas
aprendeu que é impossível fugir da presença de Deus (veja Sl 139:7,9,10). O
Senhor operou soberanamente na vida dele, em grandes e pequenos eventos:
enviando o grande peixe (1:17), quando o peixe o vomitou na praia (2:10),
quando fez crescer uma planta para dar sombra ao profeta (4:6), enviando uma
lagarta (4:7) para destruir a planta e um vento quente (4:8). Tudo que acontece
em nossa vida tem um propósito determinado por Deus para que o conheçamos
melhor.
Jonas
conhecia bem a soberania de Deus (1:9), sua salvação (2:9) e misericórdia (4:2).
Mesmo assim, fugiu porque tinha uma opinião própria e preferiu contrariar a
vontade do Eterno. Podemos saber muito a respeito de Deus e, mesmo assim,
desobedece-lo. Muitos crentes estão nas igrejas declarando as maravilhas do
Senhor e, em suas vidas contrariando o que sabem que Ele requer de nós.
Não
podemos fugir da presença de Deus. Ele está sempre ao nosso redor, movendo
pessoas, fatos e até animais para cumprir seu plano. A misericórdia é sua
característica, levando salvação a quem menos esperamos, demonstrando seu
poder. Ele quer que o conheçamos e vivamos de maneira coerente com o que
sabemos dEle.
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