16 de ago. de 2015

EVIDÊNCIAS DA CONVERSÃO 07 – Alegria de estar na comunhão dos irmãos

(Publicado no boletim da IP Ribeira em 16/08/2015) 

Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!”  (Sl 133:1)
O convertido tem prazer em estar na companhia dos irmãos em Cristo. Ao recebermos a salvação recebemos também uma família, a família da fé, a família de Deus: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus”  (Ef 2:19). Passamos a ser irmãos, pois Deus nos escolheu para sermos seus filhos: “assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1:5).
Uma outra expressão que a Bíblia usa para falar da família de Deus é o “Corpo de Cristo”: “Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros”  (Rm 12:4,5). Assim como no nosso corpo os membros interagem e se ajudam (tente imaginar a mão sem o auxílio do braço e do antebraço), assim também no Corpo de Cristo a ajuda mútua é indispensável, pois é assim que somos suportados e nos mantemos. Não podemos estar separados: “para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam” (1Co 12:25,26). No sofrimento ou na honra estamos juntos, esta é a mensagem que o texto quer nos passar.
Antes de nos convertemos a Igreja não fazia parte do nosso dia a dia, não entendíamos porque os crentes estão sempre na igreja. Hoje, sendo parte do Corpo de Cristo, compreendemos que esta ligação entre nós é essencial. Não é apenas uma afinidade, é uma necessidade, pois a nossa condição de membros uns dos outros nos leva a estarmos juntos.
Assim, a experiência da conversão nos conduz à convivência fraterna e essencial na família de Deus, o Corpo de Cristo, ajudando e sendo ajudado, colaborando e suportando em amor uns aos outros.

14 de ago. de 2015

156 ANOS DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL



(Publicado no boletim da IP Ribeira em 09/08/2015)
 Corria o ano de 1517 e na Europa a Igreja estava corrompida por vários descaminhos. O clero acumulava riquezas, o povo não tinha acesso à Bíblia e havia muita superstição. O perdão de Deus e a entrada no paraíso eram vendidos com as indulgências. Martinho Lutero, um monge agostiniano, se revoltando contra estas coisas, fixou na porta da igreja do castelo de Wittenberg, na Alemanha, suas 95 teses contra as indulgências e a autoridade do Papa. Era o dia 31 de outubro de 1517. Esta data ficou marcada como data de início do movimento reformado, que se aproxima de comemorar 500 anos. Outros movimentos já estavam em curso, buscando mudar a igreja e aproximar a Bíblia das mãos do povo. Lutero acabou sendo excomungado, mas o movimento reformador espalhou-se por toda a Europa. Chegando à Inglaterra, Escócia e Irlanda os reformados estabelecem um sistema de governo representativo liderado pelos presbíteros ou anciãos. João Knox funda na Escócia a primeira igreja presbiteriana em 1560. O presbiterianismo vai chegar aos Estados Unidos, assumindo uma forma diferente, somente em 1705.
Em 1833 nascia em West Hanover, Pensilvania, o menino Ashbel Green Simonton, descendente de escoceses e irlandeses. Crescido, pensou em ser professor ou advogado, mas influenciado por um reavivamento em 1855, fez a profissão de fé e logo depois ingressou no seminário de Princeton. Lá, ouviu um sermão de seu professor, o famoso teólogo Charles Hodge, que  levou Simonton a pensar em ser missionário. Três anos depois estava se candidatando na Junta de Missões da Igreja Presbiteriana para ser missionário no Brasil. Chegou ao Rio de Janeiro com a idade de 26 anos em 12 de Agosto de 1859.
Inicialmente dando assistência nos navios americanos e ingleses ancorados no porto do Rio, Simonton começou os primeiros contatos com os brasileiros, ainda sem saber o português. Em 12 de Janeiro de 1862 foi organizada a 1ª igreja Presbiteriana no Brasil, na Rua do Ouvidor, por Simonton, seu cunhado, Alexander Blackford, o segundo missionário presbiteriano a chegar em nossa terra e o recém chegado missionário Francis J. C. Schneider. Foram batizados os dois primeiros membros, um americano e um português. A nova comunidade mudou de endereço algumas vezes e veio a se fixar finalmente na Rua da Barreira, atual Silva Jardim, no centro do Rio muitos anos depois.
Simonton fundou o primeiro jornal protestante do Brasil, o “Imprensa Evangélica” (1864). Participou no ano seguinte da fundação do primeiro presbitério e em 1867 do primeiro seminário. O primeiro pastor evangélico ordenado no Brasil foi o Rev. José Manoel da Conceição, ex-padre, em 1865. Outras igrejas foram fundadas nesse período: São Paulo, Brotas, Lorena, Borda da Mata e Sorocaba. Simonton faleceu em dezembro 1867, aos 35 anos, vitima da febre amarela.
A Igreja Presbiteriana continuou a crescer. Em 1869 chegam os missionários da Igreja Presbiteriana do Sul dos Estados Unidos (Simonton era do Norte). Eles plantam igrejas em Campinas, Oeste de Minas e Sul de Goiás. Também foram pioneiros no norte e nordeste do Brasil. O Mackenzie College ou Colégio Protestante foi criado em 1891.
Hoje a IPB está presente em todo o Brasil, anunciando o Evangelho do Reino e abençoando vidas através das igrejas que continuam sendo plantadas, as escolas e a Universidade Presbiteriana Mackenzie. Oremos para que novas oportunidades estejam sempre aparecendo e tenhamos em nossas igreja homens e mulheres da fibra e do dinamismo de Simonton e seus companheiros, os primeiros missionários que abriram esta trilha, na qual caminhamos até hoje, 156 anos depois.

EVIDÊNCIAS DA CONVERSÃO 06 – Aversão ao pecado



( Publicado no boletim da IP Ribeira em 02/08/2015)

“Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus” (1Jo 3:9)
Outra evidência imediata da conversão é a aversão pelo pecado. O texto de 1 João nos ensina que aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado. É importante que se esclareça que o filho de Deus, aquele que é uma nova criatura, ainda é um pecador e ainda está sujeito a cair no pecado. Não existe cristão sem pecado (1Jo 1:8). No entanto, o texto acima destaca que esta pessoa não vive na prática do pecado, ou seja, não tem o pecado como algo constante. Isso acontece porque aquele que é nascido de Deus tem nele a “divina semente”. Isto pode significar o Espírito Santo que está agindo no crente e não permite que o pecado habite no mesmo ser. Esta influência da semente de Deus é tão forte que não permite espaço para que o pecado tome conta novamente.
O Apóstolo Paulo relata sua experiência com o pecado que ele afirma que detestava, mas acabava por fazer o que não queria: Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Rm 7:15, 19). Ele diz que esta é a Lei do pecado da qual ele foi liberto por Cristo e que então andava não mais segundo a carne, mas segundo o Espírito (Rm 8:1-4)
Quando pecamos sabemos que temos um advogado que intercede por nós: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo  (1Jo 2:1). O conhecimento desta verdade não pode, em hipótese alguma, levar-nos a acomodação, achando que sempre seremos liberados por nosso advogado divino. Isto não acontece também porque temos um advogado de Deus que age em nosso coração, nos fazendo lembrar do que Jesus nos ensinou: “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito(Jo 14:26). Assim, temos a segurança de obter o perdão de Deus por que um advogado intercede por nós diante dele, Jesus, o nosso intercessor e sabemos que dentro de nós existe um advogado de Deus que intercede por Ele, nos lembrando da maneira certa de fazer as coisas.

26 de jul. de 2015

EVIDENCIAS DA CONVERSÃO 05– Alegria de estar na casa de Deus

(Publicado no boletim da IP Ribeira em 26/07/2015)
Alegrei-me quando me disseram: Vamos a Casa do Senhor” (Sl 122:1)
O verdadeiro convertido tem alegria de frequentar a Casa de Deus, assim como tem prazer na Lei do Senhor (Sl 1:2). Sente-se bem no meio do povo de Deus, louvando, orando e aprendendo mais da Palavra. Não troca esta alegria por outros compromissos, mas prioriza o culto, a Escola Dominical, a reunião de Oração.
A igreja é uma instituição divina, um local preparado por Ele para que o seu povo se reúna para buscá-lo: “também os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos”  (Is 56:7). É um lugar de encontro, de comunhão, de crescimento espiritual, de alegria. O texto nos diz que a Casa de Deus é Casa de Oração. É onde nos unimos intercedendo uns pelos outros.
O convertido sente necessidade de estar em comunhão, junto com aqueles que passaram pela mesma experiência e foram salvos por Jesus Cristo. A comunhão no corpo de Cristo é fundamental para a vida do crente. Cada membro do Corpo de Cristo é importante e contribui individualmente para o crescimento do Corpo (Ef 4:16). Na igreja somos unidos para sustentarmos uns aos outros, praticando o amor e o perdão: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Cl 3:13). Somente através da convivência é que aprendemos a amar e perdoar.
Alguns afirmam que podem buscar a Deus em qualquer lugar, que não precisam da igreja. Estes não aprenderam ainda o valor da comunhão. É na convivência e na ajuda mútua, que obtemos na igreja, que somos fortalecidos e evitamos o pecado: “Pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado”  (Hb 3:13).

Por isso, devemos valorizar a cada dia o convívio na congregação dos santos, não desprezando as reuniões e os cultos, pois virão dias maus, quando precisaremos estar ainda mais fortalecidos e preparados: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hb 10:25).

20 de jul. de 2015

EVIDÊNCIAS DA CONVERSÃO 04 - Testemunho

(Publicado no boletim da IP Ribeira em 19/07/2015)

Além da evidencia no comportamento, além da evidência do prazer de estudar a Bíblia e de orar, o convertido se aplica a dar testemunho de sua conversão.
Jesus ao prometer a vinda do Espírito Santo definiu também que ele concederia poder aos discípulos para testemunhar: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”  (At 1:8). A descida do Espírito Santo estava intimamente ligada à propagação da mensagem do Evangelho. Isso era extremamente necessário naquele momento, quando a Igreja se estabeleceria e construiria os seus alicerces na Palavra, na Oração, na Unidade e no Testemunho (At 2:41-47). Porém hoje é ainda mais necessário, pois a Igreja precisa continuar a mesma missão dada por Jesus. Ela ainda não foi concluída.
A experiência de conversão é marcante e traz regozijo, pois promove vida abundante (Jo 10:10). Esta experiência agradável e significativa nos move a compartilhar. Não é possível guardar para si ou calar a respeito de algo que nos fez tão bem e mudou a nossa vida (At 4:20). Aquilo que vivenciamos diariamente com Deus confirma a escolha que Ele fez e nos impulsiona a compartilhar com outros. Assim, dar testemunho da Salvação para o crente é tão natural como respirar.
Este foi o método escolhido por Deus para fazer o seu Reino crescer e se expandir. Seu objetivo é levar o testemunho a respeito de Jesus até aos confins da Terra. Cada discípulo contribui neste objetivo dando testemunho aos que estão ao seu redor.

Para que o testemunho seja eficaz é necessária vida santificada. Não se dá o testemunho apenas com a pregação da Palavra, mas principalmente com as atitudes, através de uma vida transformada, que não se amolda aos padrões deste século (Rm 12:2). Todas as evidências da conversão que já estudamos, ou seja, a vida transformada, o apego a Palavra de Deus e à oração, contribuem para o testemunho, pois demonstram aquilo que Deus quer fazer na vida dos escolhidos. Nossa vida passa a ser uma carta de Deus ao mundo (2Co 3:3)

EVIDÊNCIAS DA CONVERSÃO 03 - Oração

(Publicado no boletim da IP Ribeira em 12/07/2015)

Aquele que passou da morte para a Vida e nasceu de novo, recebeu de Deus a salvação e teve as vida transformada. Seu comportamento mudou, seu interesse passa ser estudar as Escrituras e ele tem prazer em falar com Deus.
A oração é nossa conversa com Deus. Não é apenas um meio de pedir o que estamos precisando, mas a forma mais eficaz de estar em contato com aquele que mudou a nossa vida. Diariamente necessitamos deste contato, essencial à nossa vida. Quem descobre o prazer da conversa com Deus descobre a essência da comunhão. Esta conversa não se dá necessariamente somente em nossos momentos de devocional, mas pode e deve acontecer ao longo de todo o nosso dia, como uma conexão permanente que mantemos com o sustentador da vida, aquele que com sua providencia nos mantém.
Para uma vida produtiva e eficiente de oração precisamos de algumas atitudes que são essenciais para a vida cristã e mantém a nossa conversa com Deus permanentemente aberta.
As duas primeiras condições estão em 2Cr 7:14: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”. Humildade e arrependimento não podem faltar na vida do convertido. Aquele que teve  o rumo der sua vida modificado por Deus teve como primeira reação o arrependimento e a confissão de pecados. Isto só acontece no coração do contrito, daquele que humildemente, perante a soberania divina, reconhece que seu pecado é motivo de tristeza, é motivo de separação do criador. Assim, ante de orar humildade e confissão.
A segunda condição é a sinceridade e fidelidade: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29:13). Buscar de todo o coração significa crer totalmente e entregar-se totalmente. Um coração dividido, que tem sua devoção repartida, não está completamente disponível para Deus e não vai obter dEle o favor que precisa. O Senhor nos quer por inteiro.
Em terceiro lugar a fé: “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco”  (Mc 11:24). Tudo que pedimos em humildade e confissão, de todo coração, em comunhão com Deus, podemos ter a certeza de que receberemos, mesmo não vendo ainda (Hb 11:1). A fé foi decisiva em muitos milagres que Jesus realizou. Em Nazaré não realizou muitos por causa da falta de fé (Mt 13:58). Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11:6).
Finalmente, a outra condição para o resultado satisfatório de nossas orações, é a obediência e disposição para agradar o Senhor: “E aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável” (1Jo 3:22). Andar longe da vontade de Deus, agindo conforme a nossa própria vontade, é o caminho para não o ouvirmos falar. Quando nos dispomos a guardar a sua Palavra e fazer o que lhe é agradável estaremos no caminho certo para obter êxito nas nossas orações.



EVIDÊNCIAS DA CONVERSÃO 02 - Apego à Palavra de Deus

(publicado no boletim da IP Ribeira em 28/06/2015)
Outra evidência importante da conversão é o apego a Palavra de Deus. Não apenas mais vontade de ler e aprender da Bíblia, mas disposição para obedecer. 

A pessoa que já nasceu de novo, que passou da morte para a vida, tem um comportamento diferente, age de forma diferente de como agia, conforme vimos na pastoral passada. Esta mudança de atitude, de pensamento, na forma de falar, vem da influencia interior do Espírito Santo que conduz o crente por caminhos retos. Mas o Espírito também o conduz ao conhecimento da Palavra e, consequentemente, ao conhecimento da vontade de Deus: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (Jo 16:13,14).

Conhecendo e obedecendo a Palavra o crente evita o pecado: “guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Sl 119:11). Também evita as más companhias, por sentir mais prazer em meditar na Bíblia de dia e de noite (Sl 1:1,2). Obedecendo a Palavra o crente é bem sucedido em tudo o que fizer (Js 1:7,8). O crente obtém perseverança porque pela Palavra toma conhecimento das maravilhas que Deus fez no passado por meio dos seus servos: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta” (Hb 12:1).

A relação que o convertido tem com a Bíblia é, portanto, essencial. Não existe conversão sem a pregação da Palavra: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10:17). Não existe vida convertida sem a Palavra.

30 de jun. de 2015

EVIDÊNCIAS DA CONVERSÃO - 01

(Publicado no boletim da IP Ribeira em 28/06/2015)

E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. (2Co 5:17)

Vamos começar hoje uma série de mensagens e pastorais falando sobre este tema, os sinais, as características, a certeza que podemos ter de que determinada pessoa realmente se converteu, ou seja, é uma nova criatura.
A primeira evidência é a mudança. O texto bíblico nos indica que estar em Cristo significa ser uma nova criatura. Aqui comprovamos o que o Senhor Jesus já havia dito a Nicodemos, sobre a necessidade de nascer de novo (Jo 3:3). Nascer de novo, ser nova criatura, são expressões que nos falam de mudança radical. Assim como o que nos fala o Apóstolo em Ef 2:1,5, nos ensinando que antes estávamos mortos em delitos e pecados e Deus nos deu Vida.
Essa mudança se evidencia no comportamento. A pessoa que nasceu de novo, que estava morto e recebeu a vida de Deus, pensa, age e fala de modo diferente. Todos notam a mudança. É alguém que não sente mais prazer, que não tem mais interesse, que não se pronuncia da mesma forma que no passado. Quem roubava, não rouba mais (Ef 4:28), quem mentia não mente mais (Ef 4:25), quem fazia a vontade da carne, não faz mais (Ef 2:3). Esta mudança é a evidência da obra de regeneração que é feita pelo Espírito Santo. O pecador se arrepende das suas obras do passado e passa a viver diferente por uma motivação interna que é promovida pelo Espírito de Deus.
A palavra conversão vem do grego “metanoia” que significa “mudança de direção”, “mudança de mente”. O convertido mudou de direção, ia para longe de Deus porque estava vivendo no pecado e agora vai na direção contrária, na direção de Deus, chegando cada vez mais perto dEle. Veja o exemplo de mudança de vida no próprio Apóstolo Paulo, que era perseguidor da Igreja e passou a ser perseguido (compare At 8:3 e 2Co 11:24-26).
O ensino da Bíblia é bem claro a esse respeito e temos condições de medir os resultados da ação do Espírito em nossas próprias vidas. Muitas vezes as mudanças acontecem gradualmente, mas acontecem. Em outras pessoas é instantâneo. Não importa o tempo, mas uma coisa é certa, o desejo de estar no mundo, vivendo na prática do pecado estará para sempre no passado.

22 de jun. de 2015

DUAS BATALHAS

    (publicado no boletim da IP Ribeira em 21/06/2015)
    
 
    A segunda batalha acontece em um momento muito diferente. O capítulo sete nos fala que Samuel havia reunido todo o povo e os tinha exortado a abandonar a idolatria e se dedicar totalmente ao Senhor (1Sm 7:3). Eles obedeceram esta palavra e abandonaram os falsos deuses, receberam a oração de Samuel, jejuaram, confessaram os seus pecados e renovaram a aliança com Deus. O resultado é que os filisteus saíram correndo, foram derrotados e nunca mais voltaram enquanto Samuel liderava (1Sm 7:10,13).
    Existem duas formas de enfrentar as batalhas do dia a dia. Uma achando que Deus está conosco, mas ao mesmo tempo manter o pecado e viver uma religiosidade vazia, sem ouvir a voz de Deus, mantendo uma espiritualidade de fachada. Esta atitude não garante nenhuma vitória, ao contrário, é porta aberta para derrotas. A segunda forma é através da oração, do arrependimento e confissão de pecados e renovação da aliança com Deus. Desta forma as portas estão abertas para as vitórias e o Senhor estará batalhando por nós.
O livro nos informa também que Israel vivia um tempo de apostasia. Não se ouvia a voz de Deus e os sacerdotes eram corruptos (1Sm 2:12, 22; 3:1). Vemos que na primeira batalha havia muita animação, tanta que chegou a assustar os filisteus (1 Sm 4:5-7). Israel se animava na batalha porque tinha mandado trazer a arca da aliança para o meio deles e os sacerdotes Hofni e Finéias estavam ali também com a arca (1Sm 4:4). Parecia que tudo iria dar certo: havia animo e pensavam que Deus estava presente, pois a arca e os sacerdotes estavam ali. No entanto, os inimigos se fortaleceram, os israelitas foram derrotados e foi grande a mortandade. A arca foi roubada pelos Filisteus e os sacerdotes foram mortos (1Sm 4:11). O pai deles, o sumo sacerdote Eli, morreu ao receber a notícia (1Sm 4:17,18). A mulher de Finéias estava grávida e deu a luz ao receber a notícia e deu o nome ao menino que nasceu de “Icabode” que significa “não há glória”, porque a arca do Senhor fora tomada.
No tempo de Samuel os Filisteus eram a pedra no sapato que incomodava o povo de Israel. O livro de 1 Samuel registra duas batalhas que o povo de Deus travou contra os Filisteus. Uma está registrada no capítulo 4 e diz que ali eles foram derrotados e morreram primeiro quatro mil homens e depois trinta mil.

11 de abr. de 2015

O DIAGNÓSTICO QUE JESUS FAZ DA IGREJA

Excelente mensagem do Rev. Hernandes Dias Lopes. Qual o diagnóstico que Jesus está fazendo de você?
Apocalipse 1:9-13

7 de fev. de 2015

O LIVRO DE SALMOS


Os nomes “Salmos” e “Saltério” provêm da Septuaginta (tradução grega do AT); a princípio se referiam a instrumentos de cordas (como harpa, lira e alaúde) e posteriormente a cânticos acompanhados por esses instrumentos. O título hebraico tradicional é tehillim “louvores”.
O Saltério é compilação de várias coletâneas e representa a etapa final de um processo que levou séculos. Ganhou sua forma final nas mãos dos funcionários pós-exílicos do templo, que o completaram provavelmente no séc. III a.C. Nessas condições, servia de livro de orações (orações, louvores e instrução religiosa) para o segundo templo (o de Zorobabel e o de Herodes) e para uso nas sinagogas.
O livro é composto de cinco volumes e cada um termina com uma doxologia: Livro 1: 1-41; Livro 2: 42-72; Livro 3: 73-89; Livro 4: 90-106; Livro 5: 107 – 150. (Outros exemplos de “doxologia”: Rm 11:36; Ef 3:21; ITm 1:17)

AUTORES: Em geral são atribuídos a Davi - 73, Asafe - 12, os filhos de Coré - 11, Salomão - 2, Hemã - 1, Etã - 1, Moisés - 1, Ageu - 1, Zacarias - 1, Esdras – 1, os demais são anônimos.

TEMAS
Os salmos são expressões dos mais diversos sentimentos dos autores diante de Deus. Demonstram medo, decepção (inclusive com Deus), alegria, júbilo, arrependimento, confiança etc.
“Os Salmos não são pronunciamentos do alto, apresentados com autoridade apostólica em questões de fé e prática. São orações pessoais em forma de poesia, escrita por uma variedade de pessoas – camponeses, reis, músicos profissionais, amadores [...] O livro de Salmos dá exemplos de pessoas comuns, lutando freneticamente para harmonizar a crença que nutrem a respeito de Deus com o que estão experimentando no dia a dia” (Philip Yancey – A Bíblia que Jesus lia, Ed. Vida)

CARACTERÍSTICAS COMUNS DA POESIA HEBRAICA:
PARALELISMO:

Paralelismo sinônimo (ou sinonímico) – Repetição do mesmo pensamento ou pensamento similar.
Sl 19:1: Os céus proclamam a Glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.
Sl 24:1: Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam.

Paralelismo antitético – As duas linhas apresentam um contraste entre si. A conjunção “mas” nos dá a dica.
Sl 1:6: Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá;
Sl 10:2: Os tesouros da impiedade de nada aproveitam, mas a justiça livra da morte;
Pv 10:1-32

Paralelismo sintético – A segunda linha completa uma ideia que a primeira deixa em aberto. Criam relação de causa e feito.
Sl 1:3: Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo dá o seu fruto e cuja folhagem não murcha;
Sl 19:7,8: A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos.

ACRÓSTICO – Poemas alfabéticos onde cada linha inicia com uma letra diferente do alfabeto hebraico (22 letras). No Salmo 119 cada letra do alfabeto inicia oito linhas sucessivas antes de passar à próxima. Um exemplo clássico é o livro de Lamentações de Jeremias. Cada capítulo possui 22 versos e cada verso inicia com uma letra do alfabeto hebraico na ordem. A exceção é o cap. 3, com 66 versos.

DIFERENÇA DE NUMERAÇÃO ENTRE A BÍBLIA PROTESTANTE E A BÍBLIA CATÓLICA
A Bíblia católica tem origem na Septuaginta (tradução para o grego) Nesta versão alguns salmos foram reunidos e outros divididos. Assim ficou a seguinte diferença:
BÍBLIA PROTESTANTE    BÍBLIA CATÓLICA
Sl 9 e 10                                Sl 9
Sl 114 e 115                          Sl 113
Sl 116                                    Sl 114 e 115
Sl 147                                    Sl 146 e 147

16 de jan. de 2015

A PURIFICAÇÃO DE UM LEPROSO


Mateus 8.2-4; Marcos 1.40-45; Lucas 5.12-16

INTRODUÇÂO
O Cap. 13 de Levítico apresenta várias orientações aos sacerdotes para lidar com doenças de pele que eram classificadas como lepra. Por falta de maior conhecimento, muitas doenças de pele eram vistas como contagiosas e exigiam isolamento, nem todas eram o que conhecemos hoje como hanseníase. O leproso vivia isolado das pessoas, do lado de fora da cidade, era considerado imundo. Tinha as vestes rasgadas, o cabelo desgrenhado e deveria gritar “imundo, imundo” quando alguém se aproximasse para não contaminar as pessoas (Lv 13:45,46).
A Bíblia registra vários casos de lepra, doença comum, assim como a cegueira - Miriam foi atacada de lepra por falar mal de Moisés (Nm 12:1-15); Naamã é curado da lepra através de Eliseu e Geazi fica leproso (II Rs 5); Ainda no tempo de Eliseu, quatro leprosos salvam Samaria (II Rs 7:3-11); O rei Uzias que se exaltou e foi ferido de lepra (IICr 26:16-23); Jesus curou 10 leprosos e somente um, que era samaritano, retornou para agradecer (Lc 17:11-19);
Durante muitos anos a lepra foi um grande problema de saúde pública. Havia hospitais que serviam para tratar exclusivamente os pacientes deste mal, eram chamados leprosários. Hoje não é mais utilizado este termo, que acabou estigmatizando muitas pessoas. A doença é conhecida como hanseníase, provocada por uma bactéria (Mycobacterium leprae) que foi identificada em 1873 pelo cientista norueguês Armauer Hansen. A bactéria ataca a pele e nervos periféricos, é transmitida pelas vias aéreas (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro). Em estágios avançados pode provocar a perda dos dedos das mãos e outras partes do corpo.
Hoje existe tratamento e a hanseníase pode ser curada. É importante que o paciente procure tratamento logo que verificar alguma mancha na pele.

LIÇÕES QUE O MILAGRE NOS ENSINA
1.    A lepra é usada por Isaías como imagem do pecado (Is 1:4-6). Assim como a lepra, o pecado: a) começa leve e, com o tempo, se alastra profundamente; b) Não pode ser tratado superficialmente (Jr 6:14); c) na medida que se espalha também contamina outros; d) Assim como as roupas dos leprosos eram queimadas (Lv 13:52) tudo que procede do pecado não serve para nada, deve ser eliminado.
 

2.    A Fé em Jesus fez o leproso quebrar o isolamento e se prostrar aos pés de Jesus. O Mestre toca no doente, ficando cerimonialmente impuro, ilustrando o que fez por nós, fazendo-se pecado para que fossemos purificados (II Co 5:21; I Pe 2:24).
 

3.    “Se quiseres, podes purificar-me...” – A frase demonstra a Fé, mas também a dependência do querer de Deus (Dn 3:17,18)
 

4.    “Quero” – Jesus declara sua vontade e determina o tempo que o leproso seria curado.
 

5.    A cura não eximia o homem de sua responsabilidade perante a lei. Ele deveria viajar até Jerusalém para oferecer os sacrifícios e todo o ritual requerido (Lv 14:4-32)
 

6.    “Olha, não digas a ninguém...” – Além de não desejar publicidade naquele momento, Jesus esperava que o homem fosse declarado purificado pelo sacerdote, antes de mostrar-se às outras pessoas.

CURA DA MÃO RESSEQUIDA

Mateus 12.9-13; Lucas 6.6-10
Marcos 3.1-5
1 De novo, entrou Jesus na sinagoga e estava ali um homem que tinha ressequida uma das mãos.
2 E estavam observando a Jesus para ver se o curaria em dia de sábado, a fim de o acusarem.
3 E disse Jesus ao homem da mão ressequida: Vem para o meio!
4 Então, lhes perguntou: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio.
5 Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada.
6 Retirando-se os fariseus, conspiravam logo com os herodianos, contra ele, em como lhe tirariam a vida.

INTRODUÇÃO
Jesus x Fariseus
Marcos apresenta cinco histórias de conflito de Jesus com os fariseus e demais líderes judeus em 2:1 – 3:6 e mais cinco histórias em 11:27 – 12:40. Nesta primeira coletânea:
1-    Na cura do paralítico levado por quatro homens Jesus demonstra seu poder para perdoar pecados (2:1-12);

2-    Ao comer na casa de Levi, um publicano, (2:15-17) defende sua missão: “Não vim chamar justos, e sim pecadores” (2:17);

3-    Seus discípulos não jejuavam como os de João Batista e os fariseus. Ele argumenta que seu tempo de ministério é de alegria, como de uma festa de casamento, o jejum está fora de cogitação (2:18-22);

4-    Os fariseus criticam o fato dos discípulos de Jesus terem colhido espigas no sábado para comer. Jesus usa o exemplo de Davi para ensinar que “o sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado” (2:23-18)

5-    Mais uma crítica dos fariseus por causa do sábado. Agora Jesus cura um homem com a mão ressequida dentro da sinagoga no sábado. Jesus argumenta perguntando: é licito fazer o bem ou fazer o mal no sábado? (3:1-6)

O Milagre e a intenção má nos corações
Aqui os fariseus estavam aguardando mais um milagre, não para glorificar a Deus, mas para acusar a Jesus. Ao sair da sinagoga já planejavam junto com os herodianos tirar a vida de Jesus.
O Mestre percebe a intenção dos fariseus e chama o homem para o meio. Primeiro chama a atenção de todos com uma pergunta desafiadora para seus críticos. Através do milagre ensina uma lição: O sábado foi feito opor causa do homem e não o homem por causa do sábado. Melhor é fazer o bem e salvar vidas no sábado. Os fariseus alimentavam ódio e planejavam a morte no dia de sábado.
O coração duro dos fariseus deixa Jesus indignado. Ele realiza o milagre e restitui o homem a uma vida produtiva, podendo agora usar suas mãos para trabalhar, afagar sua esposa e filhos, alimentar-se etc.
O homem foi curado de sua mão ressequida, mas os fariseus insistiam em manter o coração ressequido.

LIÇÕES QUE O MILAGRE NOS ENSINA
1-    Jesus entra na sinagoga para ensinar e encontra uma necessidade ainda mais urgente. Da outra vez que entrou na sinagoga encontrou um homem endemoniado e o libertou (Mc 1:21-28);

2-    Os fariseus não entraram na sinagoga para aprender, mas para acusar, para criticar e descobrir uma falha em Jesus;

3-    Jesus chama o homem para o meio para ser visto por todos. Seu ensino foi proclamado, o milagre foi realizado à vista de todos. Os milagres devem apontar para a Palavra e para a glória de Deus;

4-    Não há nada que deixa o Senhor mais indignado do que um coração duro e cheio de incredulidade;

5-    O ódio e rancor podem levar inimigos a se unirem contra um inimigo comum.

RESSURREIÇÃO DO FILHO DA VIÚVA DA CIDADE DE NAIM

Lucas 7:11-15
Em dia subseqüente, dirigia-se Jesus a uma cidade chamada Naim, e iam com ele os seus discípulos e numerosa multidão.
Como se aproximasse da porta da cidade, eis que saía o enterro do filho único de uma viúva; e grande multidão da cidade ia com ela.
Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores!
Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o conduziam, disse: Jovem, eu te mando: levanta-te!
Sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe.

INTRODUÇÃO
Após curar o servo do centurião em Cafarnaum, parte rumo a Naim, cerca de 40 km, pelo menos um dia de viagem. Chegou ao final do dia, justo na hora em que os judeus costumavam enterrar seus mortos.
No meio da multidão Jesus vê a mãe angustiada e se compadece dela. Ele lhe diz: “não chores”, antecipando o motivo de alegria. Seus temores de ficar só e desamparada foram sessados. Àquela viúva Jesus dizia “não temas” (Marcos 5:36; Lucas 1:13,30; 5:8; 8:50; Atos 18:9; 27:24; Apocalipse 1:17; 2:10)
Jesus tocou o esquife, uma espécie de maca ou caixão aberto feito de junco. Pela Lei seria considerado impuro, mas levou a culpa para dar vida.
O moço deu dois sinais de vida: sentou e falou. Detalhes registrados pelo médico Lucas, para que ficasse evidente o milagre.
No mesmo capítulo Jesus atende com compaixão quatro pessoas com dramas diferentes:
1.    Cura um servo à beira da morte (vs. 1-10)
2.    Ressuscita o filho único de uma viúva (vs. 11-17)
3.    Dissipa as dúvidas de um profeta perplexo (vs. 18-23)
4.    Perdoa uma pecadora arrependida (vs. 36-50)

Casos de ressurreição no AT:
1.    Elias e o filho da viúva de Sarepta (I Rs 17:17-24)
2.    Eliseu e o filho da sunamita (II Rs 4:17-22; 32-37) Obs. Naim ficava a 5km de Suném, cidade da sunamita

Três pessoas a quem Jesus ressuscitou (a cada uma Ele chama para a vida):
1.    Filho de viúva de Naim: Lc 7:11-15
2.    A filha de Jairo: Lc 8:40-50
3.    Lázaro: Jo 11:38-44

Três filhos únicos abençoados por Jesus em Lucas:
1.    Filho da viúva de Naim (7:11-15)
2.    Filha de Jairo (8:40-50)
3.    Filho endemoniado (9:38-43)

LIÇÕES QUE O MILAGRE NOS ENSINA
1.    O encontro de duas multidões: os discípulos de Jesus que se alegravam com seus milagres e seus ensinos e os parentes e amigos da viúva que pranteavam o que havia partido. Aqueles caminhavam para a cidade (Hb 11:10; 13-16; 12:22) estes para o cemitério, lugar de morte (Jo 3:36; Ef 2:1-3). Quem crê em Jesus passa da morte para a vida (Jo 5:24; Ef 2:4-10);
2.    O encontro de dois filhos únicos: Um estava vivo, destinado a morrer, o outro estava morto, mas destinado a viver;
3.    O encontro entre dois inimigos: Jesus enfrentou a morte, “o último inimigo” (I Co 15:26; Hb 2:14,15).

JESUS ACALMA A TESPESTADE

Mateus 8.18,23-27; Marcos 4.35-41; Lucas 8.22-25
Mc 4:35-41:
Naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes Jesus: Passemos para a outra margem.
E eles, despedindo a multidão, o levaram assim como estava, no barco; e outros barcos o seguiam.
Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água.
E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos?
E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança.
Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé?
E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?

INTRODUÇÃO
O Mar da Galiléia, também conhecido como lago de Tiberíades, tem cerca de 21 km de comprimento por 12 km de largura, fica a 200m abaixo do nível do mar. Recebe águas vindas do monte Hermon e está cercado de outros montes. É comum acontecerem ali tempestades repentinas, fruto do choque dos ventos frios vindos das montanhas com o ar quente da superfície do lago.
A tempestade assusta e traz medo até mesmo aos pescadores mais experientes. Uma travessia rotineira pode transforma-se num grande desafio de fé. Eles enfrentariam outra tempestade, quando Jesus vai ao encontro deles andando sobre as águas (Mt 14:22-33; Mc 6:45-51; Jo 6:15-21)
Marcos e Lucas situam o episódio após o ensino de Jesus através de várias parábolas (Mc 4:1-34, Lc 8:4-21). Ao que tudo indica, os discípulos não fortaleceram sua fé com o ensino de Jesus. Mateus no mesmo capítulo (8:5-13) descreve o milagre da cura do servo do centurião, exemplo de um homem de grande fé.
Jesus dá provas de sua natureza terrena, estando sujeito à exaustão de um dia inteiro ensinando e curando a muitas pessoas.
Marcos registra outras censuras de Jesus aos seus discípulos: 4.13,40; 7.18; 8.17s,21,33; 9.19. Todas apontam as suas dúvidas quanto ao senhorio de Cristo.

LIÇÕES QUE O MILAGRE NOS ENSINA
1.    As tempestades não aparecem somente quando desobedecemos a Deus. Jonas enfrentou uma tempestade em sua desobediência para que pudesse voltar para Deus (Jn 1:4-17). Os discípulos enfrentaram a tempestade tendo o Filho de Deus no barco, participando do seu ministério.

2.    O maior perigo não era o vento e nem as ondas, mas a incredulidade do coração dos discípulos. O nosso maior problema muitas vezes está dentro de nós mesmos. Jesus lhes repreendeu a pequena fé, pois eles já tinham visto tantos milagres, mas ainda não acreditavam. O medo decorrente da incredulidade os fez questionar se Jesus, de fato, se importava. Portanto, tome cuidado com o “perverso coração de incredulidade” (Hb 3:12);

3.    Os discípulos tinham pelo menos três bons motivos para não terem medo, apesar da situação tão ameaçadora:
a.    Tinham a promessa de Jesus de chegarem ao outro lado (Mc 4:35). Não prometeu uma viagem fácil e sim que chegariam ao outro lado;
b.    Jesus estava com eles. Poderiam ter certeza que o Mestre saberia lidar com aquela situação. Como diz a letra de um cântico: “com Cristo no barco tudo vai muito bem”;
c.    Mesmo no meio da tempestade Jesus estava absolutamente tranquilo. Deveriam seguir seu exemplo. Jesus fazia a vontade do Pai e sabia que Deus estava cuidando dele. “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro” (Sl 4:8). Jonas, no entanto, dormiu durante a tempestade com uma falsa sensação de segurança: dormia o sono dos descuidados