25 de jan. de 2017

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 6º Mandamento

Êxodo 20:13 NVI
Não matarás."

A vida é um presente de Deus, somente Ele pode criar. Ele sabe o momento certo que cada um deve nascer. Assim também sabe o momento certo que partiremos. Somente Ele tem o direito de retirar a vida que Ele deu. As razões e o momento estão guardados em sua sábia e soberana vontade. Atacar a vida humana é atacar o próprio Deus, pois Ele nos criou à sua imagem e semelhança  (Gênesis 1:26,27).

A consideração e o cuidado que devemos ter com a existência do outro é tamanha, que o Mestre nos ensinou que a nossa ira contra alguém ou mesmo um insulto, está sujeito a julgamento tanto quanto tirar a vida (Mateus 5:21,22)

Resgatar vidas é a nossa missão. Buscar o pecador, como fez Jesus (Lucas 19:10). Salvar com a mensagem do Evangelho, dar o alimento e a água que sustenta e mantém alguém vivo, proteger o que está em risco de morrer. Para essas coisas Deus nos resgatou, pois estávamos condenados à morte eterna e Ele nos deu Vida Eterna.

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 5º Mandamento

Êxodo 20:12 NVI
“Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor , o teu Deus, te dá"

Aqui iniciam os mandamentos que se referem às relações com os outros, após a sessão dos que se referem à nossa relação com Deus. Essa parte começa com um mandamento ligado às relações familiares.

Deus sabe que a família estando harmonizada, tendo sua estrutura preservada, tudo mais ao redor caminha bem. As primeiras pessoas que aprendemos a nos relacionar são os nossos pais.

Honrar o pai e a mãe é sinal de gratidão, significa cuidar, estimar, demonstrar respeito. O povo foi ensinado também a ficar de pé diante do mais velho, honrando o ancião  (Levitico 19:32). Diante de uma sociedade competitiva e desumanizada como a nossa, isso parece não ter nenhum valor.

Desde a revolução industrial, o mais importante é a capacidade de produzir. Assim, a juventude e vitalidade são supervalorizados. A beleza é ditada por futeis padrões e o que exibe suas rugas, sinal de sua experiência de vida, já não tem lugar.

O apóstolo Paulo acrescenta que honrar os pais é obedece-los (Efésios 6:1), destacando que esse é o primeiro mandamento com promessa.

Esse mandamento é uma adaptação dos dois primeiros. A autoridade paterna ensina a criança e o jovem a reconhecer a autoridade de Deus. Quem aprende a honrar os pais, saberá honrar a Deus.

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 4º Mandamento

Êxodo 20:8‭-‬11 NVI
“Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo. Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos, mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor , o teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teus filhos ou filhas, nem teus servos ou servas, nem teus animais, nem os estrangeiros que morarem em tuas cidades. Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou.

O sétimo dia foi santificado pelo Senhor. Separado como dia especial, dedicado ao descanso, dia em que sessavam todas as atividades, tendo exemplo no criador, que depois de concluir a criação, descansou no sétimo dia.

Moisés acrescentou outro significado ao sábado, para que o povo trouxesse sempre à memória o livramento do Egito (Deuteronômio 5:15).

Mais tarde, os escribas e fariseus acrescentaram trinta e nove proibições relacionadas ao sábado, tornando o sétimo dia um fardo. Jesus os criticou, ensinando que o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado  (Marcos 2:27).

A igreja primitiva passou a se reunir no domingo para honrar a ressurreição de Jesus Cristo (João 20:19; Atos 20:7). Desde desse momento os cristãos passaram a separar o domingo como seu dia de culto.

O sábado foi estabelecido como referencial a ser observado para bem estar  do povo, seus servos e seus animais e como memorial da libertação da escravidão.

O cristianismo adotou o domingo como seu dia de descanso e de adoração. Dia separado para celebrarmos a vitória de Cristo sobre a morte, dia de celebrar nossa libertação da escravidão ao pecado alcançada na cruz por nosso Salvador.

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 3º Mandamento

Êxodo 20:7 NVI
Não tomarás em vão o nome do Senhor , o teu Deus, pois o Senhor não deixará impune quem tomar o seu nome em vão".

O nome de uma pessoa é um patrimônio inestimável. Representa seu caráter e reputação. O nome do Senhor é maior do que todos e deve ser honrado e exaltado.

Quando oramos a oração que Jesus nos ensinou, a primeira coisa que pedimos é: "santificado seja o teu nome" (Mateus 6:9). Esta é uma súplica que envolve um compromisso da nossa parte, de honrar o nome do Senhor, não o envergonhando com nosso fútil procedimento, com palavras inadequadas ou a indiferença. Se nos declaramos seus adoradores e exaltamos seu nome em cânticos e orações, como podemos desonra-lo com nossos pecados?

Também quando nos comprometemos fazendo votos de fidelidade e não perseveramos, sendo inconstantes e volúveis em nossos deveres, estamos tomando o nome do Senhor em vão.

O filho de Deus tem orgulho do nome do seu pai, honrando-o em sua vida diária, mantendo a sua fidelidade e perseverança,  por respeito e consideração ao santo nome daquele que nos guia e protege e nos resgatou da perdição.

MEDITAÇÕES NOS DEZ MANDAMENTOS - 1º e 2º Mandamento

Êxodo 20:1‭-‬6 NVI
E Deus falou todas estas palavras:  “Eu sou o Senhor , o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão.  “Não terás outros deuses além de mim.  “Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor , o teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e obedecem aos meus mandamentos.

A expressão "o Senhor teu Deus" aparece cinco vezes na promulgação dos dez mandamentos, lembrando ao povo a aliança que fizeram com o Senhor e fazendo-os viver em fidelidade, reconhecendo em gratidão o quanto Ele fez com seu poder por eles.

Não existe a possibilidade de Deus dividir seu trono com outra divindade. Se Ele é eterno e todo poderoso, é também único.

O ídolo pode ser de pedra, de madeira ou metal, representando uma divindade, pessoa ou animal. Porém, estamos sujeitos a transformar em ídolo tudo aquilo ao qual dedicamos tempo e energia. Tudo pelo qual fazemos sacrifícios, amando e servindo. Os homens e mulheres se cercam de ídolos o tempo todo, servindo ao dinheiro, ao status, carreira, trabalho, bens materiais ou outras pessoas (pais, filhos, conjuge, namorado(a)). Sempre que uma dessas ou outras coisas ou pessoas assumem domínio sobre nossas vidas, nossa fidelidade a Deus se vê ameaçada. Se o amamos e temos com Ele uma aliança,  Ele sempre ocupará o trono do nosso coração.

11 de nov. de 2016

O ANJO DO SENHOR APARECE A AGAR


Disse-lhe ainda o Anjo do Senhor: Você está grávida e terá um filho, e lhe dará o nome de Ismael, porque o Senhor a ouviu em seu sofrimento.  (Gênesis 16:11)
Agar foi serva de Sara, mulher de Abraão. Ela é apresentada na Bíblia em meio a um conflito com sua senhora e uma demonstração de incredulidade e impaciência de Sara e Abraão em relação à sua descendência. Eles tinham a promessa do Senhor (15:1-6), mas julgaram que não seria cumprida. Agar é oferecida por Sara a Abraão como uma solução “quebra galho”, da mesma forma que Abraão pensava em relação a Eliezer, seu servo (Gn 15:2,3).
Agar ficou grávida e começou a desprezar Sara. Essa foi se queixar com Abraão, ele se mostrou indiferente e Agar foi maltratada e fugiu para o deserto (Gn 16:4-6). Ali foi encontrada pelo Anjo do Senhor junto à uma fonte. Esse anjo não era somente um mensageiro de Deus (a palavra “anjo” significa “mensageiro”), mas, ao que tudo indica, uma manifestação do Messias, Jesus, o Filho de Deus. Ele é diferenciado e, ao mesmo tempo, identificado com Deus. Apesar de ser mensageiro, fala como o próprio Deus, na primeira pessoa e faz para ela a mesma promessa feita a Abraão (Gn 16:10). A promessa foi reafirmada (Gn 17:20) e cumprida (Gn 25:13-16). Agar reconhece que Ele é Deus, “aquele que me vê” (v. 13).
A história de Agar nos dá uma série de mensagens importantes para nossa vida. Em primeiro lugar aprendemos que a impaciência nos leva a produzir atalhos que geram consequências amargas. No caso de Sara e Abraão, gerou desprezo, conflito, inveja, indiferença, abandono, fuga, tristeza, solidão. Os nossos atalhos não se comparam aos caminhos perfeitos de Deus.
Também aprendemos que as nossas soluções quebra galho trazem consequências para a vida toda. Ismael, que nasceu da relação de Abraão com Agar, foi pai da nação Árabe e seus descendentes viveram em hostilidade contra seus irmãos (Gn 25:17,18), dando prosseguimento ao conflito entre Sara e Agar.
Mas aprendemos que Deus usa sempre de misericórdia e graça. O anjo do Senhor foi ao encontro de Agar para tirá-la do deserto e a fez voltar à submissão de sua senhora. Ele olhou para Agar, viu a sua aflição e não a deixou só. Ele é o Deus que vê. A fonte onde Agar foi encontrada pelo Anjo do Senhor ficou conhecida como “Beer-Laai-Roi, que significa “poço daquele que vive e me vê”. O filho dela foi chamado pelo nome de “Ismael”, que significa “Deus ouve”. Assim, Deus se manifestou em seu filho à Agar, vendo sua situação e ouvindo seu clamor. Restaurou as relações e deixou promessas de vida e prosperidade.
Jesus veio ao nosso encontro, nos encontrou no deserto, em meio ao pecado e à dor. Ele restaurou a nossa vida e nos cobriu de promessas que se cumprem dia a dia em nossa jornada de Fé.

DEUS, PELA REFORMA, LIBERTOU A IGREJA

Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia. (Hc 3:2)

A Igreja na Idade Média vivia uma crise que a afastava de Deus e a empobrecia espiritualmente. Muita influencia do paganismo, o crescimento do poder do Papa, a falta de assistência ao povo, o afastamento das Escrituras, foram alguns fatores que contribuíram para acorrentar a igreja ao misticismo, ao poder papal, à ignorância.

O esforço dos reformadores buscava uma igreja livre das superstições e misticismo, trazendo-a para perto das Escrituras. Somente o conhecimento da revelação de Deus pode livrar a igreja das crendices e mentiras. Somente pelas Escrituras o pecador enxerga a Verdade e se liberta do medo (Jo 17:17).
Os reformadores buscavam uma libertação da igreja do domínio da instituição e da autoridade do Papa, buscavam uma igreja mais dependente da autoridade de Cristo, que não tivesse medo das autoridades eclesiásticas, mas caminhassem no temor do Senhor. Somente Cristo deveria ser o centro. Somente por meio dele o pecador é salvo.

Buscaram livrar a igreja da tentativa de comprar o perdão de Deus pelas indulgências e penitências. Levaram a igreja para debaixo da graça de Deus, mais dependentes do seu amor e misericórdia e menos confiantes nas indulgências. Somente pela graça, mediante a fé, o pecador é remido do pecado (Ef 2:8).

Buscaram libertar a igreja das boas obras como caminho para a salvação. Levaram a igreja de volta para o caminho da Fé. As boas obras são uma evidência de um crente que já foi salvo e se dedica a servir a Deus e ao próximo. Não servem para conduzi-lo para Deus. Somente pela Fé o pecador recebe a dádiva da Salvação, vinda das mãos de Deus aos seus escolhidos (Rm 3:28).

Buscaram libertar a igreja da idolatria, que roubava a glória de Deus. A devoção aos santos, às relíquias, às imagens desviava o foco daquele que deve receber toda a honra. Os reformadores levaram a igreja a glorificar somente a Deus (Lc 4:8).

A reforma foi um grande avivamento promovido por Deus para libertar a igreja do misticismo, do medo, do poder papal, das indulgências, das boas obras como meio de salvação. A Reforma ensinou que somente as Escrituras revelam a Verdade, somente Cristo é o cabeça da igreja e o salvador, somente pela graça e mediante a Fé o pecador é salvo e somente Deus deve receber a glória.