Seja Bem-vindo ao meu blog. Você pode copiar os meus textos só não esqueça de citar a fonte e o autor. O conhecimento e a experiência devem trabalhar conjuntamente para nos levar de forma segura à sabedoria. REV. TIAGO SILVEIRA
16 de jan. de 2015
A PURIFICAÇÃO DE UM LEPROSO
Mateus 8.2-4; Marcos 1.40-45; Lucas 5.12-16
INTRODUÇÂO
O Cap. 13 de Levítico apresenta várias orientações aos sacerdotes para lidar com doenças de pele que eram classificadas como lepra. Por falta de maior conhecimento, muitas doenças de pele eram vistas como contagiosas e exigiam isolamento, nem todas eram o que conhecemos hoje como hanseníase. O leproso vivia isolado das pessoas, do lado de fora da cidade, era considerado imundo. Tinha as vestes rasgadas, o cabelo desgrenhado e deveria gritar “imundo, imundo” quando alguém se aproximasse para não contaminar as pessoas (Lv 13:45,46).
A Bíblia registra vários casos de lepra, doença comum, assim como a cegueira - Miriam foi atacada de lepra por falar mal de Moisés (Nm 12:1-15); Naamã é curado da lepra através de Eliseu e Geazi fica leproso (II Rs 5); Ainda no tempo de Eliseu, quatro leprosos salvam Samaria (II Rs 7:3-11); O rei Uzias que se exaltou e foi ferido de lepra (IICr 26:16-23); Jesus curou 10 leprosos e somente um, que era samaritano, retornou para agradecer (Lc 17:11-19);
Durante muitos anos a lepra foi um grande problema de saúde pública. Havia hospitais que serviam para tratar exclusivamente os pacientes deste mal, eram chamados leprosários. Hoje não é mais utilizado este termo, que acabou estigmatizando muitas pessoas. A doença é conhecida como hanseníase, provocada por uma bactéria (Mycobacterium leprae) que foi identificada em 1873 pelo cientista norueguês Armauer Hansen. A bactéria ataca a pele e nervos periféricos, é transmitida pelas vias aéreas (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro). Em estágios avançados pode provocar a perda dos dedos das mãos e outras partes do corpo.
Hoje existe tratamento e a hanseníase pode ser curada. É importante que o paciente procure tratamento logo que verificar alguma mancha na pele.
LIÇÕES QUE O MILAGRE NOS ENSINA
1. A lepra é usada por Isaías como imagem do pecado (Is 1:4-6). Assim como a lepra, o pecado: a) começa leve e, com o tempo, se alastra profundamente; b) Não pode ser tratado superficialmente (Jr 6:14); c) na medida que se espalha também contamina outros; d) Assim como as roupas dos leprosos eram queimadas (Lv 13:52) tudo que procede do pecado não serve para nada, deve ser eliminado.
2. A Fé em Jesus fez o leproso quebrar o isolamento e se prostrar aos pés de Jesus. O Mestre toca no doente, ficando cerimonialmente impuro, ilustrando o que fez por nós, fazendo-se pecado para que fossemos purificados (II Co 5:21; I Pe 2:24).
3. “Se quiseres, podes purificar-me...” – A frase demonstra a Fé, mas também a dependência do querer de Deus (Dn 3:17,18)
4. “Quero” – Jesus declara sua vontade e determina o tempo que o leproso seria curado.
5. A cura não eximia o homem de sua responsabilidade perante a lei. Ele deveria viajar até Jerusalém para oferecer os sacrifícios e todo o ritual requerido (Lv 14:4-32)
6. “Olha, não digas a ninguém...” – Além de não desejar publicidade naquele momento, Jesus esperava que o homem fosse declarado purificado pelo sacerdote, antes de mostrar-se às outras pessoas.
CURA DA MÃO RESSEQUIDA
Mateus 12.9-13; Lucas 6.6-10
Marcos 3.1-5
1 De novo, entrou Jesus na sinagoga e estava ali um homem que tinha ressequida uma das mãos.
2 E estavam observando a Jesus para ver se o curaria em dia de sábado, a fim de o acusarem.
3 E disse Jesus ao homem da mão ressequida: Vem para o meio!
4 Então, lhes perguntou: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio.
5 Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada.
6 Retirando-se os fariseus, conspiravam logo com os herodianos, contra ele, em como lhe tirariam a vida.
INTRODUÇÃO
Jesus x Fariseus
Marcos apresenta cinco histórias de conflito de Jesus com os fariseus e demais líderes judeus em 2:1 – 3:6 e mais cinco histórias em 11:27 – 12:40. Nesta primeira coletânea:
1- Na cura do paralítico levado por quatro homens Jesus demonstra seu poder para perdoar pecados (2:1-12);
2- Ao comer na casa de Levi, um publicano, (2:15-17) defende sua missão: “Não vim chamar justos, e sim pecadores” (2:17);
3- Seus discípulos não jejuavam como os de João Batista e os fariseus. Ele argumenta que seu tempo de ministério é de alegria, como de uma festa de casamento, o jejum está fora de cogitação (2:18-22);
4- Os fariseus criticam o fato dos discípulos de Jesus terem colhido espigas no sábado para comer. Jesus usa o exemplo de Davi para ensinar que “o sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado” (2:23-18)
5- Mais uma crítica dos fariseus por causa do sábado. Agora Jesus cura um homem com a mão ressequida dentro da sinagoga no sábado. Jesus argumenta perguntando: é licito fazer o bem ou fazer o mal no sábado? (3:1-6)
O Milagre e a intenção má nos corações
Aqui os fariseus estavam aguardando mais um milagre, não para glorificar a Deus, mas para acusar a Jesus. Ao sair da sinagoga já planejavam junto com os herodianos tirar a vida de Jesus.
O Mestre percebe a intenção dos fariseus e chama o homem para o meio. Primeiro chama a atenção de todos com uma pergunta desafiadora para seus críticos. Através do milagre ensina uma lição: O sábado foi feito opor causa do homem e não o homem por causa do sábado. Melhor é fazer o bem e salvar vidas no sábado. Os fariseus alimentavam ódio e planejavam a morte no dia de sábado.
O coração duro dos fariseus deixa Jesus indignado. Ele realiza o milagre e restitui o homem a uma vida produtiva, podendo agora usar suas mãos para trabalhar, afagar sua esposa e filhos, alimentar-se etc.
O homem foi curado de sua mão ressequida, mas os fariseus insistiam em manter o coração ressequido.
LIÇÕES QUE O MILAGRE NOS ENSINA
1- Jesus entra na sinagoga para ensinar e encontra uma necessidade ainda mais urgente. Da outra vez que entrou na sinagoga encontrou um homem endemoniado e o libertou (Mc 1:21-28);
2- Os fariseus não entraram na sinagoga para aprender, mas para acusar, para criticar e descobrir uma falha em Jesus;
3- Jesus chama o homem para o meio para ser visto por todos. Seu ensino foi proclamado, o milagre foi realizado à vista de todos. Os milagres devem apontar para a Palavra e para a glória de Deus;
4- Não há nada que deixa o Senhor mais indignado do que um coração duro e cheio de incredulidade;
5- O ódio e rancor podem levar inimigos a se unirem contra um inimigo comum.
Marcos 3.1-5
1 De novo, entrou Jesus na sinagoga e estava ali um homem que tinha ressequida uma das mãos.
2 E estavam observando a Jesus para ver se o curaria em dia de sábado, a fim de o acusarem.
3 E disse Jesus ao homem da mão ressequida: Vem para o meio!
4 Então, lhes perguntou: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio.
5 Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada.
6 Retirando-se os fariseus, conspiravam logo com os herodianos, contra ele, em como lhe tirariam a vida.
INTRODUÇÃO
Jesus x Fariseus
Marcos apresenta cinco histórias de conflito de Jesus com os fariseus e demais líderes judeus em 2:1 – 3:6 e mais cinco histórias em 11:27 – 12:40. Nesta primeira coletânea:
1- Na cura do paralítico levado por quatro homens Jesus demonstra seu poder para perdoar pecados (2:1-12);
2- Ao comer na casa de Levi, um publicano, (2:15-17) defende sua missão: “Não vim chamar justos, e sim pecadores” (2:17);
3- Seus discípulos não jejuavam como os de João Batista e os fariseus. Ele argumenta que seu tempo de ministério é de alegria, como de uma festa de casamento, o jejum está fora de cogitação (2:18-22);
4- Os fariseus criticam o fato dos discípulos de Jesus terem colhido espigas no sábado para comer. Jesus usa o exemplo de Davi para ensinar que “o sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado” (2:23-18)
5- Mais uma crítica dos fariseus por causa do sábado. Agora Jesus cura um homem com a mão ressequida dentro da sinagoga no sábado. Jesus argumenta perguntando: é licito fazer o bem ou fazer o mal no sábado? (3:1-6)
O Milagre e a intenção má nos corações
Aqui os fariseus estavam aguardando mais um milagre, não para glorificar a Deus, mas para acusar a Jesus. Ao sair da sinagoga já planejavam junto com os herodianos tirar a vida de Jesus.
O Mestre percebe a intenção dos fariseus e chama o homem para o meio. Primeiro chama a atenção de todos com uma pergunta desafiadora para seus críticos. Através do milagre ensina uma lição: O sábado foi feito opor causa do homem e não o homem por causa do sábado. Melhor é fazer o bem e salvar vidas no sábado. Os fariseus alimentavam ódio e planejavam a morte no dia de sábado.
O coração duro dos fariseus deixa Jesus indignado. Ele realiza o milagre e restitui o homem a uma vida produtiva, podendo agora usar suas mãos para trabalhar, afagar sua esposa e filhos, alimentar-se etc.
O homem foi curado de sua mão ressequida, mas os fariseus insistiam em manter o coração ressequido.
LIÇÕES QUE O MILAGRE NOS ENSINA
1- Jesus entra na sinagoga para ensinar e encontra uma necessidade ainda mais urgente. Da outra vez que entrou na sinagoga encontrou um homem endemoniado e o libertou (Mc 1:21-28);
2- Os fariseus não entraram na sinagoga para aprender, mas para acusar, para criticar e descobrir uma falha em Jesus;
3- Jesus chama o homem para o meio para ser visto por todos. Seu ensino foi proclamado, o milagre foi realizado à vista de todos. Os milagres devem apontar para a Palavra e para a glória de Deus;
4- Não há nada que deixa o Senhor mais indignado do que um coração duro e cheio de incredulidade;
5- O ódio e rancor podem levar inimigos a se unirem contra um inimigo comum.
RESSURREIÇÃO DO FILHO DA VIÚVA DA CIDADE DE NAIM
Lucas 7:11-15
Em dia subseqüente, dirigia-se Jesus a uma cidade chamada Naim, e iam com ele os seus discípulos e numerosa multidão.
Como se aproximasse da porta da cidade, eis que saía o enterro do filho único de uma viúva; e grande multidão da cidade ia com ela.
Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores!
Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o conduziam, disse: Jovem, eu te mando: levanta-te!
Sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe.
INTRODUÇÃO
Após curar o servo do centurião em Cafarnaum, parte rumo a Naim, cerca de 40 km, pelo menos um dia de viagem. Chegou ao final do dia, justo na hora em que os judeus costumavam enterrar seus mortos.
No meio da multidão Jesus vê a mãe angustiada e se compadece dela. Ele lhe diz: “não chores”, antecipando o motivo de alegria. Seus temores de ficar só e desamparada foram sessados. Àquela viúva Jesus dizia “não temas” (Marcos 5:36; Lucas 1:13,30; 5:8; 8:50; Atos 18:9; 27:24; Apocalipse 1:17; 2:10)
Jesus tocou o esquife, uma espécie de maca ou caixão aberto feito de junco. Pela Lei seria considerado impuro, mas levou a culpa para dar vida.
O moço deu dois sinais de vida: sentou e falou. Detalhes registrados pelo médico Lucas, para que ficasse evidente o milagre.
No mesmo capítulo Jesus atende com compaixão quatro pessoas com dramas diferentes:
1. Cura um servo à beira da morte (vs. 1-10)
2. Ressuscita o filho único de uma viúva (vs. 11-17)
3. Dissipa as dúvidas de um profeta perplexo (vs. 18-23)
4. Perdoa uma pecadora arrependida (vs. 36-50)
Casos de ressurreição no AT:
1. Elias e o filho da viúva de Sarepta (I Rs 17:17-24)
2. Eliseu e o filho da sunamita (II Rs 4:17-22; 32-37) Obs. Naim ficava a 5km de Suném, cidade da sunamita
Três pessoas a quem Jesus ressuscitou (a cada uma Ele chama para a vida):
1. Filho de viúva de Naim: Lc 7:11-15
2. A filha de Jairo: Lc 8:40-50
3. Lázaro: Jo 11:38-44
Três filhos únicos abençoados por Jesus em Lucas:
1. Filho da viúva de Naim (7:11-15)
2. Filha de Jairo (8:40-50)
3. Filho endemoniado (9:38-43)
LIÇÕES QUE O MILAGRE NOS ENSINA
1. O encontro de duas multidões: os discípulos de Jesus que se alegravam com seus milagres e seus ensinos e os parentes e amigos da viúva que pranteavam o que havia partido. Aqueles caminhavam para a cidade (Hb 11:10; 13-16; 12:22) estes para o cemitério, lugar de morte (Jo 3:36; Ef 2:1-3). Quem crê em Jesus passa da morte para a vida (Jo 5:24; Ef 2:4-10);
2. O encontro de dois filhos únicos: Um estava vivo, destinado a morrer, o outro estava morto, mas destinado a viver;
3. O encontro entre dois inimigos: Jesus enfrentou a morte, “o último inimigo” (I Co 15:26; Hb 2:14,15).
Em dia subseqüente, dirigia-se Jesus a uma cidade chamada Naim, e iam com ele os seus discípulos e numerosa multidão.
Como se aproximasse da porta da cidade, eis que saía o enterro do filho único de uma viúva; e grande multidão da cidade ia com ela.
Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores!
Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o conduziam, disse: Jovem, eu te mando: levanta-te!
Sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe.
INTRODUÇÃO
Após curar o servo do centurião em Cafarnaum, parte rumo a Naim, cerca de 40 km, pelo menos um dia de viagem. Chegou ao final do dia, justo na hora em que os judeus costumavam enterrar seus mortos.
No meio da multidão Jesus vê a mãe angustiada e se compadece dela. Ele lhe diz: “não chores”, antecipando o motivo de alegria. Seus temores de ficar só e desamparada foram sessados. Àquela viúva Jesus dizia “não temas” (Marcos 5:36; Lucas 1:13,30; 5:8; 8:50; Atos 18:9; 27:24; Apocalipse 1:17; 2:10)
Jesus tocou o esquife, uma espécie de maca ou caixão aberto feito de junco. Pela Lei seria considerado impuro, mas levou a culpa para dar vida.
O moço deu dois sinais de vida: sentou e falou. Detalhes registrados pelo médico Lucas, para que ficasse evidente o milagre.
No mesmo capítulo Jesus atende com compaixão quatro pessoas com dramas diferentes:
1. Cura um servo à beira da morte (vs. 1-10)
2. Ressuscita o filho único de uma viúva (vs. 11-17)
3. Dissipa as dúvidas de um profeta perplexo (vs. 18-23)
4. Perdoa uma pecadora arrependida (vs. 36-50)
Casos de ressurreição no AT:
1. Elias e o filho da viúva de Sarepta (I Rs 17:17-24)
2. Eliseu e o filho da sunamita (II Rs 4:17-22; 32-37) Obs. Naim ficava a 5km de Suném, cidade da sunamita
Três pessoas a quem Jesus ressuscitou (a cada uma Ele chama para a vida):
1. Filho de viúva de Naim: Lc 7:11-15
2. A filha de Jairo: Lc 8:40-50
3. Lázaro: Jo 11:38-44
Três filhos únicos abençoados por Jesus em Lucas:
1. Filho da viúva de Naim (7:11-15)
2. Filha de Jairo (8:40-50)
3. Filho endemoniado (9:38-43)
LIÇÕES QUE O MILAGRE NOS ENSINA
1. O encontro de duas multidões: os discípulos de Jesus que se alegravam com seus milagres e seus ensinos e os parentes e amigos da viúva que pranteavam o que havia partido. Aqueles caminhavam para a cidade (Hb 11:10; 13-16; 12:22) estes para o cemitério, lugar de morte (Jo 3:36; Ef 2:1-3). Quem crê em Jesus passa da morte para a vida (Jo 5:24; Ef 2:4-10);
2. O encontro de dois filhos únicos: Um estava vivo, destinado a morrer, o outro estava morto, mas destinado a viver;
3. O encontro entre dois inimigos: Jesus enfrentou a morte, “o último inimigo” (I Co 15:26; Hb 2:14,15).
JESUS ACALMA A TESPESTADE
Mateus 8.18,23-27; Marcos 4.35-41; Lucas 8.22-25
Mc 4:35-41:Naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes Jesus: Passemos para a outra margem.
E eles, despedindo a multidão, o levaram assim como estava, no barco; e outros barcos o seguiam.
Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água.
E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos?
E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança.
Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé?
E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?
INTRODUÇÃO
O Mar da Galiléia, também conhecido como lago de Tiberíades, tem cerca de 21 km de comprimento por 12 km de largura, fica a 200m abaixo do nível do mar. Recebe águas vindas do monte Hermon e está cercado de outros montes. É comum acontecerem ali tempestades repentinas, fruto do choque dos ventos frios vindos das montanhas com o ar quente da superfície do lago.
A tempestade assusta e traz medo até mesmo aos pescadores mais experientes. Uma travessia rotineira pode transforma-se num grande desafio de fé. Eles enfrentariam outra tempestade, quando Jesus vai ao encontro deles andando sobre as águas (Mt 14:22-33; Mc 6:45-51; Jo 6:15-21)
Marcos e Lucas situam o episódio após o ensino de Jesus através de várias parábolas (Mc 4:1-34, Lc 8:4-21). Ao que tudo indica, os discípulos não fortaleceram sua fé com o ensino de Jesus. Mateus no mesmo capítulo (8:5-13) descreve o milagre da cura do servo do centurião, exemplo de um homem de grande fé.
Jesus dá provas de sua natureza terrena, estando sujeito à exaustão de um dia inteiro ensinando e curando a muitas pessoas.
Marcos registra outras censuras de Jesus aos seus discípulos: 4.13,40; 7.18; 8.17s,21,33; 9.19. Todas apontam as suas dúvidas quanto ao senhorio de Cristo.
LIÇÕES QUE O MILAGRE NOS ENSINA
1. As tempestades não aparecem somente quando desobedecemos a Deus. Jonas enfrentou uma tempestade em sua desobediência para que pudesse voltar para Deus (Jn 1:4-17). Os discípulos enfrentaram a tempestade tendo o Filho de Deus no barco, participando do seu ministério.
2. O maior perigo não era o vento e nem as ondas, mas a incredulidade do coração dos discípulos. O nosso maior problema muitas vezes está dentro de nós mesmos. Jesus lhes repreendeu a pequena fé, pois eles já tinham visto tantos milagres, mas ainda não acreditavam. O medo decorrente da incredulidade os fez questionar se Jesus, de fato, se importava. Portanto, tome cuidado com o “perverso coração de incredulidade” (Hb 3:12);
3. Os discípulos tinham pelo menos três bons motivos para não terem medo, apesar da situação tão ameaçadora:
a. Tinham a promessa de Jesus de chegarem ao outro lado (Mc 4:35). Não prometeu uma viagem fácil e sim que chegariam ao outro lado;
b. Jesus estava com eles. Poderiam ter certeza que o Mestre saberia lidar com aquela situação. Como diz a letra de um cântico: “com Cristo no barco tudo vai muito bem”;
c. Mesmo no meio da tempestade Jesus estava absolutamente tranquilo. Deveriam seguir seu exemplo. Jesus fazia a vontade do Pai e sabia que Deus estava cuidando dele. “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro” (Sl 4:8). Jonas, no entanto, dormiu durante a tempestade com uma falsa sensação de segurança: dormia o sono dos descuidados
23 de out. de 2014
IMPEDIMENTOS PARA UMA COMPLETA DEPENDÊNCIA DE DEUS
Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. [...]porque sem mim nada podeis fazer. (Jo 15:4a,5b)
O Senhor Jesus ensina aqui aos discípulos um princípio fundamental da vida cristã: nossa ligação essencial com Ele, o próprio Jesus. Usando a figura da videira e seus ramos, o Mestre condiciona a produção de frutos com a permanência nEle. Um ramo não produz fruto sozinho, desconectado do tronco de onde nasceu. Nós passamos a ser novas criaturas quando nascemos em Cristo. Fomos destinados a viver nEle e glorificar o Pai com nossas obras, produzindo frutos.
É essencial para nossas vidas esta dependência, assim como os ramos dependem da videira para existirem e darem frutos. No entanto, como vivemos em meio a uma batalha espiritual e temos um inimigo que trabalha dia e noite para nos afastar de Deus, precisamos estar atentos às tentações que ele colocará em nosso caminho para impedir esta total dependência.
O primeiro impedimento é a tentação da autojustificação. Ela tem duas dimensões: diante de Deus somos tentados a nos auto justificarmos com nossos méritos para obtermos o seu favor. Diante dos homens somos tentados à manter uma aparência de santidade e, até mesmo, de superioridade. Jesus conta a parábola do fariseu e do publicano que sobem ao templo para orar (Lc 18:9-14). O fariseu se gabava de não ser igual aos pecadores, pois jejuava duas vezes por semana e dava o dízimo de tudo quanto ganhava. O publicano apenas batia no peito e suplicava a Deus: “sê propício a mim pecador”. Jesus afirma que o publicano foi justificado e não o fariseu. Não devemos achar que nossas boas ações nos fazem superiores aos outros ou que sejam suficientes para nos fazer merecer o favor de Deus. As obras não compram a salvação e nem o favor divino (Rm 3:19,20). Nossos atos de justiça não passam de trapos de imundícia (Is 64:6). Caminhando pela trilha da autojustificação corremos o risco de cair no legalismo, fazendo exteriormente o que é certo, mas tendo o coração longe de Deus, agindo com hipocrisia (Mt 23:27,28).
O segundo impedimento é a tentação da autossuficiência. Podemos achar que as nossas posses materiais ou intelectuais, a formação acadêmica ou o status sejam suficientes para nos garantir vida tranquila e segura. Precisamos lembrar-nos da transitoriedade da vida e da fragilidade de tudo que está ligado à nossa existência. Riquezas, conhecimento, status, tudo passa. Quanto mais nos apoiamos em valores e bens transitórios, mais nos achamos independentes (Lc 12:16-20). À igreja em Laodicéia Jesus lança o alerta: “Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”. Aquele que pensa que sabe muito, que tem tudo e alcançou o suficiente, ainda precisa acordar.
Finalmente, o terceiro impedimento à total dependência é a autoexaltação. Algumas pessoas sentem a necessidade de falar de si mesmas o tempo todo. Estão sempre reafirmando o que fizeram, o que gostam e não gostam e todas as suas façanhas, como se fossem o centro do universo. Muitas vezes não passa de insegurança, mas também uma maneira de reforçar independência. Jesus alertou os seus discípulos em Mt 23:1-12 sobre a soberba dos escribas e fariseus que gostavam de praticar boas obras para serem vistos, amavam os primeiros lugares e de serem reconhecidos publicamente como mestres. Mas, só existe um Mestre que é o Senhor Jesus. Ele mesmo ensinou que os que se exaltam serão humilhados e que os que se humilham serão exaltados. Também deu o exemplo lavando os pés dos discípulos. Precisamos almejar a aprovação de Deus antes da exaltação por parte dos homens. A vaidade é um empecilho para a total dependência de Deus.
A autojustificação nos conduz ao legalismo e à hipocrisia. A autossuficiência só produz soberba e a autoexaltação alimenta nossa vaidade. Todas estas tentações nos impedem de sermos ramos ligados e dependentes da videira.
(resumo do sermão pregado no culto matutino na IP Jd. Guanabara no dia 19/10/14)
O Senhor Jesus ensina aqui aos discípulos um princípio fundamental da vida cristã: nossa ligação essencial com Ele, o próprio Jesus. Usando a figura da videira e seus ramos, o Mestre condiciona a produção de frutos com a permanência nEle. Um ramo não produz fruto sozinho, desconectado do tronco de onde nasceu. Nós passamos a ser novas criaturas quando nascemos em Cristo. Fomos destinados a viver nEle e glorificar o Pai com nossas obras, produzindo frutos.
É essencial para nossas vidas esta dependência, assim como os ramos dependem da videira para existirem e darem frutos. No entanto, como vivemos em meio a uma batalha espiritual e temos um inimigo que trabalha dia e noite para nos afastar de Deus, precisamos estar atentos às tentações que ele colocará em nosso caminho para impedir esta total dependência.
O primeiro impedimento é a tentação da autojustificação. Ela tem duas dimensões: diante de Deus somos tentados a nos auto justificarmos com nossos méritos para obtermos o seu favor. Diante dos homens somos tentados à manter uma aparência de santidade e, até mesmo, de superioridade. Jesus conta a parábola do fariseu e do publicano que sobem ao templo para orar (Lc 18:9-14). O fariseu se gabava de não ser igual aos pecadores, pois jejuava duas vezes por semana e dava o dízimo de tudo quanto ganhava. O publicano apenas batia no peito e suplicava a Deus: “sê propício a mim pecador”. Jesus afirma que o publicano foi justificado e não o fariseu. Não devemos achar que nossas boas ações nos fazem superiores aos outros ou que sejam suficientes para nos fazer merecer o favor de Deus. As obras não compram a salvação e nem o favor divino (Rm 3:19,20). Nossos atos de justiça não passam de trapos de imundícia (Is 64:6). Caminhando pela trilha da autojustificação corremos o risco de cair no legalismo, fazendo exteriormente o que é certo, mas tendo o coração longe de Deus, agindo com hipocrisia (Mt 23:27,28).
O segundo impedimento é a tentação da autossuficiência. Podemos achar que as nossas posses materiais ou intelectuais, a formação acadêmica ou o status sejam suficientes para nos garantir vida tranquila e segura. Precisamos lembrar-nos da transitoriedade da vida e da fragilidade de tudo que está ligado à nossa existência. Riquezas, conhecimento, status, tudo passa. Quanto mais nos apoiamos em valores e bens transitórios, mais nos achamos independentes (Lc 12:16-20). À igreja em Laodicéia Jesus lança o alerta: “Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”. Aquele que pensa que sabe muito, que tem tudo e alcançou o suficiente, ainda precisa acordar.
Finalmente, o terceiro impedimento à total dependência é a autoexaltação. Algumas pessoas sentem a necessidade de falar de si mesmas o tempo todo. Estão sempre reafirmando o que fizeram, o que gostam e não gostam e todas as suas façanhas, como se fossem o centro do universo. Muitas vezes não passa de insegurança, mas também uma maneira de reforçar independência. Jesus alertou os seus discípulos em Mt 23:1-12 sobre a soberba dos escribas e fariseus que gostavam de praticar boas obras para serem vistos, amavam os primeiros lugares e de serem reconhecidos publicamente como mestres. Mas, só existe um Mestre que é o Senhor Jesus. Ele mesmo ensinou que os que se exaltam serão humilhados e que os que se humilham serão exaltados. Também deu o exemplo lavando os pés dos discípulos. Precisamos almejar a aprovação de Deus antes da exaltação por parte dos homens. A vaidade é um empecilho para a total dependência de Deus.
A autojustificação nos conduz ao legalismo e à hipocrisia. A autossuficiência só produz soberba e a autoexaltação alimenta nossa vaidade. Todas estas tentações nos impedem de sermos ramos ligados e dependentes da videira.
(resumo do sermão pregado no culto matutino na IP Jd. Guanabara no dia 19/10/14)
28 de set. de 2014
A PESCA MARAVILHOSA
(Lição da classe de EBD na IP do Jd. Guanabara em 28/09/14)
Lc 5:1-11
INTRODUÇÃO
Os evangelhos registram que Jesus operou dois
milagres de multiplicação de peixes na pesca de seus discípulos. O primeiro,
que vamos analisar aqui, é registrado em Lucas 5:1-11 e o segundo em Jo
21:1-14.
Jesus
está junto ao lago de Genesaré, que também é conhecido como mar da Galiléia (Mt
4:18; Mc 1:16) e mar de Tiberíades (Jo 6:1; 21:1), e a multidão começa a chegar
mais perto. Ele vê alguns pescadores lavando suas redes e entra no barco de
Pedro, pedindo que afastasse um pouco da margem. Assentando-se no barco passa a
ensinar as multidões. Acabando de falar dirige-se a Simão dizendo que ele
deveria jogar as redes para pescar. Pedro responde que havia tentado pegar
algum peixe durante toda a anoite e não conseguira nada, porém, sob a palavra
do Mestre, ele lançaria as redes. Fazendo isso, ele e seus companheiros apanham
tamanha quantidade de peixes que as redes não aguentavam de tanto peso, sendo
necessário dois barcos para recolher a preciosa carga, fruto de um milagre.
Este fato maravilhoso faz com que Pedro reconheça sua
indignidade e seu pecado diante do Filho de Deus e seus companheiros ficam
impressionados. Jesus então o convida a ser pescador de homens e Simão Pedro
passa a segui-lo juntamente com Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus
sócios na pesca.
LIÇÕES QUE O MILAGRE NOS ENSINA
1.
Deixe seus pertences e sua profissão à disposição de
Jesus
Jesus escolheu o barco de Pedro para ser uma espécie
de plataforma onde pudesse ensinar as multidões. Simão não se opôs, ao
contrário disponibilizou sua ferramenta de trabalho, o barco que usava para
pescar, para servir de púlpito para o Mestre.
Aquilo que possuímos, na verdade
não é nosso, vem das mãos de Deus (I Cr 29:10-14). Tudo o que Deus nos dá, os
bens materiais e a nossa profissão, de onde tiramos o sustento para nossa
família, devemos administrar como bons mordomos.
Pense quão útil pode ser na obra do Senhor os seus
conhecimentos profissionais, seus talentos e toda a bagagem de experiência que
você acumulou ao longo de sua vida.
2.
Obedeça e tenha fé, por mais difícil que pareça
Mesmo
tendo tentado pegar peixes a noite toda, Pedro obedece, pois era o Mestre quem
estava falando. Sob a palavra de Jesus nenhuma tarefa é impossível ou demasiada
difícil de realizar e sempre encontra êxito.
3.
Compartilhe a benção
Diante
de resultado tão abundante, Pedro chama seus companheiros para ajudar e,
naturalmente, dividiu o resultado da pesca maravilhosa com eles. Não foi
egoísta, compartilhou a benção.
4.
Convença-se de que é indigno e pecador
Quanto
mais perto de Deus e de sua majestade e santidade, mais indigno e pecador o
homem se enxerga. Pedro percebeu com o milagre o quão pequeno seus pecados o
deixavam, assim como Abraão (Gn 12:27), Jó (42:6) e Isaías (6:5).
5.
Receba a missão que Deus está te dando
Jesus
declara sobre a vida de Pedro um novo propósito, uma nova direção: ser pescador
de homens. Como comparar milhares de peixes com as vidas de homens, mulheres,
jovens e crianças que estão carentes de ouvir a respeito de Jesus? Repare: Pedro
é chamado para o discipulado após a 1ª pesca maravilhosa e após a 2ª pesca
maravilhosa (Jo 21:1-14) ele é chamado ao apostolado.
6.
Dê prioridade às prioridades de Deus. Ele supre as
necessidades (sustento e unção)
Aquele dia foi de decisão não somente para Simão
Pedro, mas também para André, Tiago e João (veja também em Mt 4:18-22; Mc
1:16-20). Deixaram suas redes para seguir a Jesus. Não tiveram preocupação de
abandonar os barcos e as redes, pois já tinham visto que Jesus providencia o
sustento necessário quando assumimos as prioridades do reino. Não precisariam
também se preocupar em como cumprir a missão, pois o Espírito falaria por eles
(Mt 10:19; Lc 12:11,12).
Fontes: Bíblia versão Revista e Atualizada; Bíblia de
Estudo NVI; William MacDonald - Comentário Bíblico Popular; Earl D. Radmacher –
O Novo Comentário Bíblico; Warren Wiersbe – Comentário Bíblico Expositivo
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